O envelhecimento pela ótica de residentes em instituições de longa permanência para idosos
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2497 |
Resumo: | A sociedade vive o fenômeno do envelhecimento populacional, e, como consequência, há necessidade de adaptação às profundas mudanças sociais, econômicas e culturais. A responsabilidade pelo idoso é atribuída, fundamentalmente, à família; no entanto, muitas vezes, os familiares se veem impedidos de dar atenção e oferecer os cuidados necessários aos seus idosos, optando pela institucionalização dos mesmos. Este estudo teve como objetivo caracterizar idosos que vivem em quatro Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) das cidades de Juiz de Fora/MG e São Paulo/SP (duas particulares e duas filantrópicas) e descrever suas condições cognitivas e funcionais, como também suas representações sobre o envelhecimento e sua institucionalização. A pesquisa constituiu-se como um estudo exploratório com abordagem quanti-qualitativa. Os dados quantitativos foram obtidos por meio do levantamento e da análise de dados sociodemográficos e de aplicação dos testes: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e instrumento de LawtonBrody. Para obtenção dos dados qualitativos, foi utilizada a entrevista semiestruturada com questões abertas sobre envelhecimento. A amostra foi composta por 130 idosos institucionalizados, de ambos os sexos. Nas ILPIs particulares, a média de idade foi 83,51 (DP= 9,36) anos, sendo a maioria do sexo feminino (76%) e viúvos (66,7%). Nas instituições filantrópicas, a média de idade foi de 75,38 (DP= 8,44), sendo 56,4% do sexo masculino e 43,6% solteiros. Com relação à capacidade cognitiva, os idosos das instituições particulares apresentaram-se menos comprometidos em relação aos das ILPIs filantrópicas. Quanto à capacidade funcional, nas instituições particulares e filantrópicas, o número de idosos independentes foi maior do que o número de dependentes. Os textos resultantes da transcrição integral das entrevistas foram submetidos à Análise de Conteúdo, sendo que o envelhecimento foi percebido tanto de forma positiva quanto como sinônimo de decadência e perdas para as ILPIs. Foi frequente os idosos destacarem poucos aspectos positivos no processo de envelhecimento, mas, ao ressaltarem esses aspectos, disseram ser um processo natural do ciclo de vida do ser humano e que deve ser vivenciado sem amargura. Com relação a envelhecer em ILPIs, os participantes apontaram pontos positivos e negativos, como se sentirem em local seguro, terem companhia de outras pessoas e não ficarem sozinhos em casa; todavia, alguns idosos de instituições filantrópicas relataram querer voltar para sua residência. No que se concerne ao local para envelhecer, 59,23% do total de entrevistados, de ambas as instituições, relataram que a ILPI em que residiam era o melhor local para envelhecer. As instituições ainda são vistas de maneira preconceituosa, mas estas nem sempre são o local onde se abandona e se negligencia a velhice. A partir dos relatos apresentados pelos entrevistados, observou-se que, para o idoso, a percepção de envelhecimento aparece como um processo de constantes perdas, trazendo a sensação de não poder mais viver sua vida de forma plena nem de relacionar-se com o futuro. No entanto, apesar de a velhice estar ainda vinculada às construções das ideias de declínio das funções vitais e de morte, notou-se a importância de não se reduzir o envelhecimento à homogeneização, pois há aqueles que percebem esse processo do envelhecimento de forma natural, como mais uma etapa da vida. |
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Este estudo teve como objetivo caracterizar idosos que vivem em quatro Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) das cidades de Juiz de Fora/MG e São Paulo/SP (duas particulares e duas filantrópicas) e descrever suas condições cognitivas e funcionais, como também suas representações sobre o envelhecimento e sua institucionalização. A pesquisa constituiu-se como um estudo exploratório com abordagem quanti-qualitativa. Os dados quantitativos foram obtidos por meio do levantamento e da análise de dados sociodemográficos e de aplicação dos testes: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e instrumento de LawtonBrody. Para obtenção dos dados qualitativos, foi utilizada a entrevista semiestruturada com questões abertas sobre envelhecimento. A amostra foi composta por 130 idosos institucionalizados, de ambos os sexos. Nas ILPIs particulares, a média de idade foi 83,51 (DP= 9,36) anos, sendo a maioria do sexo feminino (76%) e viúvos (66,7%). Nas instituições filantrópicas, a média de idade foi de 75,38 (DP= 8,44), sendo 56,4% do sexo masculino e 43,6% solteiros. Com relação à capacidade cognitiva, os idosos das instituições particulares apresentaram-se menos comprometidos em relação aos das ILPIs filantrópicas. Quanto à capacidade funcional, nas instituições particulares e filantrópicas, o número de idosos independentes foi maior do que o número de dependentes. Os textos resultantes da transcrição integral das entrevistas foram submetidos à Análise de Conteúdo, sendo que o envelhecimento foi percebido tanto de forma positiva quanto como sinônimo de decadência e perdas para as ILPIs. Foi frequente os idosos destacarem poucos aspectos positivos no processo de envelhecimento, mas, ao ressaltarem esses aspectos, disseram ser um processo natural do ciclo de vida do ser humano e que deve ser vivenciado sem amargura. Com relação a envelhecer em ILPIs, os participantes apontaram pontos positivos e negativos, como se sentirem em local seguro, terem companhia de outras pessoas e não ficarem sozinhos em casa; todavia, alguns idosos de instituições filantrópicas relataram querer voltar para sua residência. No que se concerne ao local para envelhecer, 59,23% do total de entrevistados, de ambas as instituições, relataram que a ILPI em que residiam era o melhor local para envelhecer. As instituições ainda são vistas de maneira preconceituosa, mas estas nem sempre são o local onde se abandona e se negligencia a velhice. A partir dos relatos apresentados pelos entrevistados, observou-se que, para o idoso, a percepção de envelhecimento aparece como um processo de constantes perdas, trazendo a sensação de não poder mais viver sua vida de forma plena nem de relacionar-se com o futuro. No entanto, apesar de a velhice estar ainda vinculada às construções das ideias de declínio das funções vitais e de morte, notou-se a importância de não se reduzir o envelhecimento à homogeneização, pois há aqueles que percebem esse processo do envelhecimento de forma natural, como mais uma etapa da vida.The society lives the phenomenon of population aging, consequently, it is necessary to adapt to profound changes in social, economic and cultural issues. Responsibility for the elderly is attributed fundamentally to the family, but family members often find themselves unable to pay necessary attention and care to their elderly, opting for the institutionalization. This study aimed to characterize the elderly living in four long-term care institutions for the elderly (ILPIs) in the cities of Juiz de Fora/MG and São Paulo/SP (two private and two philanthropic), and describe their cognitive and functional conditions, as well as their representations of aging and their institutionalization. The research was established as an exploratory study with quantitative and qualitative approach. Quantitative data were obtained through the survey and analysis of demographic data, and application of tests: Mini-Mental State Examination (MMSE) and the instrument of Lawton-Brody. To obtain qualitative data was used semi-structured interview with open questions about aging. The sample consisted of 130 institutionalized elderly of both sexes, of private and philanthropic institutions. In particular ILPIs the average age was 83,51 (SD = 9,36) years, mostly female (76%) and widowers (66,7%). In philanthropics average age was 75,38 (SD = 8,44) and 56,4% male and 43,6% were single. Concerning the elderly cognitive ability of private institutions were less affected than those of philanthropic ones ILPIs. The functional capacity in the private and philanthropic institutions, the number of independent elderly was higher than the dependent. The text resulting from the full transcription of the interviews were subjected to content analysis which appointed that aging was perceived as positive or synonymous of decadence and losses in the four ILPIs researched. It was common for elderly people showing few positive aspects in the aging process, but by highlighting these issues they used to perceive aging as a natural process of the human being circle of life that should be experienced without bitterness. With respect to aging in an institution the participants pointed negative and positive points, how they feel in a safe place, to have the company of others and not be alone at home, but some elderly people said they want to return to their home. Regarding the place to grow old 59,23% of the total respondents, in both institutions, reported that ILPI they lived was the best place to grow old. The institutions are still so prejudiced views, but these are not always leave the place where old age and neglect. From the accounts given, it was observed that, for the elderly, the perception of aging appears as a process of constant losses, bringing the feeling of not being able to live their potential and fully relate to the future. However, although the aging processes is still linked to the ideas of decline of vital functions and death, it was noted the importance of not reducing the aging to homogenization, because those who perceive the aging in a natural way, as another stage of life.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAILPIPercepçãoEnvelhecimentoILPIPerceptionAgeingO envelhecimento pela ótica de residentes em instituições de longa permanência para idososinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILjimillycaputocorrea.pdf.jpgjimillycaputocorrea.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1296https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2497/4/jimillycaputocorrea.pdf.jpgb5eaaf165ec1963b73947b0bff791f52MD54ORIGINALjimillycaputocorrea.pdfjimillycaputocorrea.pdfapplication/pdf1105931https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2497/1/jimillycaputocorrea.pdf65955084eca232fd80568581c7c61955MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2497/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTjimillycaputocorrea.pdf.txtjimillycaputocorrea.pdf.txtExtracted texttext/plain245543https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2497/3/jimillycaputocorrea.pdf.txt6665c55eb210f86467774fd0f727ab3bMD53ufjf/24972019-11-07 11:13:43.777oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2497TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:43Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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