Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Isis
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2782
Resumo: A formação de quilombos foi um dos meios de resistência ao sistema escravista implantado na Colônia Portuguesa Americana. Representava as contradições daquela sociedade, que geravam conflito. Tratava-se de comunidades criadas por cativos fugidos, os quais existiram em quase todo território colonizado e variavam no tamanho e forma de organização. Do ponto de vista legal, o trabalho escravo chegou ao fim em 1888, mas repleto de contradições. A Lei Áurea não garantira aos libertos melhores condições de vida, visto que, o discurso discriminatório em relação aos negros permanece até nossos dias, somado à exclusão no mercado de trabalho e das próprias terras onde viviam. Os quilombos, por sua vez, após a escravidão, caíram em esquecimento por parte do poder público, tendo sua existência negada. Somente no final de 1970, momento de reorganização da sociedade civil, com a falência do período ditatorial, é que os quilombolas voltam à cena política. Foi posta a necessidade de reconhecimento deste grupo por parte do estado e de legalização das terras onde viviam. Em 1988, ocorreu importante conquista através da Carta Magna, que estabelecera a posse definitiva da propriedade da terra aos quilombolas que a estivessem ocupando. O Estatuto da Igualdade Racial (2.000), entre outros avanços para os negros, reforçou o direito da posse da terra aos quilombolas. Seguindo importante trajetória, o Decreto N° 4887 foi aprovado em 2003, com o intuito de regulamentar o definido pela Constituição. Os dois principais pilares de sustentação deste Decreto são identidade e território. A identidade racial, neste estudo, será pensada na perspectiva de um grupo que pertence a uma classe social determinada, mas que também se diferencia no âmbito cultural. Em relação ao território, é de suma importância trazer esta categoria para o debate sobre quilombos, por ser este o chão onde é construída a história, a identidade destas populações. Torna-se necessário, por fim, pensar dados obtidos a partir da pesquisa empírica – entrevista e observação realizada na comunidade de Barro Preto, município de Santa Maria de Itabira / MG, estabelecendo relação com os pressupostos teóricos postos através do estudo bibliográfico realizado.
id UFJF_0d8df3c389a3628844c8efb2139bfee5
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2782
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Pereira, Vantuilhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737075U1Cassab, Maria Aparecida Tardinhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788262T4Nascimento, Álvaro Pereira dohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792351E6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4430117J5Silva, Isis2016-10-11T15:48:36Z2016-10-072016-10-11T15:48:36Z2009-04-07https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2782A formação de quilombos foi um dos meios de resistência ao sistema escravista implantado na Colônia Portuguesa Americana. Representava as contradições daquela sociedade, que geravam conflito. Tratava-se de comunidades criadas por cativos fugidos, os quais existiram em quase todo território colonizado e variavam no tamanho e forma de organização. Do ponto de vista legal, o trabalho escravo chegou ao fim em 1888, mas repleto de contradições. A Lei Áurea não garantira aos libertos melhores condições de vida, visto que, o discurso discriminatório em relação aos negros permanece até nossos dias, somado à exclusão no mercado de trabalho e das próprias terras onde viviam. Os quilombos, por sua vez, após a escravidão, caíram em esquecimento por parte do poder público, tendo sua existência negada. Somente no final de 1970, momento de reorganização da sociedade civil, com a falência do período ditatorial, é que os quilombolas voltam à cena política. Foi posta a necessidade de reconhecimento deste grupo por parte do estado e de legalização das terras onde viviam. Em 1988, ocorreu importante conquista através da Carta Magna, que estabelecera a posse definitiva da propriedade da terra aos quilombolas que a estivessem ocupando. O Estatuto da Igualdade Racial (2.000), entre outros avanços para os negros, reforçou o direito da posse da terra aos quilombolas. Seguindo importante trajetória, o Decreto N° 4887 foi aprovado em 2003, com o intuito de regulamentar o definido pela Constituição. Os dois principais pilares de sustentação deste Decreto são identidade e território. A identidade racial, neste estudo, será pensada na perspectiva de um grupo que pertence a uma classe social determinada, mas que também se diferencia no âmbito cultural. Em relação ao território, é de suma importância trazer esta categoria para o debate sobre quilombos, por ser este o chão onde é construída a história, a identidade destas populações. Torna-se necessário, por fim, pensar dados obtidos a partir da pesquisa empírica – entrevista e observação realizada na comunidade de Barro Preto, município de Santa Maria de Itabira / MG, estabelecendo relação com os pressupostos teóricos postos através do estudo bibliográfico realizado.The formation to quilombos was one of the means of resistance to slave system established in Colony Portuguese American citizen ship. It represented the contradictory in that society, which caused conflict. It concerned about communities of captives escaped, that there were in almost all colonnede areas and varied in size and form of organization. From the legal point of view, the slave labor came to the end in 1988, but full of contradictions. The Act Free Aurea not guaranted to better living conditions, since the discriminatory speech against blacks remains, added to exclusion in the labor market and land when they lived. The quilombos, in turn, after slavery, fell into oblinon by the public administration, its existence was denied. Only at the end of 1970, when the reorganization civil society, with the collapse of the dictatorial period, that quilombos return to the political scene. Its called the need for recognition of this group by the state and legalization of land where they live. In 1988, it is an important achievement by the Federal Constitution on the final possession of the land owned by the quilombos that are occupying. The Statute of Racial Equality (2000) among their advances for the black population, reinforces the right of land ownership to quilombos. Following a major way, the 4887 Decree was approved in 2003, in order to regulate what was defined in the Magna Charta. The two main pillars of support of this Decree are identity and territory. The racial identity, in this study, will be considered from the perspective of a group that belongs to a certain social class, but also within cultural difference. On the territory is highly important to bring this category to the debate on quilombos, since this is the ground where the story is built, the identity of these populations. Finally, it is necessary to consider the date obtained from the empirical research – interviews and observation conducted in the community of Barro preto city of Santa Maria de Itabira / MG, establishing relationship with the theorical assumptions made by studying literature performed.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Serviço SocialUFJFBrasilFaculdade de Serviço SocialCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALRemanescentes de quilomboPolítica públicaVivências quilombolasRemnants of quilombosPublic policyQuilombos experienceEntre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Pretoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILisissilva.pdf.jpgisissilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1126https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/4/isissilva.pdf.jpgb42153cc160222237709b286541db03bMD54ORIGINALisissilva.pdfisissilva.pdfapplication/pdf1409199https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/1/isissilva.pdf2e581632b3ae6ee056fc12cf7123a76eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTisissilva.pdf.txtisissilva.pdf.txtExtracted texttext/plain302653https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/3/isissilva.pdf.txtca9df649ea24e8e4e901afdd885dfa08MD53ufjf/27822019-11-07 12:17:27.021oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2782TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:17:27Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
title Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
spellingShingle Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
Silva, Isis
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Remanescentes de quilombo
Política pública
Vivências quilombolas
Remnants of quilombos
Public policy
Quilombos experience
title_short Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
title_full Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
title_fullStr Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
title_full_unstemmed Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
title_sort Entre sonhos e lutas: as vivências quilombolas em Barro Preto
author Silva, Isis
author_facet Silva, Isis
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pereira, Vantuil
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737075U1
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Cassab, Maria Aparecida Tardin
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788262T4
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Nascimento, Álvaro Pereira do
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792351E6
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4430117J5
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Isis
contributor_str_mv Pereira, Vantuil
Cassab, Maria Aparecida Tardin
Nascimento, Álvaro Pereira do
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Remanescentes de quilombo
Política pública
Vivências quilombolas
Remnants of quilombos
Public policy
Quilombos experience
dc.subject.por.fl_str_mv Remanescentes de quilombo
Política pública
Vivências quilombolas
Remnants of quilombos
Public policy
Quilombos experience
description A formação de quilombos foi um dos meios de resistência ao sistema escravista implantado na Colônia Portuguesa Americana. Representava as contradições daquela sociedade, que geravam conflito. Tratava-se de comunidades criadas por cativos fugidos, os quais existiram em quase todo território colonizado e variavam no tamanho e forma de organização. Do ponto de vista legal, o trabalho escravo chegou ao fim em 1888, mas repleto de contradições. A Lei Áurea não garantira aos libertos melhores condições de vida, visto que, o discurso discriminatório em relação aos negros permanece até nossos dias, somado à exclusão no mercado de trabalho e das próprias terras onde viviam. Os quilombos, por sua vez, após a escravidão, caíram em esquecimento por parte do poder público, tendo sua existência negada. Somente no final de 1970, momento de reorganização da sociedade civil, com a falência do período ditatorial, é que os quilombolas voltam à cena política. Foi posta a necessidade de reconhecimento deste grupo por parte do estado e de legalização das terras onde viviam. Em 1988, ocorreu importante conquista através da Carta Magna, que estabelecera a posse definitiva da propriedade da terra aos quilombolas que a estivessem ocupando. O Estatuto da Igualdade Racial (2.000), entre outros avanços para os negros, reforçou o direito da posse da terra aos quilombolas. Seguindo importante trajetória, o Decreto N° 4887 foi aprovado em 2003, com o intuito de regulamentar o definido pela Constituição. Os dois principais pilares de sustentação deste Decreto são identidade e território. A identidade racial, neste estudo, será pensada na perspectiva de um grupo que pertence a uma classe social determinada, mas que também se diferencia no âmbito cultural. Em relação ao território, é de suma importância trazer esta categoria para o debate sobre quilombos, por ser este o chão onde é construída a história, a identidade destas populações. Torna-se necessário, por fim, pensar dados obtidos a partir da pesquisa empírica – entrevista e observação realizada na comunidade de Barro Preto, município de Santa Maria de Itabira / MG, estabelecendo relação com os pressupostos teóricos postos através do estudo bibliográfico realizado.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-04-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-10-11T15:48:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-10-07
2016-10-11T15:48:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2782
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2782
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Serviço Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Serviço Social
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/4/isissilva.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/1/isissilva.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/2/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2782/3/isissilva.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b42153cc160222237709b286541db03b
2e581632b3ae6ee056fc12cf7123a76e
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
ca9df649ea24e8e4e901afdd885dfa08
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813193884038070272