Nos caminhos de Lund: significações sobre paleontologia e educação ambiental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Camila Neves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00063
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14230
Resumo: A Paleontologia é uma ciência atual, que pode situar a existência humana no contexto da crise ambiental global, frente a desigualdades e conflitos socioambientais que ocorrem nos sítios de importância paleontológica brasileiros, a exemplo daqueles localizados na Rota das Grutas Peter Lund - RGPL, em Minas Gerais. Entretanto, muitas vezes os saberes das comunidades situadas nesses sítios são invisibilizados, problemas e conflitos socioambientais são silenciados, havendo perda do sentimento de pertencimento. Desse modo, faz-se necessário entender como os discursos das comunidades locais podem insinuar as relações socioambientais que emergem nessas localidades, podendo anunciar esses territórios em termos de significância científica, cotidiana, educativa, bem como de questões conflitivas, vulnerabilidades e injustiças socioambientais. No contexto de visões hegemônicas e contra hegemônicas sobre a Educação Ambiental e a Paleontologia, proponho, para esta tese, abrir-me ao exercício de tecer relações entre ambos os campos, com o aporte da Ecologia Política, da Justiça Ambiental e dos estudos decoloniais, além das discussões em torno do Antropoceno, a “nova época global”. Com o objetivo de compreender os modos de significação dos discursos que tomam parte da RGPL e das comunidades dos arredores, sobre a Paleontologia, seu sentimento de pertencimento e sua cotidianidade, seus sentidos sobre problemáticas ou socioambientais e sobre a Educação Ambiental - EA, utilizome dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise Crítica do Discurso – ACD de Norman Fairclough para análise de amostras discursivamente situadas, por considerar o papel da linguagem essencial a este trabalho. Trago também Walter Benjamin para a discussão, no intento de entender melhor os problemas da modernidade e os discursos que dela tomam parte. Por meio da análise do Material Educativo Informativo – MEI coletado nas grutas, da resposta a questionários enviados aos/às monitores/as ambientais e de entrevistas por videochamadas com moradores/as locais, abri-me ao campo, em uma pesquisa de caráter discursivo. Como resultado, pude notar que as dimensões analisadas têm forte conexão entre si, com a origem dos sujeitos influenciando os sentidos que tecem em relação à Paleontologia e ao seu pertencimento. Sujeitos que demonstram também um posicionamento crítico quanto à problemática ambiental local, em suas variadas formas. Esses problemas, que muitas vezes acabam vitimando o senso de pertencimento, são por vezes ocultados por uma EA ainda conservadora e acrítica, distante da realidade local. Mas essas conexões também mostraram haver potenciais emancipatórios por meio de uma maior ligação entre Paleontologia e EA, que considere uma ecologia de saberes politizados, contextualizados e transformadores. Por fim, as tessituras aqui situadas mostraram-se referenciais para a luta contra a desigualdade social nos sítios paleontológicos e pela inclusão de suas comunidades em uma gestão participativa.
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Entretanto, muitas vezes os saberes das comunidades situadas nesses sítios são invisibilizados, problemas e conflitos socioambientais são silenciados, havendo perda do sentimento de pertencimento. Desse modo, faz-se necessário entender como os discursos das comunidades locais podem insinuar as relações socioambientais que emergem nessas localidades, podendo anunciar esses territórios em termos de significância científica, cotidiana, educativa, bem como de questões conflitivas, vulnerabilidades e injustiças socioambientais. No contexto de visões hegemônicas e contra hegemônicas sobre a Educação Ambiental e a Paleontologia, proponho, para esta tese, abrir-me ao exercício de tecer relações entre ambos os campos, com o aporte da Ecologia Política, da Justiça Ambiental e dos estudos decoloniais, além das discussões em torno do Antropoceno, a “nova época global”. Com o objetivo de compreender os modos de significação dos discursos que tomam parte da RGPL e das comunidades dos arredores, sobre a Paleontologia, seu sentimento de pertencimento e sua cotidianidade, seus sentidos sobre problemáticas ou socioambientais e sobre a Educação Ambiental - EA, utilizome dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise Crítica do Discurso – ACD de Norman Fairclough para análise de amostras discursivamente situadas, por considerar o papel da linguagem essencial a este trabalho. Trago também Walter Benjamin para a discussão, no intento de entender melhor os problemas da modernidade e os discursos que dela tomam parte. Por meio da análise do Material Educativo Informativo – MEI coletado nas grutas, da resposta a questionários enviados aos/às monitores/as ambientais e de entrevistas por videochamadas com moradores/as locais, abri-me ao campo, em uma pesquisa de caráter discursivo. Como resultado, pude notar que as dimensões analisadas têm forte conexão entre si, com a origem dos sujeitos influenciando os sentidos que tecem em relação à Paleontologia e ao seu pertencimento. Sujeitos que demonstram também um posicionamento crítico quanto à problemática ambiental local, em suas variadas formas. Esses problemas, que muitas vezes acabam vitimando o senso de pertencimento, são por vezes ocultados por uma EA ainda conservadora e acrítica, distante da realidade local. Mas essas conexões também mostraram haver potenciais emancipatórios por meio de uma maior ligação entre Paleontologia e EA, que considere uma ecologia de saberes politizados, contextualizados e transformadores. Por fim, as tessituras aqui situadas mostraram-se referenciais para a luta contra a desigualdade social nos sítios paleontológicos e pela inclusão de suas comunidades em uma gestão participativa.Paleontology is a current science that can situate human existence in the context of the global environmental crisis, in the face of inequalities and socio-environmental conflicts that occur in Brazilian sites of paleontological importance, such as those located at the Peter Lund Cave Route (Rota das Grutas Peter Lund) – RGPL, in Minas Gerais. However, the knowledge of the communities located in these sites is often made invisible, issues and socio-environmental conflicts are silenced, with a loss of the feeling of belonging. Thus, it is necessary to understand how the discourses of local communities can insinuate the socio-environmental relations that emerge in these locations, announcing these territories in terms of scientific, daily and educational significance, as well as environmental issues or conflicts, vulnerabilities and socioenvironmental injustices. In the context of hegemonic and counter-hegemonic views on Environmental Education and Paleontology, I propose, for this thesis, to open myself to the exercise of weaving relationships between both fields, with the contribution of Political Ecology, Environmental Justice and decolonial studies, in addition to the discussions around the Anthropocene, the “new global epoch”. In order to understand the ways of meaning of the discourses that are part of the RGPL and the surrounding communities, about Paleontology, its sense of belonging and its daily life, its meanings about socio-environmental issues and about Environmental Education - EA, I use the theoretical-methodological assumptions of Norman Fairclough’s Critical Discourse Analysis – ACD for the analysis of discursively situated samples, since I consider the role of language essential to this work. I also bring Walter Benjamin to the discussion, in an attempt to better understand the problems of modernity and the discourses that take part in it. Through the analysis of the Informative Educational Material - MEI collected in the caves, the answer to questionnaires sent to the environmental monitors and interviews by video calls with local residents, I opened myself to the field, in a discursive research. As a result, I could notice that the analyzed dimensions have a strong connection with each other, with the origin of the subjects influencing the meanings they weave in relation to Paleontology and their belonging. Subjects who demonstrate a critical stance on local environmental issues, in their various forms. These problems, which often end up victimizing the sense of belonging, are sometimes hidden by an EA that is still conservative and uncritical, distant from the local reality. But these connections also showed that there are emancipatory potentials through a greater link between Paleontology and EA, which considers an ecology of knowledges that are politicized, contextualized and transformative. Finally, the connections located here proved to be references for the fight against social inequality in paleontological sites and for the inclusion of their communities in participatory management.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOSítios paleontológicosAnálise crítica do discursoEducação ambiental críticaPaleontological sitesCritical discourse analysisCritical environmental educationNos caminhos de Lund: significações sobre paleontologia e educação ambientalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTcamilanevessilva.pdf.txtcamilanevessilva.pdf.txtExtracted texttext/plain1086045https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14230/4/camilanevessilva.pdf.txt903ef1b37493159d46c13f84995c4956MD54THUMBNAILcamilanevessilva.pdf.jpgcamilanevessilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1124https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14230/5/camilanevessilva.pdf.jpgfae0c87f3d19802159a16d71a2ddc884MD55ORIGINALcamilanevessilva.pdfcamilanevessilva.pdfPDF/Aapplication/pdf9001416https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14230/1/camilanevessilva.pdf94248172ec59edb9dd90535d811e4fadMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14230/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14230/3/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD53ufjf/142302022-11-17 12:48:01.858oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14230TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-11-17T14:48:01Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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