Cinema em retalhos: Super-8, Marcos Bertoni e o Dogma 2002
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Lumina |
Texto Completo: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/30909 |
Resumo: | Este artigo enfoca o cineasta e artista plástico Marcos Bertoni, criador do movimento Dogma 2002. Com uma obra em Super-8 reconhecida e premiada no Brasil, Marcos Bertoni inaugurou um estilo de cinema de remix muito particular com seu movimento Dogma 2002, paródia do Dogma 95 dinamarquês. O Dogma 2002 de Bertoni tem um único e simples mandamento: “Tudo é permitido, menos filmar”. O movimento conta com mais de uma dezena de filmes, a começar por Recuerdos da República (2002), uma obra de forte teor político. Em seguida, Bertoni realizou mais filmes Dogma 2002 como Dr. Eckardt (2002), O 24 Horas (2004), e Cocô Preto (2003), alguns deles premiados em festivais pelo Brasil. Todos filmes muito divertidos e irreverentes, misturando comédia, ficção científica e policial, com matizes políticas. Ainda hoje o Dogma 2002 de Marcos Bertoni continua vivo – e se reciclando. Sob o pseudônimo Marc Breton, Bertoni realizou Zazá: o Artista, o Mito (2013) e As Núpcias do Coronel Santo Amaro (2019), entre outros títulos recentes, todos sob o signo do Dogma 2002. São filmes feitos a partir de rolos comprados em feiras livres ou sebos, doados por amigos ou parentes, ou simplesmente achados em latas de lixo. Cortados, remontados e (re)dublados, às vezes incorporam imagens rodadas pelo próprio Bertoni, porém ressignificadas, dando origem a criaturas fílmicas inesperadas. Marcos Bertoni, o Victor Frankenstein do cinema Super-8 brasileiro. |
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