A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA A PARTIR DO ESPAÇO PÚBLICO NACIONAL: A PRODUÇÃO ESPAÇO CORDIAL E SUAS RUPTURAS.
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Libertas (Juiz de Fora. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18298 |
Resumo: | Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda realiza um esforço interpretativo da formação social brasileira que culmina na construção do conceito-síntese do homem cordial. Muito distante de qualquer atribuição moral de “bondade” à sociedade brasileira, esse conceito revela a incapacidade histórica desta em lidar com o isolamento, com o conflito, com a impessoalidade. A construção nacional do Brasil reflete essas características ao negar rupturas e produzir uma conciliação dos tempos do passado e do presente rumo a um futuro certo: sua modernização via industrialização. Este estudo demonstra, a partir de uma investigação sobre o espaço do patrimônio histórico brasileiro, apoiado nas teses da história de Benjamin, como essa opção resultou (e ainda resulta) em barbárie ao apagar conflitos sociais, suas vitórias e suas derrotas em nome de uma memória dos vitoriosos travestida de progresso natural. Analisando a produção de espaços simbólicos da cidade de Ouro Preto, este estudo constrói uma crítica à narrativa nacional brasileira resgatando a tarefa de escovar a história a contrapelo proposta por Walter Benjamin no intuito de renovar questões sobre o significado do conceito de nação.Palavras-chave: homem cordial, nação, patrimônio histórico, Ouro Preto. |
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A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA A PARTIR DO ESPAÇO PÚBLICO NACIONAL: A PRODUÇÃO ESPAÇO CORDIAL E SUAS RUPTURAS.Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda realiza um esforço interpretativo da formação social brasileira que culmina na construção do conceito-síntese do homem cordial. Muito distante de qualquer atribuição moral de “bondade” à sociedade brasileira, esse conceito revela a incapacidade histórica desta em lidar com o isolamento, com o conflito, com a impessoalidade. A construção nacional do Brasil reflete essas características ao negar rupturas e produzir uma conciliação dos tempos do passado e do presente rumo a um futuro certo: sua modernização via industrialização. Este estudo demonstra, a partir de uma investigação sobre o espaço do patrimônio histórico brasileiro, apoiado nas teses da história de Benjamin, como essa opção resultou (e ainda resulta) em barbárie ao apagar conflitos sociais, suas vitórias e suas derrotas em nome de uma memória dos vitoriosos travestida de progresso natural. Analisando a produção de espaços simbólicos da cidade de Ouro Preto, este estudo constrói uma crítica à narrativa nacional brasileira resgatando a tarefa de escovar a história a contrapelo proposta por Walter Benjamin no intuito de renovar questões sobre o significado do conceito de nação.Palavras-chave: homem cordial, nação, patrimônio histórico, Ouro Preto.Universidade Federal de Juiz de Fora2015-05-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18298Libertas; v. 14 n. 2 (2014): Revista Libertas (jul. dez. 2014)1980-85181518-9325reponame:Libertas (Juiz de Fora. Online)instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFporhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18298/9526Copyright (c) 2015 Libertasinfo:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro, Cláudio Rezende2021-01-29T15:03:59Zoai:periodicos.ufjf.br:article/18298Revistahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/indexPUBhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/oairevista.libertas@ufjf.edu.br||emmenegat@gmail.com1980-85181518-9325opendoar:2021-01-29T15:03:59Libertas (Juiz de Fora. Online) - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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