Neoplasias colorretais: aspectos epidemiológicos, endoscópicos e anatomopatológicos - estudo de série de casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ana Paula Telles Pires
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Gollner, Angela Maria, Teixeira, Maria Teresa Bustamante
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: HU Revista (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/735
Resumo: O carcinoma colorretal (CCR), segunda neoplasia mais frequente na população mundial, apresenta alta incidência com diferença significativa nos resultados do tratamento justificando esforços para rastreamento, prevenção e detecção precoce. Em estudo descritivo de série de casos, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006, os aspectos epidemiológicos, endoscópicos e anatomopatológicos das lesões polipóides e neoplasias colorretais são descritos. O papel da colonoscopia na prevenção e detecção precoce do CCR é avaliado. Foram realizadas 1.962 colonoscopias em 1.491 indivíduos e 408 indivíduos foram considerados para fins de análise, sendo 70% assintomáticos.  A prevalência de neoplasias colorretais foi de 50% em homens e de 42,4% em mulheres e foi detectada em 48% dos indivíduos com 50 anos ou mais. Nos 408 indivíduos, foram realizadas 679 colonoscopias, retirada de 959 lesões polipóides; das quais 463 (48,3%) eram neoplásicas, incluindo13 adenocarcinomas.  Displasia foi detectada em 36% das lesões menores que 5 mm. No colon proximal, 21% das lesões eram neoplásicas e 2%, neoplasias avançadas, incluindo seis casos de adenocarcinoma sem evidência de lesão em colon distal. Dentre os 232 indivíduos que apresentavam lesões neoplásicas (benignas e ou avançadas), 130 (56%) apresentavam apenas lesões em colon proximal. No rastreamento com a retossigmoidoscopia, a perda diagnóstica de lesões neoplásicas benignas seria de 76(62,3%) nas mulheres e 29(48,3%) nos homens. Em relação ao adenocarcinoma, a perda diagnóstica seria de 50% para ambos os sexos. Ao identificar e remover as lesões neoplásicas, o colonoscopista tem a possibilidade de interferir diretamente na história natural desta forma de câncer.
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