As representações sociais das pessoas com tuberculose sobre o retratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Suzana Vale
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14380
Resumo: A tuberculose (TB) é a doença infecciosa mais fatal e uma das dez principais causas de morte no planeta. A presente investigação teve por objetivo analisar as representações sociais das pessoas vivendo com tuberculose sobre a experiência de vivenciar novamente a terapêutica. Optamos pela abordagem qualitativa e utilizamos como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Foram selecionados para este estudo 10 pessoas em retratamento da tuberculose, que estavam em atendimento nos serviços públicos de Juiz de Fora. As informações apreendidas foram organizadas conforme o método de análise de conteúdo de Bardin. As representações sociais sobre a doença permitiram a elaboração da categoria: Normalidade x Perigo. A partir das representações sobre o (re)tratamento as seguintes categorias foram elencadas: A vivência de tratamentos anteriores; O lugar da acolhida; A expectativa diante do (re)tratamento. A doença teve uma representação de normalidade em meio à vulnerabilidade, mas também, de perigo, de ameaça à vida e de motivo de isolamento social. Podemos dizer que o medo foi significativo na composição das representações negativas sobre a tuberculose, assumindo perspectivas variadas: o medo de transmitir a doença, que leva ao isolamento; o medo do contágio, que gera o preconceito; e o medo do agravamento dos sintomas que conduz à morte. Esses achados revelam que, apesar de ser uma doença milenar, a tuberculose ainda é mais conhecida pelos seus tabus que pelas suas evidências científicas, demonstrando a pertinência do uso do referencial das Representações Sociais de Serge Moscovici. Sugerimos que uma maior articulação dos serviços de saúde entre si e com outros serviços de apoio, a fim de obter maior sucesso na abordagem dos portadores de tuberculose em condições mais vulneráveis.
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As informações apreendidas foram organizadas conforme o método de análise de conteúdo de Bardin. As representações sociais sobre a doença permitiram a elaboração da categoria: Normalidade x Perigo. A partir das representações sobre o (re)tratamento as seguintes categorias foram elencadas: A vivência de tratamentos anteriores; O lugar da acolhida; A expectativa diante do (re)tratamento. A doença teve uma representação de normalidade em meio à vulnerabilidade, mas também, de perigo, de ameaça à vida e de motivo de isolamento social. Podemos dizer que o medo foi significativo na composição das representações negativas sobre a tuberculose, assumindo perspectivas variadas: o medo de transmitir a doença, que leva ao isolamento; o medo do contágio, que gera o preconceito; e o medo do agravamento dos sintomas que conduz à morte. Esses achados revelam que, apesar de ser uma doença milenar, a tuberculose ainda é mais conhecida pelos seus tabus que pelas suas evidências científicas, demonstrando a pertinência do uso do referencial das Representações Sociais de Serge Moscovici. Sugerimos que uma maior articulação dos serviços de saúde entre si e com outros serviços de apoio, a fim de obter maior sucesso na abordagem dos portadores de tuberculose em condições mais vulneráveis.Tuberculosis (TB) is, over the years, the most fatal infectious disease and one of the top ten causes of death on the planet. The aim of this research was to analyze the social representations of people living with tuberculosis about the experience of being treat again. We opted for the qualitative approach and we used as theoretical reference the Theory of Social Representations of Serge Moscovici. We selected for this study 10 people in retreatment of tuberculosis, who were in care in public services in Juiz de Fora. The gathered information was organized according to Bardin's content analysis method. The social representations about the disease allowed the elaboration of the category: Normality x Danger. From the representations about (re)treatment the following categories were listed: The experience of previous treatments; The place of welcome; The expectation regarding (re)treatment. The disease had a representation of normality in the midst of vulnerability, but also of danger, threat to life and reason for social isolation. We can say that fear was significant in the composition of negative representations of tuberculosis, assuming different perspectives: the fear of transmitting the disease, which leads to isolation; the fear of contagion, which generates prejudice; and the fear of worsening symptoms leading to death. These findings reveal that, despite being a millennial disease, tuberculosis is still better known for its taboos than for its scientific evidence, demonstrating the relevance of using the Serge Moscovici Social Representations framework. The social representations of tuberculosis and its treatment reveal the meanings of experiencing the disease and the attitudes towards coping with it. We suggest that managers should prioritize a better articulation of health services between themselves as well alongside other support servicesporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde ColetivaUFJFBrasilFaculdade de MedicinaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINATuberculoseRepresentações sociaisPesquisa qualitativaRetratamentoTuberculosisSocial representationsQualitative researchRetreatmentAs representações sociais das pessoas com tuberculose sobre o retratamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALsuzanavalerodrigues.pdfsuzanavalerodrigues.pdfPDF/Aapplication/pdf4484380https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14380/1/suzanavalerodrigues.pdfde98b0aa42e50212be2004882c2e93cfMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14380/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14380/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTsuzanavalerodrigues.pdf.txtsuzanavalerodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain137494https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14380/4/suzanavalerodrigues.pdf.txtf03968b5e9772c67c3dce7872ee8e3b4MD54THUMBNAILsuzanavalerodrigues.pdf.jpgsuzanavalerodrigues.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1213https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14380/5/suzanavalerodrigues.pdf.jpg04c2fcf3020b4306a318eaf6a610f940MD55ufjf/143802022-09-01 03:09:41.767oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14380Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-09-01T06:09:41Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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