Variáveis associadas à evolução clínica da artrite reumatoide

• Autor(a) principal: Franco, Larissa Moura de Matos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14276
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Artrite reumatoide; Evolução clínica; DAS 28; Estilo de vida; Tratamento medicamentoso; Rheumatoid arthritis; Clinical evolution; Lifestyle; Drug treatment

A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada por inflamação crônica e sistêmica que acomete as articulações. A doença está associada a fatores autoimunes e ambientais e demonstra diferentes mecanismos patogênicos. O processo inflamatório causa destruição articular provocando sinovite. Células da imunidade inata participam da resposta inflamatória como apresentadoras de antígenos e através da liberação de citocinas pró- inflamatórias. Além disso, a produção de autoanticorpos pelos linfócitos B nas articulações e a liberação de citocinas por células T contribuem para o dano tecidual. O tratamento medicamentoso para artrite reumatoide compreende o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINE), glicocorticoides e medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) – sintéticos e biológicos. A doença tem a tendência de progressão levando ao surgimento de complicações sistêmicas, como doenças cardiovasculares. Diante disso, o presente estudo buscou identificar as variáveis associadas à evolução clínica da artrite reumatoide em pacientes atendidos em consultório médico através da análise de prontuário. Os participantes preencheram o questionário sociodemográfico que abordava perguntas referentes à idade, sexo, escolaridade, comorbidades, medicamentos em uso, suplementação vitamínica, tabagismo, atividade física e através de exame físico ou análise de prontuário calculou-se o DAS 28. O estudo demonstrou que o estilo de vida pode interferir na evolução da artrite reumatoide, de forma que pacientes que não fumam ou nunca fumaram apresentam mais chance de estarem em remissão e baixa atividade da doença. O tratamento medicamentoso pode apresentar influência na evolução da doença, visto que o uso de corticoide associado ao medicamento biológico indicou valores menores de DAS 28 em relação a pacientes que administravam apenas corticoide. Esses resultados sugerem que o hábito do tabagismo pode interferir no grau de atividade da artrite reumatoide associado ao grau moderado e alto da doença. Além disso, o uso de substâncias ou medicamentos biológicos em terapia medicamentosa demonstrou estar associado à redução da atividade da doença.