A Mobilidade espacial do capital e da força de trabalho na produção de celulose e papel: um estudo a partir de Três Lagoas (MS)
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Resumo: | A partir da segunda metade da década de 1990, o Município de Três Lagoas (MS) passou a esboçar os primeiros traços de um frenético e diversificado processo de industrialização, cujo carro-chefe são as fábricas de celulose (pertencentes às empresas Fibria Celulose e Eldorado Brasil), e, em menor grau, também de papel (da International Paper). Tal fenômeno se insere em um contexto mais abrangente de fortalecimento e expansão do chamado complexo florestal, e dentro dele, do setor de celulose e papel, no Brasil ao longo das últimas décadas. O objetivo desta dissertação é desvendar e compreender os principais traços das dinâmicas espaciais da mobilidade do capital e da força de trabalho, engendrados a partir da territorialização das corporações do setor de celulose e papel na Microrregião de Três Lagoas. A pesquisa teórico-documental e empírica revelou que subjacente à instalação das referidas plantas industriais e de suas bases de monocultivo na área de estudo estão, por um lado, a transformação estrutural da indústria papeleira mundial, e por outro, o movimento de interiorização da produção de celulose no Brasil. Ambos os movimentos são consequências diretas da lógica irrefreável da acumulação sempre ampliada do capital, dentro da qual a mobilidade espacial atua como um expediente absolutamente imprescindível. As explicações mais específicas sobre a escolha do Município de Três Lagoas para a localização dos empreendimentos passam, principalmente, pela presença de um conjunto de condicionantes-chaves neste lugar. Destaque especial deve ser dado ao protagonismo do Estado, em todos os níveis e esferas de governo, um agente absolutamente imprescindível da mobilidade do capital. A pesquisa permite constatar também que o advento da produção de celulose e papel na região estudada conduziu à ocorrência de um intenso fluxo migratório de trabalhadores empregados nas diversas atividades laborais envolvidas. Em função da heterogeneidade dos trabalhadores migrantes que compõem o fluxo, estabeleceu-se uma tipologia que os separa em três grupos: a) dos trabalhadores da construção civil e montagem; b) dos trabalhadores do plantio e manejo do eucalipto; c) dos trabalhadores da indústria. O processo migratório observado evidencia a intensa fragmentação da classe trabalhadora atual e o fenômeno da mobilidade espacial da força de trabalho, em sintonia com o caráter desigual e combinado da geografia capitalista, estando correlacionado com os elementos mais perversos da produção flexível apenas nos casos dos dois primeiros grupos, enquanto que, contraditoriamente, significa o oposto no terceiro. Ao final, conclui-se que a mobilidade espacial não é apenas uma consequência do funcionamento do sistema de metabolismo social do capital, mas sim, concomitantemente, um fator sine qua non para esse funcionamento, possuindo sentidos profundos e estruturais dentro dele. |
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Thomaz Junior, Antoniohttp://lattes.cnpq.br/1283115540482082Moretti, Edvaldo Cesarhttp://lattes.cnpq.br/5366579116704716Almeida, Rosemeire Aparecida dehttp://lattes.cnpq.br/2476213211814424http://lattes.cnpq.br/5055065162731594Perpetua, Guilherme Marini2018-09-20T16:00:56Z2018-09-20T16:01:18Z2018-09-20T16:00:56Z2018-09-20T16:01:18Z2012-10-22PERPETUA, Guilherme Marini. A Mobilidade espacial do capital e da força de trabalho na produção de celulose e papel: um estudo a partir de Três Lagoas (MS). 2012. 251 p. Dissertação (Mestrado em Geografia)–Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2012.http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/192A partir da segunda metade da década de 1990, o Município de Três Lagoas (MS) passou a esboçar os primeiros traços de um frenético e diversificado processo de industrialização, cujo carro-chefe são as fábricas de celulose (pertencentes às empresas Fibria Celulose e Eldorado Brasil), e, em menor grau, também de papel (da International Paper). Tal fenômeno se insere em um contexto mais abrangente de fortalecimento e expansão do chamado complexo florestal, e dentro dele, do setor de celulose e papel, no Brasil ao longo das últimas décadas. O objetivo desta dissertação é desvendar e compreender os principais traços das dinâmicas espaciais da mobilidade do capital e da força de trabalho, engendrados a partir da territorialização das corporações do setor de celulose e papel na Microrregião de Três Lagoas. A pesquisa teórico-documental e empírica revelou que subjacente à instalação das referidas plantas industriais e de suas bases de monocultivo na área de estudo estão, por um lado, a transformação estrutural da indústria papeleira mundial, e por outro, o movimento de interiorização da produção de celulose no Brasil. Ambos os movimentos são consequências diretas da lógica irrefreável da acumulação sempre ampliada do capital, dentro da qual a mobilidade espacial atua como um expediente absolutamente imprescindível. As explicações mais específicas sobre a escolha do Município de Três Lagoas para a localização dos empreendimentos passam, principalmente, pela presença de um conjunto de condicionantes-chaves neste lugar. Destaque especial deve ser dado ao protagonismo do Estado, em todos os níveis e esferas de governo, um agente absolutamente imprescindível da mobilidade do capital. A pesquisa permite constatar também que o advento da produção de celulose e papel na região estudada conduziu à ocorrência de um intenso fluxo migratório de trabalhadores empregados nas diversas atividades laborais envolvidas. Em função da heterogeneidade dos trabalhadores migrantes que compõem o fluxo, estabeleceu-se uma tipologia que os separa em três grupos: a) dos trabalhadores da construção civil e montagem; b) dos trabalhadores do plantio e manejo do eucalipto; c) dos trabalhadores da indústria. O processo migratório observado evidencia a intensa fragmentação da classe trabalhadora atual e o fenômeno da mobilidade espacial da força de trabalho, em sintonia com o caráter desigual e combinado da geografia capitalista, estando correlacionado com os elementos mais perversos da produção flexível apenas nos casos dos dois primeiros grupos, enquanto que, contraditoriamente, significa o oposto no terceiro. Ao final, conclui-se que a mobilidade espacial não é apenas uma consequência do funcionamento do sistema de metabolismo social do capital, mas sim, concomitantemente, um fator sine qua non para esse funcionamento, possuindo sentidos profundos e estruturais dentro dele.From the second half of the 1990s, the city of Tres Lagoas (MS) started to show the first traces of a frantic and diversified industrialization process, whose flagship is the pulp mills (belonging to the companies Fibria Celulose and Eldorado Brasil), and to a lesser extent, also paper mill (International Paper). Such phenomenon is part of a broader context of strengthening and expanding of the so-called forest complex, and within it, the pulp and paper sector in Brazil over the past decades. The goal of this dissertation is to uncover and understand the main features of the dynamics of spatial mobility of the capital and labor force, engendered from the territorialisation of corporations in the pulp and paper sector in Microregion of Três Lagoas. The theoretical-documentary and empirical research revealed that underlying the installation of these industrial plants and their bases of monoculture in the study area are, on the one hand, the structural transformation of the world paper industry, and secondly, the movement to farther areas of production of cellulose in Brazil. Both movements are direct consequences of the inexorable of the always magnified accumulation of the capital, within which the spatial mobility acts as an absolutely essential expedient. The more specific explanations about the choice of the city of Tres Lagoas to the location of the projects are mainly by the presence of a set of key constraints in this place. Special emphasis should be given to the role of the State, at all levels and spheres of government, an absolutely indispensable agent of the capital mobility. The research also enables to verify that the advent of pulp and paper production in the study area led to the occurrence of an intense migration of workers, employees in various work activities involved. Because of the heterogeneity of migrant workers who make up the stream, a typology was set up that divides them into three groups: a) the construction and assembly workers; b) planting and management of eucalyptus workers; c) industry workers. The migration process observed highlights the intense fragmentation of the current working class and the phenomenon of spatial mobility of the workforce, consistent with the uneven character and combined of the capitalist geography, being correlated with the most perverse elements of flexible production only in cases of the first two groups, while, paradoxically, it means the opposite in the third. At the end, it is concluded that the spatial mobility is not only a consequence of the operation of the social metabolism of the capital, but, concomitantly, a sine qua non factor for this operation, having deep and structural meanings within it.Submitted by Repositorio Institucional (repositorio@ufgd.edu.br) on 2018-09-20T16:00:56Z No. of bitstreams: 1 GuilhermeMariniPerpetua.pdf: 6100513 bytes, checksum: 866fa57a11e2ad074410dc3529991ce5 (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-20T16:00:56Z (GMT). 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