A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Vinícius Gonçalves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2990
Resumo: O Processo Civil brasileiro tem encontrado nos argumentos de isonomia e segurança jurídica suas maiores bandeiras para a consolidação de um modelo jurídico inclinado à estabilidade e à previsibilidade do comportamento jurisdicional. Diante de tal objetivo, o novo Código de Processo Civil descreveu um número significativo de dispositivos que, de alguma maneira, colocam vigor sobre a dotação de efeitos vinculantes a algumas espécies de provimentos judiciais. A segurança jurídica e a isonomia são valores essencialmente relacionado ao Estado Democrático de Direito. As expressões de direito com atenção aos precedentes judiciais são marcas do novo arquétipo desejado para a prática processual. Resignados com esses achados, permanece a indagação quanto à teoria do conhecimento que subordina habitualmente os intérpretes de nossos tempos, mesmo que essa postura filosófica já tenha perdido legitimidade ao longo da história, especialmente a cada nova investida totalitária. A adoção de decisões firmadas em precedentes não afasta do julgador o seu ônus argumentativo, devendo para tanto identificar no caso em julgamento os fundamentos fáticos do caso pretérito, como verdadeiro exercício hermenêutico. O precedente judicial não pode representar apenas um método mecanizado e automático de produção de decisões. Por isso, é necessário identificar alguns problemas na utilização dos precedentes para extrair a maior racionalidade e efetividade possíveis do sistema processual. Assim, é necessário localizar os aportes à hermenêutica constitucional que permitam ao jurista transitar com eficiência entre a dogmática dos postulados e sua apreensão a partir dos fatos. A compreensão do direito é fenomenológica e, assim, ficam perdidos os intentos de neutralidade científica. Coerência e integridade do sistema jurídico passam a constituir os pilares da submissão argumentativa do intérprete aos postulados da tradição judicial. A leitura constitucional é o crivo necessário para que a prática do direito de precedentes não seja transformada em alento ao voluntarismo. O sistema jurídico processual, por esse caminho, deve preservar os mecanismos capazes de tornar possível a distinção ou a superação de precedentes. A preservação das vias dos recursos para argumentação com esse teor, deve ser encorajada.
id UFGD-2_d49ff83d1a527f079dbe0874b3cb542f
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/2990
network_acronym_str UFGD-2
network_name_str Repositório Institucional da UFGD
repository_id_str 2116
spelling Iocohama, Celso Hiroshi0000-0002-0686-0330http://lattes.cnpq.br/1774869644885979Bonamigo, Carlos Antôniohttp://lattes.cnpq.br/6131273796214079Guimarães, Rafael de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/3223685066919857Rojas, Cristian Marcelo Contrerashttp://lattes.cnpq.br/0596608607525111Almeida, Vinícius Gonçalves2020-05-11T13:20:27Z2020-05-11T13:20:27Z2017-08-17ALMEIDA, Vinícius Gonçalves. A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional. 2017. Dissertação (Mestrado em Direito Processual e Cidadania) – Universidade Paranaense, Umuarama, PR, 2017.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2990O Processo Civil brasileiro tem encontrado nos argumentos de isonomia e segurança jurídica suas maiores bandeiras para a consolidação de um modelo jurídico inclinado à estabilidade e à previsibilidade do comportamento jurisdicional. Diante de tal objetivo, o novo Código de Processo Civil descreveu um número significativo de dispositivos que, de alguma maneira, colocam vigor sobre a dotação de efeitos vinculantes a algumas espécies de provimentos judiciais. A segurança jurídica e a isonomia são valores essencialmente relacionado ao Estado Democrático de Direito. As expressões de direito com atenção aos precedentes judiciais são marcas do novo arquétipo desejado para a prática processual. Resignados com esses achados, permanece a indagação quanto à teoria do conhecimento que subordina habitualmente os intérpretes de nossos tempos, mesmo que essa postura filosófica já tenha perdido legitimidade ao longo da história, especialmente a cada nova investida totalitária. A adoção de decisões firmadas em precedentes não afasta do julgador o seu ônus argumentativo, devendo para tanto identificar no caso em julgamento os fundamentos fáticos do caso pretérito, como verdadeiro exercício hermenêutico. O precedente judicial não pode representar apenas um método mecanizado e automático de produção de decisões. Por isso, é necessário identificar alguns problemas na utilização dos precedentes para extrair a maior racionalidade e efetividade possíveis do sistema processual. Assim, é necessário localizar os aportes à hermenêutica constitucional que permitam ao jurista transitar com eficiência entre a dogmática dos postulados e sua apreensão a partir dos fatos. A compreensão do direito é fenomenológica e, assim, ficam perdidos os intentos de neutralidade científica. Coerência e integridade do sistema jurídico passam a constituir os pilares da submissão argumentativa do intérprete aos postulados da tradição judicial. A leitura constitucional é o crivo necessário para que a prática do direito de precedentes não seja transformada em alento ao voluntarismo. O sistema jurídico processual, por esse caminho, deve preservar os mecanismos capazes de tornar possível a distinção ou a superação de precedentes. A preservação das vias dos recursos para argumentação com esse teor, deve ser encorajada.The Brazilian Civil Procedure has found in the arguments of isonomy and juridical security its greater flags for the consolidation of a juridical model inclined to the stability and the predictability of the jurisdictional behavior. Faced with this objective, the new Code of Civil Procedure has described a significant number of provisions that, in some way, put force on the endowment of binding effects to some types of court proceedings. Legal security and isonomy are values essentially related to the Democratic State of Law. The expressions of law with attention to judicial precedents are marks of the new archetype desired for the procedural practice. Resigned by these findings, there remains the inquiry into the theory of knowledge that routinely subordinates interpreters of our times, even though this philosophical stance has already lost legitimacy throughout history, especially with each new totalitarian onslaught. The adoption of decisions made in precedent does not remove from the judge its argumentative burden, which must, in order to do so, identify the factual foundations of the past case as a true hermeneutic exercise. The judicial precedent can not only represent a mechanized and automatic method of producing decisions. Therefore, it is necessary to identify some problems in the use of precedents to extract the greatest possible rationality and effectiveness of the procedural system. Thus, it is necessary to locate the contributions to the constitutional hermeneutics that allow the jurist to move efficiently between the dogmatics of the postulates and their apprehension from the facts. The understanding of law is phenomenological and, thus, attempts at scientific neutrality are lost. Coherence and integrity of the legal system become the pillars of the interpretive submission of the interpreter to the postulates of the judicial tradition. The constitutional reading is the necessary sieve so that the practice of the right of precedents is not transformed into a breath to voluntarism. The procedural legal system, in this way, must preserve the mechanisms capable of making possible distinguishing or overruling of precedents. The preservation of appeals for argumentation with this content should be encouraged.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2020-05-11T13:20:27Z No. of bitstreams: 1 UNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf: 1566239 bytes, checksum: 62bdb31be15a710e4ee9322d3e1eec98 (MD5)Made available in DSpace on 2020-05-11T13:20:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 UNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf: 1566239 bytes, checksum: 62bdb31be15a710e4ee9322d3e1eec98 (MD5) Previous issue date: 2017-08-17porUniversidade ParanaensePrograma de pós-graduação em Direito Processual e CidadaniaUNIPARBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO::DIREITO PUBLICO::DIREITO PROCESSUAL CIVILProcesso civilSegurança jurídicaPrecedente (direito)Jurisdição constitucionalLegal certaintyA Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTUNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf.txtUNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf.txtExtracted texttext/plain654417https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/3/UNIPAR%20-%20ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf.txtfa6502a6541d2ff0a4b53e66387da71dMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALUNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdfUNIPAR - ViniciusGoncalvesAlmeida.pdfapplication/pdf1566239https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/1/UNIPAR%20-%20ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf62bdb31be15a710e4ee9322d3e1eec98MD51prefix/29902023-09-14 02:16:07.681oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/2990TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T06:16:07Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
title A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
spellingShingle A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
Almeida, Vinícius Gonçalves
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO::DIREITO PUBLICO::DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Processo civil
Segurança jurídica
Precedente (direito)
Jurisdição constitucional
Legal certainty
title_short A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
title_full A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
title_fullStr A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
title_full_unstemmed A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
title_sort A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional
author Almeida, Vinícius Gonçalves
author_facet Almeida, Vinícius Gonçalves
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Iocohama, Celso Hiroshi
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 0000-0002-0686-0330
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1774869644885979
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Bonamigo, Carlos Antônio
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6131273796214079
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Guimarães, Rafael de Oliveira
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3223685066919857
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Rojas, Cristian Marcelo Contreras
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0596608607525111
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Vinícius Gonçalves
contributor_str_mv Iocohama, Celso Hiroshi
Bonamigo, Carlos Antônio
Guimarães, Rafael de Oliveira
Rojas, Cristian Marcelo Contreras
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO::DIREITO PUBLICO::DIREITO PROCESSUAL CIVIL
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO::DIREITO PUBLICO::DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Processo civil
Segurança jurídica
Precedente (direito)
Jurisdição constitucional
Legal certainty
dc.subject.por.fl_str_mv Processo civil
Segurança jurídica
Precedente (direito)
Jurisdição constitucional
dc.subject.eng.fl_str_mv Legal certainty
description O Processo Civil brasileiro tem encontrado nos argumentos de isonomia e segurança jurídica suas maiores bandeiras para a consolidação de um modelo jurídico inclinado à estabilidade e à previsibilidade do comportamento jurisdicional. Diante de tal objetivo, o novo Código de Processo Civil descreveu um número significativo de dispositivos que, de alguma maneira, colocam vigor sobre a dotação de efeitos vinculantes a algumas espécies de provimentos judiciais. A segurança jurídica e a isonomia são valores essencialmente relacionado ao Estado Democrático de Direito. As expressões de direito com atenção aos precedentes judiciais são marcas do novo arquétipo desejado para a prática processual. Resignados com esses achados, permanece a indagação quanto à teoria do conhecimento que subordina habitualmente os intérpretes de nossos tempos, mesmo que essa postura filosófica já tenha perdido legitimidade ao longo da história, especialmente a cada nova investida totalitária. A adoção de decisões firmadas em precedentes não afasta do julgador o seu ônus argumentativo, devendo para tanto identificar no caso em julgamento os fundamentos fáticos do caso pretérito, como verdadeiro exercício hermenêutico. O precedente judicial não pode representar apenas um método mecanizado e automático de produção de decisões. Por isso, é necessário identificar alguns problemas na utilização dos precedentes para extrair a maior racionalidade e efetividade possíveis do sistema processual. Assim, é necessário localizar os aportes à hermenêutica constitucional que permitam ao jurista transitar com eficiência entre a dogmática dos postulados e sua apreensão a partir dos fatos. A compreensão do direito é fenomenológica e, assim, ficam perdidos os intentos de neutralidade científica. Coerência e integridade do sistema jurídico passam a constituir os pilares da submissão argumentativa do intérprete aos postulados da tradição judicial. A leitura constitucional é o crivo necessário para que a prática do direito de precedentes não seja transformada em alento ao voluntarismo. O sistema jurídico processual, por esse caminho, deve preservar os mecanismos capazes de tornar possível a distinção ou a superação de precedentes. A preservação das vias dos recursos para argumentação com esse teor, deve ser encorajada.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-08-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-05-11T13:20:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-05-11T13:20:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ALMEIDA, Vinícius Gonçalves. A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional. 2017. Dissertação (Mestrado em Direito Processual e Cidadania) – Universidade Paranaense, Umuarama, PR, 2017.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2990
identifier_str_mv ALMEIDA, Vinícius Gonçalves. A Força vinculante da tradição judicial no Processo Civil Brasileiro como exercício de argumentação e hermenêutica na Jurisdição Constitucional. 2017. Dissertação (Mestrado em Direito Processual e Cidadania) – Universidade Paranaense, Umuarama, PR, 2017.
url http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2990
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Paranaense
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de pós-graduação em Direito Processual e Cidadania
dc.publisher.initials.fl_str_mv UNIPAR
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Paranaense
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFGD
instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron:UFGD
instname_str Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron_str UFGD
institution UFGD
reponame_str Repositório Institucional da UFGD
collection Repositório Institucional da UFGD
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/3/UNIPAR%20-%20ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf.txt
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/2/license.txt
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2990/1/UNIPAR%20-%20ViniciusGoncalvesAlmeida.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fa6502a6541d2ff0a4b53e66387da71d
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
62bdb31be15a710e4ee9322d3e1eec98
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798042077110468608