Violência simbólica, educação e psicologia sócio-histórica em movimento aos massacres escolares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilalba, Théssie Nantes de Brites
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4040
Resumo: A violência em sua dimensão simbólica está relacionada ao plano valorativo que corresponde à reprodução de uma cultura dominante que está presente em determinadas ações, como as pedagógicas. Essa violência concerne à imposição legitimada de um arbitrário cultural que assegura a estrutura social dominante, reforça dicotomias culturais e também colabora com a reprodução de outras formas de violência. Nesse sentido, a Violência Simbólica escolar mostra uma Educação que tem o papel de incorporar, em seu exercício, práticas de um arbitrário cultural dominante, como consequência disso, aqueles/as que não apreendem essas práticas, isto é, alunos/as que não têm a cultura que a escola demanda, são excluídos/as. Sendo, então, uma violência que se inscreve no social e na história e que fornece as condições e as motivações para que outras violências se materializem, desde as imperceptíveis aos episódios de Massacres Escolares. Violências que geram mais violências. Violências vistas como instrumentos de ruptura contra as condições sociais, contra o sistema e os mal-estares que as dinâmicas e o espaço escolar podem representar. Considera-se também a possível relação com a Mídia que pode potencializar a efetivação de violências escolares. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo geral: Analisar as possíveis relações entre a Educação, a Violência Simbólica escolar e midiática e os Massacres Escolares. Os objetivos específicos foram: Selecionar descrições de “massacres escolares” disponibilizados na plataforma digital Wikipédia e organizá-los em categorias de análises; Discutir questões/situações comuns e incomuns entre os casos; e Analisar, à luz do referencial teórico, as possíveis explicações que levaram os envolvidos a planejarem e executarem os massacres. Como caminho metodológico traçado buscou-se atender aos critérios de uma pesquisa documental de enfoque qualitativo, em que os conteúdos foram submetidos à Análise de Conteúdo de Bardin (2016) e discutidos sob a perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica. Os resultados encontrados propiciam a compreensão das repercussões de condições de Violência Simbólica na história dos sujeitos que levaram à efetivação da materialização de violências no espaço escolar. Ressalta-se a importância de educação crítica fundamental para a transformação de uma sociedade marcada pela violência, que reconheça e defenda as diferenças.
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Essa violência concerne à imposição legitimada de um arbitrário cultural que assegura a estrutura social dominante, reforça dicotomias culturais e também colabora com a reprodução de outras formas de violência. Nesse sentido, a Violência Simbólica escolar mostra uma Educação que tem o papel de incorporar, em seu exercício, práticas de um arbitrário cultural dominante, como consequência disso, aqueles/as que não apreendem essas práticas, isto é, alunos/as que não têm a cultura que a escola demanda, são excluídos/as. Sendo, então, uma violência que se inscreve no social e na história e que fornece as condições e as motivações para que outras violências se materializem, desde as imperceptíveis aos episódios de Massacres Escolares. Violências que geram mais violências. Violências vistas como instrumentos de ruptura contra as condições sociais, contra o sistema e os mal-estares que as dinâmicas e o espaço escolar podem representar. Considera-se também a possível relação com a Mídia que pode potencializar a efetivação de violências escolares. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo geral: Analisar as possíveis relações entre a Educação, a Violência Simbólica escolar e midiática e os Massacres Escolares. Os objetivos específicos foram: Selecionar descrições de “massacres escolares” disponibilizados na plataforma digital Wikipédia e organizá-los em categorias de análises; Discutir questões/situações comuns e incomuns entre os casos; e Analisar, à luz do referencial teórico, as possíveis explicações que levaram os envolvidos a planejarem e executarem os massacres. Como caminho metodológico traçado buscou-se atender aos critérios de uma pesquisa documental de enfoque qualitativo, em que os conteúdos foram submetidos à Análise de Conteúdo de Bardin (2016) e discutidos sob a perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica. Os resultados encontrados propiciam a compreensão das repercussões de condições de Violência Simbólica na história dos sujeitos que levaram à efetivação da materialização de violências no espaço escolar. Ressalta-se a importância de educação crítica fundamental para a transformação de uma sociedade marcada pela violência, que reconheça e defenda as diferenças.Violence in its symbolic dimension is related to the value plan, which corresponds to the reproduction of a dominant culture that is present in certain actions, such as the pedagogical ones. This violence concerns the legitimated imposition of a cultural arbitrary that ensures the dominant social structure, reinforces cultural dichotomies and also collaborates with the reproduction of other forms of violence. In this sense, the school Symbolic Violence denounces an Education that has the role of incorporating in its exercise, practices of a dominant cultural arbitrary, as a consequence, those who do not understand these practices, that is, students who do not have the culture that the school demands are excluded. Being, then, a violence that is inscribed in the social and history and that provides the conditions and motivations for other violence to materialize, from the imperceptible reactions to the episodes of School Massacres. Violence that generates more violence. Violence seen as an instrument of rupture against social conditions, against the system and the uneasiness that the dynamics and the school space may represent. We also consider the possible relationship of it with the Media that can enhance the effectiveness of school violence. The present study had as its general objective: To analyze the possible relations between Education, school and media Symbolic Violence and School Massacres. The specific objectives were: To select descriptions of “school massacres” available on the digital platform Wikipedia and organize them into analysis categories; To discuss common and unusual issues/situations between cases; To analyze, in the light of the theoretical framework, the possible explanations that led those involved to plan and execute the massacres. As a methodological path, it sought to meet the criteria of a documentary research with a qualitative focus, in which the contents were submitted to Content Analysis by Bardin (2016) and discussed from the perspective of Socio-Historical Psychology. The results found provide an understanding of the repercussions of conditions of Symbolic Violence in the history of the subjects that led to the materialization of violence in the school space. It highlights the importance of critical education for the transformation of a society marked by violence, which recognizes and defends differences.La violencia en su dimensión simbólica está relacionada con el plano de valores que corresponde a la reproducción de una cultura dominante que está presente en ciertas acciones, como las pedagógicas. Esta violencia se refiere a la imposición legítima de un arbitrario cultural que asegura la estructura social dominante, refuerza las dicotomías culturales y también colabora con la reproducción de otras formas de violencia. En este sentido, la violencia simbólica escolar muestra una educación que tiene el papel de incorporar, en su ejercicio, prácticas de un arbitrario cultural dominante, como consecuencia de eso, aquellos que no entienden estas prácticas, es decir, estudiantes que no tienen la cultura que exige la escuela, se excluye. Por lo tanto, es una violencia inscrita en lo social y en la historia y que proporciona las condiciones y motivaciones para que se materialice otra violencia, desde las reacciones imperceptibles hasta los episodios de masacres escolares. Violencias que generan más violencia. Violencias vistas como instrumentos de ruptura contra las condiciones sociales, contra el sistema y la incomodidad que la dinámica y el espacio escolar pueden representar. También se considera la posible relación con los medios de comunicación que puede mejorar la efectividad de la violencia escolar. Por lo tanto, el presente estudio tenía el objetivo general: Analizar las posibles relaciones entre la Educación, la Violencia Simbólica escolar y los medios de comunicación y las Masacres Escolares. Los objetivos específicos fueron: Seleccionar descripciones de “masacres escolares” disponibles en la plataforma digital Wikipedia y organizarlas en categorías de análisis; Discutir problemas / situaciones comunes e inusuales entre casos; y Analizar, a la luz del marco teórico, las posibles explicaciones que llevaron a los involucrados a planificar y llevar a cabo las masacres. Como camino metodológico, tratamos de cumplir con los criterios de una investigación documental con un enfoque cualitativo, en el que los contenidos se presentaron al Análisis de Contenido de Bardin (2016) y se discutieron bajo la perspectiva de la Psicología Sociohistórica. Los resultados encontrados proporcionan una comprensión de las repercusiones de las condiciones de violencia simbólica en la historia de los temas que llevaron a la materialización de la violencia en el espacio escolar. Destaca la importancia de la educación crítica para la transformación de una sociedad marcada por la violencia, que reconoce y defiende las diferencias.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2020-09-08T12:39:46Z No. of bitstreams: 1 ThessieNantesdeBritesVilalba.pdf: 969686 bytes, checksum: c4a7c2ecacbe088c8f8abfe6931bc9c4 (MD5)Made available in DSpace on 2020-09-08T12:39:46Z (GMT). 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