Talento esportivo no basquetebol brasileiro: o efeito da idade relativa, progressão na carreira e modelagem do potencial esportivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro Junior, Dilson Borges
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11899
Resumo: Ainda há um caminho longo a ser explorado cientificamente no tocante ao retrato, entendimento e proposições de ações aos fenômenos do talento esportivo no basquetebol brasileiro. Sendo assim, é importante compreender o comportamento do talento emergindo das interações entre três fatores: indivíduo, tarefa e ambiente. Considerando que o fenômeno do talento esportivo não pode ser observado diretamente e sim a partir de aspectos que possam conduzir sua interpretação, o objetivo geral deste estudo foi: investigar o efeito da idade relativa (EIR) no basquetebol brasileiro e demais fatores associados à progressão da carreira da base ao alto rendimento; e propor uma modelagem do potencial esportivo de jovens basquetebolistas. Para atender ao objetivo geral, foram estabelecidos objetivos específicos na realização de cinco estudos: 1) descrever ao longo do tempo um retrato do EIR no basquetebol brasileiro; 2) compreender melhor a progressão da carreira de jovens basquetebolistas brasileiros e a influência do EIR; 3) conhecer a opinião dos treinadores quanto à importância atribuída aos fatores determinantes do desenvolvimento de jovens basquetebolistas; 4) avaliar a classificação do perfil multidimensional dos atletas e a classificação do potencial esportivo feita pelos treinadores; 5) criar um modelo de identificação de talentos no basquetebol brasileiro. Foram utilizados três grupos amostrais para atender a natureza de cada estudo: 1) 10856 atletas de elite do basquetebol brasileiro que disputaram competições nacionais ao longo de 15 anos – nas categorias sub15, sub17, sub22 e Novo Basquete Brasil (NBB); 2) 94 treinadores de basquetebol com variabilidade destacada quanto ao sexo, faixa etária, região, tempo de experiência, nível competitivo e atuação; 3) 178 jovens atletas de nível regional/estadual dos 12 aos 17 anos, que realizaram uma avaliação holística do potencial esportivo ao longo de dois anos. Os resultados encontrados no estudo 1, dizem que o EIR está presente nos atletas participantes dos campeonatos brasileiros, tendo predominância de nascidos no primeiro quartil. Ao observar esta distribuição ao longo do tempo, há um predomínio dos nascidos no primeiro semestre do ano ao longo de todo o período observado; ou seja, 15 anos de competição. A estatura é considerada como fator determinante nos nascidos no 1o semestre na categoria sub15, mas os atletas mais altos do NBB são nascidos no 2o semestre. No estudo 2, os resultados demonstram que, a busca por uma formação por posições universais; migrar para região sudeste; permanecer no processo de formação ao longo do tempo; participar da última categoria (sub22) de acesso ao NBB; ser alto e não ser selecionado precocemente; são as características que determinam os atletas chegarem ao NBB – e que o EIR está presente ao longo do tempo no basquetebol brasileiro, mas não determina o sucesso na carreira. No estudo 3, os resultados apresentam diferenças significativas entre os fatores determinantes do desenvolvimento do jovem atleta na ordem de importância atribuída; sendo, do mais importante ao menos importante: físico-motor e técnico; antropométrico; tático e psicológico e, por fim, o ambiental. O indicador “posicionamento e tomada de decisão” obteve 82% de importância atribuída extrema. O fator “antropométrico” esteve associado aos pivôs e aos armadores foi atribuída importância a todos os outros fatores. Os treinadores internacionais valorizam o fator antropométrico, em comparação aos treinadores nacionais e regionais. No estudo 4, observouse que, no grupo de alto potencial, os atletas eram mais velhos cronologicamente; com maior % estatura adulta prevista, maior orientação esportiva competitiva e determinada; maior tamanho corporal; menor somatório de dobras cutâneas e maior desempenho físico-motor. Na comparação com os demais atletas, os basquetebolistas de alto potencial apresentaram maior estatura; maior envergadura; maior comprimento de membros inferiores; maior estatura adulta prevista e maior escore Z do %EAP. Já no estudo 5, criou-se o Gold Score Basketball, um índice híbrido e ponderado para estimativa do potencial esportivo, composto por 26 indicadores objetivos e dois indicadores subjetivos. O modelo classificou 5,1% dos jovens atletas como potencial esportivo de excelência (Gold Score >90). A consistência interna do modelo foi moderada (r = 0,59) e a estabilidade do diagnóstico foi elevada (r = 0,82), após um ano. A validade de construto e a validade de critério foram satisfatórias. Os atletas com maior nível competitivo (62,9 ± 14,4 vs. 50,7±15,6, p<0,001) e que venceram campeonatos estaduais/nacionais (64,3 ± 15,4 vs. 52,1 ± 15,6, p<0,001) apresentaram maior Gold Score. Os estudos sobre o talento esportivo no basquetebol brasileiro ainda apresentam muitas questões a serem investigadas. Observar o desempenho em competições associadas aos aspectos do EIR (especialmente em relação aos agentes sociais envolvidos e à tarefa), progressão na carreira, avaliações multidimensionais e observações dos treinadores, é um caminho importante a ser seguido. O basquetebol brasileiro deveria investir mais em programas de identificação e seleção de talentos, para otimizar as possibilidades de desenvolvimento de jogadores; melhorar a capacitação de treinadores; reorganizar os processos competitivos nas categorias de base e descentralizar as opções de progressão na carreira – propiciando assim, um impacto ainda maior na/da modalidade.
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Considerando que o fenômeno do talento esportivo não pode ser observado diretamente e sim a partir de aspectos que possam conduzir sua interpretação, o objetivo geral deste estudo foi: investigar o efeito da idade relativa (EIR) no basquetebol brasileiro e demais fatores associados à progressão da carreira da base ao alto rendimento; e propor uma modelagem do potencial esportivo de jovens basquetebolistas. Para atender ao objetivo geral, foram estabelecidos objetivos específicos na realização de cinco estudos: 1) descrever ao longo do tempo um retrato do EIR no basquetebol brasileiro; 2) compreender melhor a progressão da carreira de jovens basquetebolistas brasileiros e a influência do EIR; 3) conhecer a opinião dos treinadores quanto à importância atribuída aos fatores determinantes do desenvolvimento de jovens basquetebolistas; 4) avaliar a classificação do perfil multidimensional dos atletas e a classificação do potencial esportivo feita pelos treinadores; 5) criar um modelo de identificação de talentos no basquetebol brasileiro. Foram utilizados três grupos amostrais para atender a natureza de cada estudo: 1) 10856 atletas de elite do basquetebol brasileiro que disputaram competições nacionais ao longo de 15 anos – nas categorias sub15, sub17, sub22 e Novo Basquete Brasil (NBB); 2) 94 treinadores de basquetebol com variabilidade destacada quanto ao sexo, faixa etária, região, tempo de experiência, nível competitivo e atuação; 3) 178 jovens atletas de nível regional/estadual dos 12 aos 17 anos, que realizaram uma avaliação holística do potencial esportivo ao longo de dois anos. Os resultados encontrados no estudo 1, dizem que o EIR está presente nos atletas participantes dos campeonatos brasileiros, tendo predominância de nascidos no primeiro quartil. Ao observar esta distribuição ao longo do tempo, há um predomínio dos nascidos no primeiro semestre do ano ao longo de todo o período observado; ou seja, 15 anos de competição. A estatura é considerada como fator determinante nos nascidos no 1o semestre na categoria sub15, mas os atletas mais altos do NBB são nascidos no 2o semestre. No estudo 2, os resultados demonstram que, a busca por uma formação por posições universais; migrar para região sudeste; permanecer no processo de formação ao longo do tempo; participar da última categoria (sub22) de acesso ao NBB; ser alto e não ser selecionado precocemente; são as características que determinam os atletas chegarem ao NBB – e que o EIR está presente ao longo do tempo no basquetebol brasileiro, mas não determina o sucesso na carreira. No estudo 3, os resultados apresentam diferenças significativas entre os fatores determinantes do desenvolvimento do jovem atleta na ordem de importância atribuída; sendo, do mais importante ao menos importante: físico-motor e técnico; antropométrico; tático e psicológico e, por fim, o ambiental. O indicador “posicionamento e tomada de decisão” obteve 82% de importância atribuída extrema. O fator “antropométrico” esteve associado aos pivôs e aos armadores foi atribuída importância a todos os outros fatores. Os treinadores internacionais valorizam o fator antropométrico, em comparação aos treinadores nacionais e regionais. No estudo 4, observouse que, no grupo de alto potencial, os atletas eram mais velhos cronologicamente; com maior % estatura adulta prevista, maior orientação esportiva competitiva e determinada; maior tamanho corporal; menor somatório de dobras cutâneas e maior desempenho físico-motor. Na comparação com os demais atletas, os basquetebolistas de alto potencial apresentaram maior estatura; maior envergadura; maior comprimento de membros inferiores; maior estatura adulta prevista e maior escore Z do %EAP. Já no estudo 5, criou-se o Gold Score Basketball, um índice híbrido e ponderado para estimativa do potencial esportivo, composto por 26 indicadores objetivos e dois indicadores subjetivos. O modelo classificou 5,1% dos jovens atletas como potencial esportivo de excelência (Gold Score >90). A consistência interna do modelo foi moderada (r = 0,59) e a estabilidade do diagnóstico foi elevada (r = 0,82), após um ano. A validade de construto e a validade de critério foram satisfatórias. Os atletas com maior nível competitivo (62,9 ± 14,4 vs. 50,7±15,6, p<0,001) e que venceram campeonatos estaduais/nacionais (64,3 ± 15,4 vs. 52,1 ± 15,6, p<0,001) apresentaram maior Gold Score. Os estudos sobre o talento esportivo no basquetebol brasileiro ainda apresentam muitas questões a serem investigadas. Observar o desempenho em competições associadas aos aspectos do EIR (especialmente em relação aos agentes sociais envolvidos e à tarefa), progressão na carreira, avaliações multidimensionais e observações dos treinadores, é um caminho importante a ser seguido. O basquetebol brasileiro deveria investir mais em programas de identificação e seleção de talentos, para otimizar as possibilidades de desenvolvimento de jogadores; melhorar a capacitação de treinadores; reorganizar os processos competitivos nas categorias de base e descentralizar as opções de progressão na carreira – propiciando assim, um impacto ainda maior na/da modalidade.There is still a wide path to be explored scientifically regarding the portrait, understanding and propositions of actions to the phenomena of sports talent in Brazilian basketball. Therefore, it is important to understand the behavior of talent emerging from the interaction between three factors: individual, task and environment. Considering that the phenomenon of sports talent cannot be observed directly, but rather, from aspects that may lead to its interpretation, the general aim of this study was to investigate the relative age effects (RAE) on Brazilian basketball and other factors associated with the career progression until the high performance and propose a modeling of the sports potential of youth basketball players. To meet this general aim, specific aims were established, in the realization of five studies: 1) to describe over time a portrait of the EIR in Brazilian basketball; 2) to better understand the career progression of youth Brazilian basketball players and the influence of the RAE; 3) to know the coaches' opinion regarding the importance attributed to the determinants factors of the development of youth basketball players, 4) to evaluate the classification of the multidimensional profile of the athletes and the classification of the sport potential made by the coaches; 5) to create a model for identifying talents in Brazilian basketball. Three sample groups were used to meet the nature of each study: 1) 10856 elite Brazilian basketball athletes who competed in national tournaments over 15 years in the U15, U17, U22 and New Brazilian Basketball (NBB) categories; 2) 94 basketball coaches with outstanding variability in terms of gender, age group, region, time of experience, competitive level, and performance; and 3) 178 youth athletes of regional / state level from 12 to 17 years old, who carried out a holistic assessment of their sporting potential over two years. The results found in study 1, say that RAE is present in athletes participating in Brazilian championships, with a predominance of those born in the first quartile. When observing this distribution over time, there is a predominance of those born in the first half of the year over the entire period observed, that is, 15 years of competition. Height is considered a determining factor in those born in the 1st semester in the U15 category, plus the tallest athletes in the NBB are born in the 2nd semester. In study 2, the results demonstrate that the search for universal learning by positions, migrating to the Southeast region, remaining in the development process over time, participating in the last category (U22) of access to the NBB, being tall and not being selected early, it is the characteristics that determine the athletes reach the NBB and that the RAE is present over time in Brazilian basketball but does not determine success in the career. In study 3, the results show a significant difference between the determining factors of the young athlete's development in the order of importance attributed, being the most important to the least important: physicalmotor and technical, anthropometric, tactical and psychological, finally the environmental. The positioning and decision-making indicator achieved 82% of extreme importance. The anthropometric factor was associated with the centers and the point guards importance was attributed to all factors. International coaches value the anthropometric factor, compared to national and regional coaches. In study 4, it was observed that in the high-potential group, the athletes were chronologically older, with a higher % of expected adult height, greater competitive and determined sports orientation, greater body size, smaller sum of skinfolds and greater physical performance. In comparison with the other athletes, the high potential basketball players had greater height, greater wingspan, greater length of the lower limbs, greater predicted adult height and a higher Z score of the % PAH. In Study 5, the Gold Score Basketball was created, a hybrid and weighted index for estimating sport potential, composed of 26 objective indicators and two subjective indicators. The model classified 5.1% of youth athletes as an excellent sports potential (Gold Score> 90). The internal consistency of the model was moderate (r = 0.59) and the stability of the diagnosis was high (r = 0.82) after one year. Construct validity and criterion validity were satisfactory. The athletes with the highest competitive level (62.9 ± 14.4 vs. 50.7 ± 15.6, p<0.001) and who won state / national championships (64.3 ± 15.4 vs. 52.1 ± 15 , 6, p<0.001) had a higher Gold Score. studies on sports talent in Brazilian basketball still have many questions to be investigated. Observing the performance in competitions associated with aspects of the RAE (especially in relation to the social agents involved and the task), career progression, multidimensional assessments and observation of the coach, is an important path to be followed. Brazilian basketball should invest more in talent identification and selection programs, to optimize the possibilities for player development, improve the education of coaches, reorganize the competitive processes in the youth categories and decentralize the options for career progression, thus providing a even greater impact on / of the modality.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Educação FísicaUFJFBrasilFaculdade de Educação FísicaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICATalento esportivoBasquetebolIdade relativaIdentificação e seleção talentosCarreira esportivaSports talentBasketballRelative ageTalent identification and selectionTalento esportivo no basquetebol brasileiro: o efeito da idade relativa, progressão na carreira e modelagem do potencial esportivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11899/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALdilsonborgesribeirojúnior.pdfdilsonborgesribeirojúnior.pdfPDF/Aapplication/pdf14429224https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11899/1/dilsonborgesribeiroj%c3%banior.pdf29b36d4f974e42833d843fb1bf0d755cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11899/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTdilsonborgesribeirojúnior.pdf.txtdilsonborgesribeirojúnior.pdf.txtExtracted texttext/plain363960https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11899/4/dilsonborgesribeiroj%c3%banior.pdf.txt71a41ed7c0563c271eb394006dce49b9MD54THUMBNAILdilsonborgesribeirojúnior.pdf.jpgdilsonborgesribeirojúnior.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1272https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11899/5/dilsonborgesribeiroj%c3%banior.pdf.jpgdc44b941422f7b264689415b14a25fefMD55ufjf/118992020-11-24 04:08:07.19oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11899Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-11-24T06:08:07Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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A estatura é considerada como fator determinante nos nascidos no 1o semestre na categoria sub15, mas os atletas mais altos do NBB são nascidos no 2o semestre. No estudo 2, os resultados demonstram que, a busca por uma formação por posições universais; migrar para região sudeste; permanecer no processo de formação ao longo do tempo; participar da última categoria (sub22) de acesso ao NBB; ser alto e não ser selecionado precocemente; são as características que determinam os atletas chegarem ao NBB – e que o EIR está presente ao longo do tempo no basquetebol brasileiro, mas não determina o sucesso na carreira. No estudo 3, os resultados apresentam diferenças significativas entre os fatores determinantes do desenvolvimento do jovem atleta na ordem de importância atribuída; sendo, do mais importante ao menos importante: físico-motor e técnico; antropométrico; tático e psicológico e, por fim, o ambiental. O indicador “posicionamento e tomada de decisão” obteve 82% de importância atribuída extrema. O fator “antropométrico” esteve associado aos pivôs e aos armadores foi atribuída importância a todos os outros fatores. Os treinadores internacionais valorizam o fator antropométrico, em comparação aos treinadores nacionais e regionais. No estudo 4, observouse que, no grupo de alto potencial, os atletas eram mais velhos cronologicamente; com maior % estatura adulta prevista, maior orientação esportiva competitiva e determinada; maior tamanho corporal; menor somatório de dobras cutâneas e maior desempenho físico-motor. Na comparação com os demais atletas, os basquetebolistas de alto potencial apresentaram maior estatura; maior envergadura; maior comprimento de membros inferiores; maior estatura adulta prevista e maior escore Z do %EAP. Já no estudo 5, criou-se o Gold Score Basketball, um índice híbrido e ponderado para estimativa do potencial esportivo, composto por 26 indicadores objetivos e dois indicadores subjetivos. O modelo classificou 5,1% dos jovens atletas como potencial esportivo de excelência (Gold Score >90). A consistência interna do modelo foi moderada (r = 0,59) e a estabilidade do diagnóstico foi elevada (r = 0,82), após um ano. A validade de construto e a validade de critério foram satisfatórias. Os atletas com maior nível competitivo (62,9 ± 14,4 vs. 50,7±15,6, p<0,001) e que venceram campeonatos estaduais/nacionais (64,3 ± 15,4 vs. 52,1 ± 15,6, p<0,001) apresentaram maior Gold Score. Os estudos sobre o talento esportivo no basquetebol brasileiro ainda apresentam muitas questões a serem investigadas. Observar o desempenho em competições associadas aos aspectos do EIR (especialmente em relação aos agentes sociais envolvidos e à tarefa), progressão na carreira, avaliações multidimensionais e observações dos treinadores, é um caminho importante a ser seguido. O basquetebol brasileiro deveria investir mais em programas de identificação e seleção de talentos, para otimizar as possibilidades de desenvolvimento de jogadores; melhorar a capacitação de treinadores; reorganizar os processos competitivos nas categorias de base e descentralizar as opções de progressão na carreira – propiciando assim, um impacto ainda maior na/da modalidade.
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