A relação entre os verbos factivos e epistêmicos na compreensão de tarefas de crenças falsas de 1ª ordem na aquisição do português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Juliana Pacassini
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/924
Resumo: Neste trabalho, investigam-se demandas cognitivas, linguísticas e não linguísticas, no desempenho de crianças de 3-4 anos e de 5-6 anos adquirindo o Português Brasileiro (PB) em tarefas-padrão de crenças falsas (CFs) de 1ª ordem, verificando-se a relação entre os verbos factivos e epistêmicos na realização dessas tarefas. Parte-se do conceito de Teoria da Mente (ToM) entendido como a área de estudo que busca conhecer a natureza da habilidade do ser humano de compreender suas próprias crenças, para, através do seu próprio conhecimento, ser capaz de predizer as suas ações e as dos outros (ASTINGTON & GOPNIK, 1988, 1991; FELDMAN, 1992; WELLMAN, 1991). Assume-se uma perspectiva psicolinguística de aquisição de linguagem baseada na hipótese do bootstrapping sintático (GLEITMAN, 1990), segundo a qual a análise da estrutura sintática dos enunciados é fonte significativa de informação para a criança na identificação/construção de significado lexical. Assume-se ainda uma concepção minimalista de língua (CHOMSKY, 1995-2001), a qual concebe a faculdade de linguagem em sentido estrito (que corresponde ao sistema computacional) e em sentido amplo (que inclui o primeiro e os demais sistemas que atuariam juntos na derivação das sentenças em uma determinada língua). Questiona-se a proposta de de Villiers (2005 e 2007), segundo a qual a sintaxe de complementação é um pré-requisito para que o domínio da ToM se estabeleça. Consideram-se, por fim, estudos recentes sobre factividade, discutindo-se a capacidade da criança em atribuir um traço semântico diferenciador às subclasses de verbos de estados mentais (DIAS, 2012), reconhecendo aqueles que se manifestam como factivos e os que se manifestam como epistêmicos. Foram elaborados três pré-testes (baseados em SILVA, 2012), a fim de se a verificar: (i) se crianças de 3-4 e 5-6 anos identificam o significado do verbo factivo “saber” e do verbo epistêmico “pensar”, associados ao valor de verdade de uma sentença; (ii) se essas crianças reconhecem o significado do verbo epistêmico “achar” em comparação ao verbo factivo “saber”, numa situação em que não há evento de CF; (iii) se essas crianças compreendem o significado do verbo “achar” (com sentido de “encontrar” e com sentido de “pensar”). Foi desenvolvido um experimento aplicando-se a tarefa clássica de CF de mudança de localização, e uma tarefa de CF adaptada (com 3 perguntas orientadoras, com os verbos “deixar”, “ver” e “saber”), com vistas a investigar se a presença da orientação melhora o desempenho das crianças menores na realização dessas tarefas, na medida em que esses verbos retomam aspectos importantes ligados à observação da cena e à recuperação de informação da memória, antes de se fazer a pergunta-alvo da tarefa. As atividades foram realizadas com dois grupos de 24 crianças com idade entre 3-4 anos (um grupo com orientação e um grupo sem orientação), e um grupo de 24 crianças com idade entre 5-6 anos (com orientação). As variáveis manipuladas foram: o tipo de sentença (simples e complexa); o tipo de QU- (in situ e deslocado); o tipo de tarefa de CF (com orientação e sem orientação), além da faixa etária (3-4 anos e 5-6 anos). A hipótese é a de que a presença de perguntas de orientação, envolvendo subclasses de verbos, entre eles os factivos, auxilia o desempenho da tarefa clássica de CF. As atividades foram desenvolvidas através do paradigma de produção eliciada. Os resultados desse primeiro experimento indicam que a presença de perguntas com verbos que orientam o raciocínio de CFs contribui para a realização desse tipo de tarefa. Além do experimento 1, foi desenvolvida outra atividade experimental, com vistas a se verificar se há diferença quanto ao tipo de verbo presente na pergunta de orientação, como fator facilitador na compreensão da tarefa. Dois novos grupos de 24 crianças com idade entre 3-4 anos foram testados, realizando-se apenas uma pergunta de orientação por vez (ora com o verbo “ver”, ora com o verbo “saber”). A análise estatística dos dados revela uma diferença marginalmente significativa em relação ao tipo de verbo, havendo maior número de acertos no grupo que realizou a tarefa de CF com orientação cuja pergunta continha o verbo “saber”. O trabalho proposto traz uma contribuição metodológica que pode aprofundar a discussão acerca da interface linguagem/teoria da mente no processo de aquisição do PB.
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Parte-se do conceito de Teoria da Mente (ToM) entendido como a área de estudo que busca conhecer a natureza da habilidade do ser humano de compreender suas próprias crenças, para, através do seu próprio conhecimento, ser capaz de predizer as suas ações e as dos outros (ASTINGTON & GOPNIK, 1988, 1991; FELDMAN, 1992; WELLMAN, 1991). Assume-se uma perspectiva psicolinguística de aquisição de linguagem baseada na hipótese do bootstrapping sintático (GLEITMAN, 1990), segundo a qual a análise da estrutura sintática dos enunciados é fonte significativa de informação para a criança na identificação/construção de significado lexical. Assume-se ainda uma concepção minimalista de língua (CHOMSKY, 1995-2001), a qual concebe a faculdade de linguagem em sentido estrito (que corresponde ao sistema computacional) e em sentido amplo (que inclui o primeiro e os demais sistemas que atuariam juntos na derivação das sentenças em uma determinada língua). Questiona-se a proposta de de Villiers (2005 e 2007), segundo a qual a sintaxe de complementação é um pré-requisito para que o domínio da ToM se estabeleça. Consideram-se, por fim, estudos recentes sobre factividade, discutindo-se a capacidade da criança em atribuir um traço semântico diferenciador às subclasses de verbos de estados mentais (DIAS, 2012), reconhecendo aqueles que se manifestam como factivos e os que se manifestam como epistêmicos. Foram elaborados três pré-testes (baseados em SILVA, 2012), a fim de se a verificar: (i) se crianças de 3-4 e 5-6 anos identificam o significado do verbo factivo “saber” e do verbo epistêmico “pensar”, associados ao valor de verdade de uma sentença; (ii) se essas crianças reconhecem o significado do verbo epistêmico “achar” em comparação ao verbo factivo “saber”, numa situação em que não há evento de CF; (iii) se essas crianças compreendem o significado do verbo “achar” (com sentido de “encontrar” e com sentido de “pensar”). Foi desenvolvido um experimento aplicando-se a tarefa clássica de CF de mudança de localização, e uma tarefa de CF adaptada (com 3 perguntas orientadoras, com os verbos “deixar”, “ver” e “saber”), com vistas a investigar se a presença da orientação melhora o desempenho das crianças menores na realização dessas tarefas, na medida em que esses verbos retomam aspectos importantes ligados à observação da cena e à recuperação de informação da memória, antes de se fazer a pergunta-alvo da tarefa. As atividades foram realizadas com dois grupos de 24 crianças com idade entre 3-4 anos (um grupo com orientação e um grupo sem orientação), e um grupo de 24 crianças com idade entre 5-6 anos (com orientação). As variáveis manipuladas foram: o tipo de sentença (simples e complexa); o tipo de QU- (in situ e deslocado); o tipo de tarefa de CF (com orientação e sem orientação), além da faixa etária (3-4 anos e 5-6 anos). A hipótese é a de que a presença de perguntas de orientação, envolvendo subclasses de verbos, entre eles os factivos, auxilia o desempenho da tarefa clássica de CF. As atividades foram desenvolvidas através do paradigma de produção eliciada. Os resultados desse primeiro experimento indicam que a presença de perguntas com verbos que orientam o raciocínio de CFs contribui para a realização desse tipo de tarefa. Além do experimento 1, foi desenvolvida outra atividade experimental, com vistas a se verificar se há diferença quanto ao tipo de verbo presente na pergunta de orientação, como fator facilitador na compreensão da tarefa. Dois novos grupos de 24 crianças com idade entre 3-4 anos foram testados, realizando-se apenas uma pergunta de orientação por vez (ora com o verbo “ver”, ora com o verbo “saber”). A análise estatística dos dados revela uma diferença marginalmente significativa em relação ao tipo de verbo, havendo maior número de acertos no grupo que realizou a tarefa de CF com orientação cuja pergunta continha o verbo “saber”. O trabalho proposto traz uma contribuição metodológica que pode aprofundar a discussão acerca da interface linguagem/teoria da mente no processo de aquisição do PB.In this work, are investigated linguistic and cognitive demands on the performance of children from 3-4 and 5-6 years old acquiring of Brazilian Portuguese (PB) in standard tasks of first-order False Beliefs (FBs), verifying the relationship between the factives verbs and epistemics in the performance of these tasks. It share of the concept of Theory of Mind (ToM) understood as a field of study that it seeks to know the nature of the human being's ability to understand their own beliefs, for through of its own knowledge, to be able to predict their actions and those of others (ASTINGTON & GOPNIK, 1988, 1991; FELDMAN, 1992; WELLMAN, 1991). It assumes a perspective psycholinguistic language acquisition based on syntactic bootstrapping hypothesis (GLEITMAN, 1990), according to which the analysis of the syntactic structure of listed is significant source of information for the child to identify/building lexical meaning. It assume also a minimalist conception of language (CHOMSKY, 1995-2001), which it conceives the language faculty in in the narrow sense (which include the computer system) and in the broad sense (that including the first and the others systems that would act together in the derivation of sentences in a particular language). Objections to the proposed of de Villiers (2005 and 2007), according to which the syntax complementary is a prerequisite for the domain of ToM is established. They consider, finally, that recent studies about factividad, discussing the child's ability to attribute a feature to semantic differentiator sub classes of verbs of mental states (DIAS, 2012), recognizing those that manifest as factive and that manifest as epistemics. They prepared three pre-tests (based in SILVA, 2012), in order to verify: (i) if a child of 3-4 and 5-6 years old identify the meaning of factive verb "to know" and the epistemic verb "to think", associated with the truth value of a sentence, (ii) if these children recognize the meaning of the epistemic verb " to think" in contrast to factive verb "to know" in a situation where there is no event of FB, (iii) if these children understand the meaning of the verb "to think" (in the sense of "to find" and sense of "to think"). An experiment was developed by applying the classical task of FB of change of location, and a task of FB adapted (with 3 guiding questions, with the verbs "to let ", "to see" and "to know"), with purpose to investigate if the presence of orientation improves the performance of minor children in realization of those tasks, in the measure that these verbs take up important aspects connected with the observation of the scene and the recovery of memory information before to ask the question the target task. The activities were accomplished with two groups of 24 children aged 3-4 years (a group with orientation and a group without orientation), and a group of 24 children aged 5-6 years (with orientation). Manipulated variables were: sentence type (simple and complex); the type of wh- (in situ e moved); the type of task FB (with orientation and without orientation), besides the age group (3-4 years old and 5-6 years old). The hypothesis is that the presence of orientation questions, involving sub classes of verbs, including the factives, assists the performance of classic FB task. The activities were developed through the elicited production task. The results of this first experiment indicate that the presence of questions with verbs that guide reasoning of FBs contributes to the realization of this task type. Besides the experiment 1, was developed another experimental activity, in order to check if there is difference as to the type of verb found in the question of orientation, as a facilitating factor in the understanding of the task. Two new groups of 24 children aged 3-4 years have been tested, accomplishing only a question of orientation at a time (with the verb "to see", or with the verb "to know"). The statistical analysis of the data reveals a marginally significant difference in relation to the type of verb having highest number of hits in the group that accomplished the task of FB with orientation whose question contained the verb "to know". The proposed work brings a methodological contribution that can deepen the discussion about language interface/theory of mind in the process of acquisition of PB.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICALinguagemTeoria da menteFactividadeCrenças falsasAquisiçãoLanguageFactivityFalse beliefsAcquisitionA relação entre os verbos factivos e epistêmicos na compreensão de tarefas de crenças falsas de 1ª ordem na aquisição do português brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjulianapacassinialves.pdf.txtjulianapacassinialves.pdf.txtExtracted texttext/plain295351https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/924/3/julianapacassinialves.pdf.txt62714295f3ebea8f2cfa25a235020666MD53THUMBNAILjulianapacassinialves.pdf.jpgjulianapacassinialves.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1213https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/924/4/julianapacassinialves.pdf.jpg716c90d55bc3f1f92b602e6712c3dcefMD54ORIGINALjulianapacassinialves.pdfjulianapacassinialves.pdfapplication/pdf2642835https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/924/1/julianapacassinialves.pdf80d81be2f1cd5123cc2df42c91ae6463MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/924/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/9242019-11-07 11:51:19.162oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/924TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:51:19Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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