Expansão da agroindústria canavieira no Mato Grosso do Sul: relação Capital X Trabalho e reconfiguração espacial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, José Roberto Nunes de
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/166
Resumo: A presente dissertação versa sobre a expansão canavieira no Estado do Mato Grosso do Sul ou, mais precisamente, sobre as transformações econômicas, sociais e espaciais resultantes desse processo, que tem por característica o fato de mascarar a natureza contraditória da implantação de usinas e destilarias. Notadamente, verifica-se a ampliação do número de empresas agroindustriais canavieiras e sua conseqüente territorialização, nos últimos anos, com destaque para o Centro-Sul do Estado. Nesse contexto, apregoa-se a ideologia do agronegócio como principal responsável pela diferenciação social, na medida em que passa a valer a crença no rápido desenvolvimento estadual e na prosperidade da classe trabalhadora, a partir de um novo padrão de vida, sem notar que, apesar da geração de empregos para os trabalhadores, se mantém e se agudiza ainda mais a exploração do trabalho, atrelada, pois, à elevação da produtividade. Destarte, as relações de trabalho via de regra expressam condições degradantes de trabalho, moldadas ao processo de reprodução do capital, o que repercute diretamente no acirramento do conflito capital x trabalho, com reflexo nas ações contra-hegemônicas da sociedade, ao mesmo tempo em que se verifica um perfil sindical predominantemente corporativo e imobilista, frente ao poderio do capital. Dessa forma, a territorialização do capital canavieiro no Mato Grosso do Sul significa a monopolização do território por grupos nacionais e internacionais, que, com grande poder de barganha, encontram nas elites econômicas e políticas sua sustentação. Estas, por sua vez, permitem a ampliação das relações de dominação, controle social e, paralelamente, fingem não se importar com as conseqüências do agronegócio que atingem sumariamente os camponeses, os indígenas, os migrantes etc., os quais são constantemente lubridiados pelas falsas propostas de agenciadores. A exploração legitimada pelo Estado é embalada por relações intrínsecas de interesses que se dão através de uma teia de relações entre tais sujeitos e o capital.
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Notadamente, verifica-se a ampliação do número de empresas agroindustriais canavieiras e sua conseqüente territorialização, nos últimos anos, com destaque para o Centro-Sul do Estado. Nesse contexto, apregoa-se a ideologia do agronegócio como principal responsável pela diferenciação social, na medida em que passa a valer a crença no rápido desenvolvimento estadual e na prosperidade da classe trabalhadora, a partir de um novo padrão de vida, sem notar que, apesar da geração de empregos para os trabalhadores, se mantém e se agudiza ainda mais a exploração do trabalho, atrelada, pois, à elevação da produtividade. Destarte, as relações de trabalho via de regra expressam condições degradantes de trabalho, moldadas ao processo de reprodução do capital, o que repercute diretamente no acirramento do conflito capital x trabalho, com reflexo nas ações contra-hegemônicas da sociedade, ao mesmo tempo em que se verifica um perfil sindical predominantemente corporativo e imobilista, frente ao poderio do capital. Dessa forma, a territorialização do capital canavieiro no Mato Grosso do Sul significa a monopolização do território por grupos nacionais e internacionais, que, com grande poder de barganha, encontram nas elites econômicas e políticas sua sustentação. Estas, por sua vez, permitem a ampliação das relações de dominação, controle social e, paralelamente, fingem não se importar com as conseqüências do agronegócio que atingem sumariamente os camponeses, os indígenas, os migrantes etc., os quais são constantemente lubridiados pelas falsas propostas de agenciadores. A exploração legitimada pelo Estado é embalada por relações intrínsecas de interesses que se dão através de uma teia de relações entre tais sujeitos e o capital.Este trabajo trata sobre la expansión de la caña de azúcar en el Estado de Mato Grosso do Sul, o para ser más precisos, sobre las transformaciones económicas, sociales y espaciales resultantes de ese proceso que se caracteriza por el hecho de disfrazar la naturaleza contradictoria de la implantación de plantas transformadoras y destilerías. Específicamente se verifica la ampliación del número de empresas agroindustriales dedicadas a la caña de azúcar y su consecuente territorialización en los últimos años, destacándose la zona centro-sul del Estado. En este contexto, se pregona la ideología del agronegocio como principal responsable por la diferenciación social, en la medida que pasa a valer la creencia en el rápido desarrollo del estado y de la prosperidad de la clase trabajadora a partir de un nuevo modelo de vida, sin percibir que, a pesar de la creacción de empleos para los trabajadores, se mantiene y se agudiza todavía más la explotación del trabajo, en función de un aumento de la Productividad. De esta forma, las relaciones de trabajo habitualmente expresan condiciones degradantes de trabajo, relacionadas al proceso de reproducción del capital, lo que repercute directamente en la intensificación del conflicto capital x trabajo con reflejo en las acciones contra-hegemónicas de la sociedad, al mismo tiempo que se verifica un perfil sindical predominantemente corporativo e inmobilista frente al poderío del capital. En este sentido, la territorialización del capital de la caña de azúcar en Mato Grosso do Sul significa la monopolización del territorio por grupos nacionales e internacionales, que con gran poder de negociación, encuentran en las élites económicas y políticas su plataforma de sustentación. Éstas por su parte, permiten la ampliación de las relaciones de dominación, control social y, paralelamente, fingen que no se importan con las consecuencias del agronegocio que afectan de forma contundente a los campesinos, los indígenas, los emigrantes, etc. los cuales son constantemente engañados por las falsas propuestas de los empleadores, etc. La explotación legitimada por el Estado se dá en un contexto de relaciones intrínsecas de intereses, que forman una red de relaciones entre tales sujetos y el capital.Submitted by Repositorio Institucional (repositorio@ufgd.edu.br) on 2018-09-13T11:28:31Z No. of bitstreams: 1 JoseRobertoNunesdeAzevedo.pdf: 2171402 bytes, checksum: 379ee9783bdffdc8ee674d306bdb763c (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-13T11:28:31Z (GMT). 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