‘Computer Says No’, or: The Erasure of the Human
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Lumina |
Texto Completo: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/37688 |
Resumo: | A partir do esquete “O Computador Disse Não” da comédia inglesa Pequena Bretanha (2000-2007), do ensaio descontrucionista “Accounterability”, de Peggy Kamuf, do regime disciplinar de Michel Foucault e da invocação de Jean Baudrillard para “esquecer Foucault”, este ensaio elabora o dispositivo do arconte e arquivo “contemporâneo”: o computador, o governador e condutor de tudo, inclusive de todos os indivíduos, discursos, instituições e tecnologias, elaborando o apagamento do computador — seu deletar — não apenas da memória humana (em todos os seus modos, cultural, pessoal, coletivo etc.) em seu arquivo, exceto o próprio humano. Enquanto postula todas as tecnologias como animadoras, portanto reanimadoras, no caso do computador, o último como animador, afirma-o ser ainda mais. Pois o computador é aquela rara tecnologia, não apenas um reanimador global, mas da época, o reanimador hiperanimado da realidade como hiper-realidade, inclusive de memória como hipermemória e tempo como hipertempo, em que o contemporâneo (significando com tempo) é ele mesmo esvaziado. E elucida que Cholodenko chama o “regime da accountability”, no qual o humano é humano na medida em que imita o computador, um mundo cibernético no qual computação, números, regras governam, e a quantidade é a nova qualidade — um mundo de ciborgs, que Cholodenko nomeia realidade “hiperzumbi”, de “morte cerebral” — um mundo no qual, ironicamente, aumenta a quantidade e a indeterminação reina. Enquanto Jaan Tallinn, Stephen Hawking, Elon Musk e outros expressam medo por um futuro de Singularidade de Inteligência Geral Artificial (AGIS), o ensaio delineia um mundo em que essa Singularidade já é uma “realidade”. |
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