A descolonialidade e o paradigma da vida concreta na restauração dos direitos na América Latina
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Videre (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/11769 |
Resumo: | O intenso processo de extermínio dos povos indígenas e assimilação forçada da cultura nacional/moderna dizimou grande parte das populações originárias do Continente Americano. Mesmo após a independência das colônias, existe a continuidade do poder colonial, agora, sob outra faceta, e fora das estruturas formais político-jurídicas, que atuam na intersubjetividade dos imaginários sociais, por meio da dominação, da exploração e do conflito. Esse novo padrão de poder é denominado de colonialidade do poder e toma o conceito de raça para dominar e subalternizar os povos indígenas, restringindo seus direitos e modos de viver. A colonialidade agiu não somente sobre as terras e os recursos dela provindos, mas também sobre a produção de conceitos e do imaginário social provocando uma violenta destruição das culturas e das formas de existir na América Latina. O branco/europeu foi identificado como referência, olhando-se tudo a partir desta condição, desta posição que organiza as percepções de mundo segundo as suas categorias únicas e legitimamente válidas. A categoria da colonialidade foi utilizada para pensar a interpretação e aplicação dos direitos dos povos indígenas, sendo que a correlação entre direito e colonialidade revela efeitos práticos a partir da (não)efetivação dos direitos, verificando-se a situação-condição dos povos indígenas involucra na violência e no risco de extermínio colonial. Neste sentido, a crítica de Enrique Dussel, sobre a negação da vida dos excluídos, que se encontram na exterioridade do sistema mundo, é fundamental, requerendo a urgente necessidade de rompimento com essa lógica e a construção de um outro mundo possível e factível. |
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A descolonialidade e o paradigma da vida concreta na restauração dos direitos na América LatinaDescolonialidade. Paradigma da vida. Povos Indígenas. Direitos. América LatinaO intenso processo de extermínio dos povos indígenas e assimilação forçada da cultura nacional/moderna dizimou grande parte das populações originárias do Continente Americano. Mesmo após a independência das colônias, existe a continuidade do poder colonial, agora, sob outra faceta, e fora das estruturas formais político-jurídicas, que atuam na intersubjetividade dos imaginários sociais, por meio da dominação, da exploração e do conflito. Esse novo padrão de poder é denominado de colonialidade do poder e toma o conceito de raça para dominar e subalternizar os povos indígenas, restringindo seus direitos e modos de viver. A colonialidade agiu não somente sobre as terras e os recursos dela provindos, mas também sobre a produção de conceitos e do imaginário social provocando uma violenta destruição das culturas e das formas de existir na América Latina. O branco/europeu foi identificado como referência, olhando-se tudo a partir desta condição, desta posição que organiza as percepções de mundo segundo as suas categorias únicas e legitimamente válidas. A categoria da colonialidade foi utilizada para pensar a interpretação e aplicação dos direitos dos povos indígenas, sendo que a correlação entre direito e colonialidade revela efeitos práticos a partir da (não)efetivação dos direitos, verificando-se a situação-condição dos povos indígenas involucra na violência e no risco de extermínio colonial. Neste sentido, a crítica de Enrique Dussel, sobre a negação da vida dos excluídos, que se encontram na exterioridade do sistema mundo, é fundamental, requerendo a urgente necessidade de rompimento com essa lógica e a construção de um outro mundo possível e factível.EDITORA - UFGD2021-08-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/1176910.30612/videre.v13i27.11769Revista Videre; v. 13 n. 27 (2021): Revista Videre; 264-2882177-7837reponame:Revista Videre (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/11769/8087Copyright (c) 2021 Revista Videreinfo:eu-repo/semantics/openAccessVeloso, Kellyana Bezerra de LimaSantana, Raquel Páscoa da Veiga Frade2021-08-31T21:19:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/11769Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/viderePUBhttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/oaihttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/oai2177-78372177-2150opendoar:2021-08-31T21:19:42Revista Videre (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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