Tornar-se outro: a reconfiguração do sujeito lírico na poesia de Orides Fontela
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Raído (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/14853 |
Resumo: | A presente análise debruça-se sobre o poema “Caramujo”, da poeta brasileira Orides Fontela (1940-1998). O poema foi publicado em seu livro de estreia, Transposição (1966-1967). A proposta deste ensaio é ler o poema numa tentativa de cotejo e aproximação com a tradição brasileira na qual se pode reconhecer o que estamos pensando como a reconfiguração do sujeito lírico. O que há de comum nos poetas aqui escolhidos é uma tensão no modo como o sujeito se apresenta, um estado limiar no qual se observa o não reconhecimento de si, uma negação do eu, portanto, e a preocupação em rejeitar uma projeção atravessada pelo externo de si. Trata-se, portanto, de poetas que constroem o “eu-mínimo”, a metamorfose do sujeito em outros seres e coisas através da linguagem, de modo que é a palavra, a lida com a linguagem, que aparece em primeiro plano, e não o eu lírico. Para fundamentar nossa leitura, retomamos a indagação de Jacques Ranciére (2017) quanto a necessidade de repesarmos uma política do lirismo. O percurso metodológico construído propõe uma leitura crítica do poema da Orides Fontela e o cotejo entre os poetas a fim de levantarmos uma linhagem da tradição da poesia brasileira contemporânea. |
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Tornar-se outro: a reconfiguração do sujeito lírico na poesia de Orides FontelaEu líricosujeitotradição líricapoesia brasileira contemporâneaA presente análise debruça-se sobre o poema “Caramujo”, da poeta brasileira Orides Fontela (1940-1998). O poema foi publicado em seu livro de estreia, Transposição (1966-1967). A proposta deste ensaio é ler o poema numa tentativa de cotejo e aproximação com a tradição brasileira na qual se pode reconhecer o que estamos pensando como a reconfiguração do sujeito lírico. O que há de comum nos poetas aqui escolhidos é uma tensão no modo como o sujeito se apresenta, um estado limiar no qual se observa o não reconhecimento de si, uma negação do eu, portanto, e a preocupação em rejeitar uma projeção atravessada pelo externo de si. Trata-se, portanto, de poetas que constroem o “eu-mínimo”, a metamorfose do sujeito em outros seres e coisas através da linguagem, de modo que é a palavra, a lida com a linguagem, que aparece em primeiro plano, e não o eu lírico. Para fundamentar nossa leitura, retomamos a indagação de Jacques Ranciére (2017) quanto a necessidade de repesarmos uma política do lirismo. O percurso metodológico construído propõe uma leitura crítica do poema da Orides Fontela e o cotejo entre os poetas a fim de levantarmos uma linhagem da tradição da poesia brasileira contemporânea.Editora da Universidade Federal da Grande Dourados2021-12-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/1485310.30612/raido.v15i38.14853Raído; v. 15 n. 38 (2021): Dossiê: Poetas latino-americanas: vozes líricas femininas, interculturalidade e resistência1984-4018reponame:Raído (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/14853/8386Copyright (c) 2022 Raídoinfo:eu-repo/semantics/openAccessBenites, PauloGuedes, Carlos Gledson Moreira2022-02-10T22:44:19Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/14853Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/RaidoPUBhttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/oaialexandrapinheiro@ufgd.edu.br||editora.suporte@ufgd.edu.br1984-40181982-629Xopendoar:2022-02-10T22:44:19Raído (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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