Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Matheus Augusto Fernandes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10434
Resumo: A violência presente nas cidades brasileiras, aliada à descrença na justiça e instituições públicas fazem com que o discurso punitivista ganhe força e seja respaldado por parte da sociedade. A ideia de que “bandido bom é bandido morto” é fruto da sensação de impunidade e do desrespeito aos direitos humanos, pregando a violência como solução e permitindo que um “tribunal de rua” seja instaurado pela polícia. Nesse contexto, o discurso punitivista se faz presente também no cinema brasileiro, através de filmes que espetacularizam a violência policial, que afeta sobretudo negros e pobres no Brasil, elevando seus protagonistas ao patamar de heróis. Este trabalho visa analisar a presença punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio”, de Antônio Calmon, e “Tropa de Elite”, de José Padilha, por meio do método de Análise de Discurso. Ambas as obras se passam na cidade do Rio de Janeiro e tratam da guerra travada pela polícia contra a criminalidade, e possuem personagens reacionários, que fazem uso de extrema violência em nome do combate ao crime.
id UFJF_0656d67579f1d3fa888bd56514083a08
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10434
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Santana, Wedencley Alveshttp://lattes.cnpq.br/9918620321007057Guerra, Márcio de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/7660834171810480Bedendo, Ricardohttp://lattes.cnpq.br/2529403273357361http://lattes.cnpq.br/8563714361821241Campos, Matheus Augusto Fernandes2019-08-08T16:56:41Z2019-07-262019-08-08T16:56:41Z2017-01-04https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10434A violência presente nas cidades brasileiras, aliada à descrença na justiça e instituições públicas fazem com que o discurso punitivista ganhe força e seja respaldado por parte da sociedade. A ideia de que “bandido bom é bandido morto” é fruto da sensação de impunidade e do desrespeito aos direitos humanos, pregando a violência como solução e permitindo que um “tribunal de rua” seja instaurado pela polícia. Nesse contexto, o discurso punitivista se faz presente também no cinema brasileiro, através de filmes que espetacularizam a violência policial, que afeta sobretudo negros e pobres no Brasil, elevando seus protagonistas ao patamar de heróis. Este trabalho visa analisar a presença punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio”, de Antônio Calmon, e “Tropa de Elite”, de José Padilha, por meio do método de Análise de Discurso. Ambas as obras se passam na cidade do Rio de Janeiro e tratam da guerra travada pela polícia contra a criminalidade, e possuem personagens reacionários, que fazem uso de extrema violência em nome do combate ao crime.-porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)UFJFBrasilFaculdade de Comunicação Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAOPunitivismoAnálise de discursoViolênciaEu matei Lúcio FlávioTropa de EliteBandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALmatheusaugustofernandescampos.pdfmatheusaugustofernandescampos.pdfapplication/pdf938247https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/1/matheusaugustofernandescampos.pdf7a78de2289fc4672c8af8c142ae93256MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTmatheusaugustofernandescampos.pdf.txtmatheusaugustofernandescampos.pdf.txtExtracted texttext/plain96931https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/4/matheusaugustofernandescampos.pdf.txt8956995688beff096a6409003911a747MD54THUMBNAILmatheusaugustofernandescampos.pdf.jpgmatheusaugustofernandescampos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1112https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/5/matheusaugustofernandescampos.pdf.jpgdd8d3ce3f72cca0bc353dff639be770bMD55ufjf/104342019-08-09 03:07:29.416oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10434Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-08-09T06:07:29Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
title Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
spellingShingle Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
Campos, Matheus Augusto Fernandes
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Punitivismo
Análise de discurso
Violência
Eu matei Lúcio Flávio
Tropa de Elite
title_short Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
title_full Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
title_fullStr Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
title_full_unstemmed Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
title_sort Bandido bom é bandido morto? Uma análise do discurso punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio” (1979) e “Tropa de Elite” (2007)
author Campos, Matheus Augusto Fernandes
author_facet Campos, Matheus Augusto Fernandes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santana, Wedencley Alves
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9918620321007057
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Guerra, Márcio de Oliveira
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7660834171810480
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Bedendo, Ricardo
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2529403273357361
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8563714361821241
dc.contributor.author.fl_str_mv Campos, Matheus Augusto Fernandes
contributor_str_mv Santana, Wedencley Alves
Guerra, Márcio de Oliveira
Bedendo, Ricardo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Punitivismo
Análise de discurso
Violência
Eu matei Lúcio Flávio
Tropa de Elite
dc.subject.por.fl_str_mv Punitivismo
Análise de discurso
Violência
Eu matei Lúcio Flávio
Tropa de Elite
description A violência presente nas cidades brasileiras, aliada à descrença na justiça e instituições públicas fazem com que o discurso punitivista ganhe força e seja respaldado por parte da sociedade. A ideia de que “bandido bom é bandido morto” é fruto da sensação de impunidade e do desrespeito aos direitos humanos, pregando a violência como solução e permitindo que um “tribunal de rua” seja instaurado pela polícia. Nesse contexto, o discurso punitivista se faz presente também no cinema brasileiro, através de filmes que espetacularizam a violência policial, que afeta sobretudo negros e pobres no Brasil, elevando seus protagonistas ao patamar de heróis. Este trabalho visa analisar a presença punitivista nos filmes “Eu matei Lúcio Flávio”, de Antônio Calmon, e “Tropa de Elite”, de José Padilha, por meio do método de Análise de Discurso. Ambas as obras se passam na cidade do Rio de Janeiro e tratam da guerra travada pela polícia contra a criminalidade, e possuem personagens reacionários, que fazem uso de extrema violência em nome do combate ao crime.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-01-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-08T16:56:41Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-26
2019-08-08T16:56:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10434
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10434
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Comunicação Social
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/1/matheusaugustofernandescampos.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/4/matheusaugustofernandescampos.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10434/5/matheusaugustofernandescampos.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 7a78de2289fc4672c8af8c142ae93256
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
8956995688beff096a6409003911a747
dd8d3ce3f72cca0bc353dff639be770b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661362122784768