A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Videre (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/13002 |
Resumo: | A vinda da Família Real para o Brasil ocorrida em 1808 dá início ao fim do período colonial. Nesse interim – de 1808 a 1822 – o Brasil experimentou medidas que promoveram seu desenvolvimento econômico; houve a instalação de um aparato administrativo, que conferiu condições necessárias para que o Brasil fosse elevado à sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, culminando no processo de separação política entre Brasil e Portugal, ocorrida em 1822. Foi um período marcado pela interiorização da metrópole na América e de intensificação das relações baseadas na colonialidade do poder. Nesse sentido, a independência do Brasil não implicou, em primeiro momento, na fundação de uma nação brasileira, posto que não foi fruto de luta e resistência do povo brasileiro, mas sim, de arranjos políticos para atender interesses outros, tais como dos grandes comerciantes, que perderiam mercado com o retorno do Brasil à condição de colônia portuguesa no contexto da instauração de uma monarquia constitucionalista. O marco da independência, portanto, não foi capaz de desconstruir a lógica da modernidade eurocêntrica vigente na até então colônia e de impedir que as consequências da colonialidade no imaginário dos dominados continuassem a se perpetrar, bem como que as relações de poder baseadas em questões raciais e de classes sociais, com a instauração do colonialismo interno, continuassem a se fazer presentes. |
id |
UFGD-3_e1811bb93270677e8887b6cdf7adae62 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/13002 |
network_acronym_str |
UFGD-3 |
network_name_str |
Revista Videre (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo internoPeríodo colonial. Independência do Brasil. Modernidade. Eurocentrismo. Colonialidade.A vinda da Família Real para o Brasil ocorrida em 1808 dá início ao fim do período colonial. Nesse interim – de 1808 a 1822 – o Brasil experimentou medidas que promoveram seu desenvolvimento econômico; houve a instalação de um aparato administrativo, que conferiu condições necessárias para que o Brasil fosse elevado à sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, culminando no processo de separação política entre Brasil e Portugal, ocorrida em 1822. Foi um período marcado pela interiorização da metrópole na América e de intensificação das relações baseadas na colonialidade do poder. Nesse sentido, a independência do Brasil não implicou, em primeiro momento, na fundação de uma nação brasileira, posto que não foi fruto de luta e resistência do povo brasileiro, mas sim, de arranjos políticos para atender interesses outros, tais como dos grandes comerciantes, que perderiam mercado com o retorno do Brasil à condição de colônia portuguesa no contexto da instauração de uma monarquia constitucionalista. O marco da independência, portanto, não foi capaz de desconstruir a lógica da modernidade eurocêntrica vigente na até então colônia e de impedir que as consequências da colonialidade no imaginário dos dominados continuassem a se perpetrar, bem como que as relações de poder baseadas em questões raciais e de classes sociais, com a instauração do colonialismo interno, continuassem a se fazer presentes.EDITORA - UFGD2021-04-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/1300210.30612/videre.v13i26.13002Revista Videre; v. 13 n. 26 (2021): Revista Videre; 220 - 2392177-7837reponame:Revista Videre (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/13002/7802Copyright (c) 2021 Revista Videreinfo:eu-repo/semantics/openAccessLubke, Mariane Yuri ShioharaBernardo, Leandro FerreiraBourges, Fernanda Schuhli2021-06-25T13:07:17Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/13002Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/viderePUBhttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/oaihttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/oai2177-78372177-2150opendoar:2021-06-25T13:07:17Revista Videre (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
title |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
spellingShingle |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno Lubke, Mariane Yuri Shiohara Período colonial. Independência do Brasil. Modernidade. Eurocentrismo. Colonialidade. |
title_short |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
title_full |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
title_fullStr |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
title_full_unstemmed |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
title_sort |
A (in)dependência do Brasil a partir da visão eurocêntrica de modernidade e colonialidade: o legado do colonialismo interno |
author |
Lubke, Mariane Yuri Shiohara |
author_facet |
Lubke, Mariane Yuri Shiohara Bernardo, Leandro Ferreira Bourges, Fernanda Schuhli |
author_role |
author |
author2 |
Bernardo, Leandro Ferreira Bourges, Fernanda Schuhli |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lubke, Mariane Yuri Shiohara Bernardo, Leandro Ferreira Bourges, Fernanda Schuhli |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Período colonial. Independência do Brasil. Modernidade. Eurocentrismo. Colonialidade. |
topic |
Período colonial. Independência do Brasil. Modernidade. Eurocentrismo. Colonialidade. |
description |
A vinda da Família Real para o Brasil ocorrida em 1808 dá início ao fim do período colonial. Nesse interim – de 1808 a 1822 – o Brasil experimentou medidas que promoveram seu desenvolvimento econômico; houve a instalação de um aparato administrativo, que conferiu condições necessárias para que o Brasil fosse elevado à sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, culminando no processo de separação política entre Brasil e Portugal, ocorrida em 1822. Foi um período marcado pela interiorização da metrópole na América e de intensificação das relações baseadas na colonialidade do poder. Nesse sentido, a independência do Brasil não implicou, em primeiro momento, na fundação de uma nação brasileira, posto que não foi fruto de luta e resistência do povo brasileiro, mas sim, de arranjos políticos para atender interesses outros, tais como dos grandes comerciantes, que perderiam mercado com o retorno do Brasil à condição de colônia portuguesa no contexto da instauração de uma monarquia constitucionalista. O marco da independência, portanto, não foi capaz de desconstruir a lógica da modernidade eurocêntrica vigente na até então colônia e de impedir que as consequências da colonialidade no imaginário dos dominados continuassem a se perpetrar, bem como que as relações de poder baseadas em questões raciais e de classes sociais, com a instauração do colonialismo interno, continuassem a se fazer presentes. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-04-23 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/13002 10.30612/videre.v13i26.13002 |
url |
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/13002 |
identifier_str_mv |
10.30612/videre.v13i26.13002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/13002/7802 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Revista Videre info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Revista Videre |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
EDITORA - UFGD |
publisher.none.fl_str_mv |
EDITORA - UFGD |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Videre; v. 13 n. 26 (2021): Revista Videre; 220 - 239 2177-7837 reponame:Revista Videre (Online) instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) instacron:UFGD |
instname_str |
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) |
instacron_str |
UFGD |
institution |
UFGD |
reponame_str |
Revista Videre (Online) |
collection |
Revista Videre (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Videre (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) |
repository.mail.fl_str_mv |
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/oai |
_version_ |
1798325355559256064 |