Autotransplante de baço: reatividade imunológica para o controle da infecção por Leismania chagasi
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Data de Publicação: | 2008 |
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Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9421 |
Resumo: | Introdução: O transplante autógeno ou autotransplante de baço representa uma tentativa de se preservar condições adequadas de imunidade em pacientes esplenectomizados, evitando uma complicação grave e comum, a septicemia fulminante pós-esplenectomia total. Resultados anteriores realizados no Laboratório de Imunologia do ICB-UFJF comprovaram a participação ativa das células do enxerto no desenvolvimento de resposta imune T-dependente. Células esplênicas do implante preservam a capacidade de produzirem anticorpos contra hemácias de carneiro, independente do sitio de implante ser efetuado no omento maior, na cavidade peritonial (esplenose aleatória) ou no retroperitônio. Além disso, a estrutura morfológica do tecido autotransplantado através de estudo de cortes histológicos, mostrou grande semelhança com o órgão original (NUNES et al., World J. Surg., 19: 1623-9, 2005). Foi também avaliada a preservação da imunidade celular em camundongos autotransplantados através da capacidade de controle da infecção por Staphylococcus aureus. Nossos resultados mostraram que a presença do autotransplante esplênico confere maior capacidade de controle da disseminação sistêmica do S.aureus (TEIXEIRA et al., Clin. Exp. Immunol., 2008, no prelo). Neste trabalho foi avaliada, pela primeira vez, a influência da esplenectomia e do autotransplante de baço no controle da infecção por Leishmania chagasi, agente responsável pela leishmaniose visceral, doença infecciosa fatal se não tratada. Formas amastigotas de L. chagasi sobrevivem no interior de macrófagos levando a hepatoesplenomegalia. Métodos: Camundongos BALB/c foram divididos em três grupos (n=5): controle operação simulada ou grupo sham (SH), grupo esplenectomizado (SP) e grupo autotransplantado em retroperitônio (RP). Trinta dias após a cirurgia os animais foram infectados intraperitonialmente com 106 formas promastigotas de L. chagasi. Após trinta dias de infecção, o sangue foi coletado para avaliação de anticorpos anti-L.chagasi e os animais foram sacrificados. Baço e fígado foram retirados para avaliação da produção de TNF-alfa e IFN-gama através do ELISA. Resultados: O grupo controle SH apresentou maior produção de IFN-gama no fígado quando comparado aos outros grupos. Por outro lado, as células esplênicas do grupo RP tiveram produção maior dessa citocina quando comparado ao grupo controle. Os grupos SH e RP não mostraram diferença significativa na produção de TNF-alfa no fígado e baço. Os animais do grupo SP tiveram produção menor de IgG sérica quando comparados aos demais grupos. Conclusão: Estes dados sugerem que a esplenectomia pode modificar a produção de anticorpos e citocinas do hospedeiro na infecção por L. chagasi, e o autotransplante de baço pode reverter este cenário. |
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2019-03-29T14:35:33Z2019-03-132019-03-29T14:35:33Z2008XIVhttps://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9421Introdução: O transplante autógeno ou autotransplante de baço representa uma tentativa de se preservar condições adequadas de imunidade em pacientes esplenectomizados, evitando uma complicação grave e comum, a septicemia fulminante pós-esplenectomia total. Resultados anteriores realizados no Laboratório de Imunologia do ICB-UFJF comprovaram a participação ativa das células do enxerto no desenvolvimento de resposta imune T-dependente. Células esplênicas do implante preservam a capacidade de produzirem anticorpos contra hemácias de carneiro, independente do sitio de implante ser efetuado no omento maior, na cavidade peritonial (esplenose aleatória) ou no retroperitônio. Além disso, a estrutura morfológica do tecido autotransplantado através de estudo de cortes histológicos, mostrou grande semelhança com o órgão original (NUNES et al., World J. Surg., 19: 1623-9, 2005). Foi também avaliada a preservação da imunidade celular em camundongos autotransplantados através da capacidade de controle da infecção por Staphylococcus aureus. Nossos resultados mostraram que a presença do autotransplante esplênico confere maior capacidade de controle da disseminação sistêmica do S.aureus (TEIXEIRA et al., Clin. Exp. Immunol., 2008, no prelo). Neste trabalho foi avaliada, pela primeira vez, a influência da esplenectomia e do autotransplante de baço no controle da infecção por Leishmania chagasi, agente responsável pela leishmaniose visceral, doença infecciosa fatal se não tratada. Formas amastigotas de L. chagasi sobrevivem no interior de macrófagos levando a hepatoesplenomegalia. Métodos: Camundongos BALB/c foram divididos em três grupos (n=5): controle operação simulada ou grupo sham (SH), grupo esplenectomizado (SP) e grupo autotransplantado em retroperitônio (RP). Trinta dias após a cirurgia os animais foram infectados intraperitonialmente com 106 formas promastigotas de L. chagasi. Após trinta dias de infecção, o sangue foi coletado para avaliação de anticorpos anti-L.chagasi e os animais foram sacrificados. Baço e fígado foram retirados para avaliação da produção de TNF-alfa e IFN-gama através do ELISA. Resultados: O grupo controle SH apresentou maior produção de IFN-gama no fígado quando comparado aos outros grupos. Por outro lado, as células esplênicas do grupo RP tiveram produção maior dessa citocina quando comparado ao grupo controle. Os grupos SH e RP não mostraram diferença significativa na produção de TNF-alfa no fígado e baço. Os animais do grupo SP tiveram produção menor de IgG sérica quando comparados aos demais grupos. Conclusão: Estes dados sugerem que a esplenectomia pode modificar a produção de anticorpos e citocinas do hospedeiro na infecção por L. chagasi, e o autotransplante de baço pode reverter este cenário.-porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)UFJFBrasilXIV Seminário de Iniciação Científica / IV Seminário de Iniciação Científica Jr.CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS-Autotransplante de baço: reatividade imunológica para o controle da infecção por Leismania chagasiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectTeixeira, Henrique CoutoLima, Izabelly Fávero SouzaAugustin, Marina da CostaFerreira, Ana PaulaRezende, Alice BelleigoliFernandes, Bruno FariaSouza, Maria Aparecida deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILAutotransplante de baço.pdf.jpgAutotransplante de baço.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1485https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9421/4/Autotransplante%20de%20ba%c3%a7o.pdf.jpgad87a91381fa243353e6d0891a9470caMD54ORIGINALAutotransplante de baço.pdfAutotransplante de baço.pdfapplication/pdf58073https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9421/1/Autotransplante%20de%20ba%c3%a7o.pdf8e1ee9b3c7012ca0164a7b2f7be08edcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9421/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTAutotransplante de baço.pdf.txtAutotransplante de baço.pdf.txtExtracted texttext/plain3319https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9421/3/Autotransplante%20de%20ba%c3%a7o.pdf.txt8973bb1eefe0480e8ff506e943334951MD53ufjf/94212019-06-16 12:57:52.945oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9421TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T15:57:52Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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