Monges barbudos, trabalhadores rurais e messianismo em Soledade e Sobradinho: um movimento de resistência local contra a violência política e econômica dos anos 1930
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Libertas (Juiz de Fora. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18403 |
Resumo: | O artigo apresenta o movimento dos trabalhadores rurais liderados pelos monges barbudos de Soledade e Sobradinho, ocorrido na década de 1930, no Rio Grande do Sul. Na perspectiva dos monges barbudos, pode-se afirmar que a religiosidade serviu de base para a formação de uma aliança entre os pequenos produtores empobrecidos e os trabalhadores rurais safristas que habitavam as florestas, o chamado “povo do mato”. Ao longo da pesquisa, foi possível observar o espaço social do mato, como lugar de produção, moradia, subsistência e fuga de relações de opressão de diversas naturezas. Com metodologia antropológica e historiográfica, é criado um diálogo com as fontes, evidenciando os interesses em conflito que culminaram com a ação violenta, do Estado e das elites locais, contra o movimento e a execução das lideranças. Esses “caboclos” foram comparados, pelo juiz de direito da Comarca de Candelária, com os muckers (1868-1874) do Ferrabraz, no Rio Grande do Sul, e com os rebeldes de Canudos (1893-1897), na Bahia. Observamos que, na análise dos movimentos religiosos e messiânicos brasileiros, não raras vezes, o caráter político e contestatório dessas organizações sociais rurais foi minimizado. |
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Monges barbudos, trabalhadores rurais e messianismo em Soledade e Sobradinho: um movimento de resistência local contra a violência política e econômica dos anos 1930movimento de trabalhadores ruraismovimento messiânicomonges barbudosSobradinho e Soledadeviolência do Estado.O artigo apresenta o movimento dos trabalhadores rurais liderados pelos monges barbudos de Soledade e Sobradinho, ocorrido na década de 1930, no Rio Grande do Sul. Na perspectiva dos monges barbudos, pode-se afirmar que a religiosidade serviu de base para a formação de uma aliança entre os pequenos produtores empobrecidos e os trabalhadores rurais safristas que habitavam as florestas, o chamado “povo do mato”. Ao longo da pesquisa, foi possível observar o espaço social do mato, como lugar de produção, moradia, subsistência e fuga de relações de opressão de diversas naturezas. Com metodologia antropológica e historiográfica, é criado um diálogo com as fontes, evidenciando os interesses em conflito que culminaram com a ação violenta, do Estado e das elites locais, contra o movimento e a execução das lideranças. Esses “caboclos” foram comparados, pelo juiz de direito da Comarca de Candelária, com os muckers (1868-1874) do Ferrabraz, no Rio Grande do Sul, e com os rebeldes de Canudos (1893-1897), na Bahia. Observamos que, na análise dos movimentos religiosos e messiânicos brasileiros, não raras vezes, o caráter político e contestatório dessas organizações sociais rurais foi minimizado.Universidade Federal de Juiz de Fora2016-08-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18403Libertas; v. 16 n. 1 (2016): Revista Libertas - ISSN: 1980-8518 (jan. jun. 2016)1980-85181518-9325reponame:Libertas (Juiz de Fora. Online)instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFporhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/18403/9618Copyright (c) 2016 Libertasinfo:eu-repo/semantics/openAccessKopp, Maria da Glória Lopes2020-11-13T10:02:55Zoai:periodicos.ufjf.br:article/18403Revistahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/indexPUBhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/oairevista.libertas@ufjf.edu.br||emmenegat@gmail.com1980-85181518-9325opendoar:2020-11-13T10:02:55Libertas (Juiz de Fora. Online) - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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