A condição da vítima no documentário: reflexões sobre a memória e a performance da violência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Lumina |
Texto Completo: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21507 |
Resumo: | O artigo analisa a ideia de performance atravessada pela noção de representação da violência. O objetivo do artigo é elucidar o espaço do corpo no cinema documentário por meio do estudo da memória da violência performatizada presente nos filmes O Ato de Matar (2012), de Joshua Oppenheimer e S21 - A Máquina da Morte do Khmer Vermelho (2003), do cineasta cambojano Rithy Panh. Em ambos os documentários, a reencenação da tortura é evidenciada através da dimensão performática e por meio do emprego de dispositivos que confrontam os perpertradores da violência com as memórias dos crimes cometidos tanto na Indonésia quanto no Camboja. O artigo se ampara nas noções de performance, encontradas em Schechner (1985) e Taylor (2009) para compreender o “comportamento restaurado” em situações traumáticas. O estudo recorre ainda a Derrida (2001) para o entendimento de arquivos, registros e traumas em situações que culminaram em políticas de sofrimentos. Entende-se que os resultados obtidos nos documentários são confrontados a partir de performances distintas da violência e das relações entre memória e testemunho. Além disso, constata-se que por falta de imagens sobre as torturas as memórias são encenadas, reencenadas ou servem como arquivos vivos de episódios sangrentos nos dois países. |
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