Caracterização do óleo de pracaxi e sua inclusão em dietas de codornas japonesas

• Autor(a) principal: Eberhart, Bruna de Souza
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4970
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::PRODUCAO ANIMAL; Fitoterapia; Óleo essencial; Compostos bioativos; Phytotherapy; Essential oils; Bioactive compounds

Em virtude da necessidade de investigar novos produtos que possam ser explorados como moduladores de desempenho que possa ser utilizados como aditivos zootécnicos, os fitoterápicos são uma excelente opção, uma vez que esses produtos possuem uma riqueza de compostos bioativos, aliado ao fato do nosso país possuir uma flora riquíssima inexplorada, como é o caso do pracaxi (Pentaclethra macroloba). Nesse sentido, buscou avaliar esse produto pouco explorado, o óleo de pracaxi. Foram realizadas avaliações sobre o perfil de ácidos graxos do óleo em questão por meio de cromatografia gasosa, para avaliação da capacidade antioxidante foram realizados testes de DDPH, FRAP e ABTS e a composição dos compostos fenólicos foi determinada por reagentes específicos. Para compreensão de um possível potencial tóxico do produto foi avaliada a toxicidade oral subcrônica, sendo utilizados 40 ratos Wistar albinos, submetidos às avaliações descritas pelo manual da OECD (Guia 407). Para investigação dos efeitos da inclusão de óleo de pracaxi sobre a dieta de codornas foram avaliados a produtividade, qualidade de ovos, digestibilidade, biometria dos órgãos e deposição de ácidos graxos nas gemas dos ovos em 175 codornas japonesas, em um delineamento totalmente casualizado com 5 tratamentos (T1: controle 0% inclusão; T2: 0,045% inclusão de óleo de pracaxi; T3: 0,090% de inclusão de pracaxi; T4: 0,180% de inclusão de óleo de pracaxi; T5: 0,360% de inclusão de óleo de pracaxi),7 repetições com 5 animais cada por dois períodos de 28 dias. Os resultados analíticos mostraram que o óleo em análise apresenta em sua composição química diferentes ácidos graxos: ácido oleico, linoleico, araquídico e beênico, que são responsáveis por mais de 90% da composição. Em menor porcentagem foram encontrados os ácidos láuricos (0,17%), mirístico (0,09%), palmítico (1,49%), esteárico (3,45%) e linolênico (1,39%). Conforme os resultados gerados pelos testes antioxidantes pode-se concluir que o óleo de pracaxi possui alta capacidade antioxidante, e é um produto com alta composição de compostos fenólicos. Em relação à avaliação de toxicidade não foram verificadas alterações nos sinais clínicos e peso dos órgãos, porém na histologia foram observadas alterações brandas de um possível processo tóxico com o aumento da ingestão do óleo. Para as aves que receberam a inclusão com óleo de pracaxi notou-se a piora da conversão alimentar por dúzia de ovos, aumento da deposição de ácido linolênico na gema dos ovos, aumento da absorção de proteínas e minerais. Conclui-se que o óleo de pracaxi pode ser incluso na dieta de aves sem causar interferências sobre a qualidade dos ovos, melhorando a deposição de ácidos graxos na gema dos ovos e melhorando a absorção de nutrientes, além de ser um produto com alta capacidade antioxidante.