O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Jéssica Fernandes de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9079
Resumo: O boto amazônico é representante da família Iniidae, que atualmente é composta por três espécies: Inia geoffrensis, I. boliviensis e I. araguaiaensis, sendo que a espécie I. geoffrensis possui duas subespécies: I. g. geoffrensis e I. g. humboldtiana. O que as definem como espécies e subespécies distintas são diferenças moleculares e poucas características morfológicas. A bioacústica pode ser mais uma ferramenta para comparar as espécies e subespécies de boto. Especialmente através das análises dos sinais emitidos de ecolocalização, já que estes são influenciados por particularidades das estruturas morfológicas do crânio. Sendo assim, foi feita uma análise dos cliques de ecolocalização destas espécies com o objetivo de identificar possíveis diferenças nas emissões. As coletas dos dados ocorreram nos rios Guaviare (I. g. humboldtiana); Madeira (I. boliviensis, I. g. geoffrensis e híbridos); Xingu (I. g. geoffrensis); e no Parque Estadual do Cantão (I. araguaiaensis). Os sons foram captados por um hidrofone Cetacean Research™ C54XRS (+3/- 20 dB, - 185 dB re: 1V/μPa), estático de captação passiva e posteriormente transferidos para uma placa digitalizadora Daq/3000 Series, com resposta de frequência 200 kHz/24 bits. A análise acústica foi feita através do software Raven Pro. 1.5 e do MatLab R2014A, e a análise estatística no programa R (R CORE TEAM, 2015). No total, 158 cadeias de cliques foram analisadas (5851 cliques) em 86 minutos de gravação. Em todos os locais, os cliques apresentaram médias de frequência menores quando comparados a estudos anteriores. De acordo como o teste Kruskal-Wallis, houve diferença significativa entre as espécies para todos os parâmetros analisados (p-value < 0,001). O teste Mann-Whitney foi realizado para comparar os cliques entre duas localidades amostradas, através dos parâmetros de pico de frequência, e frequências em 3 e 10 dB. Apenas a banda de frequência em 3dB ente Cantão e Madeira e o pico de frequência entre Guaviare e Madeira não apresentaram diferenças significativas (p-value > 0,05). As diferenças encontradas reforçam as separações de espécie e subespécies já descritas, sendo mais um indício de que a família Iniidae realmente possui, pelo menos, três espécies distintas.
id UFJF_12d7463596e472dc88e26b095c684acd
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9079
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Andriolo, Arturhttp://lattes.cnpq.br/Sousa-Lima, Renatahttp://lattes.cnpq.br/Sant´Ana, Alinehttp://lattes.cnpq.br/http://lattes.cnpq.br/Melo, Jéssica Fernandes de2019-02-20T14:32:46Z2019-02-182019-02-20T14:32:46Z2018-04-13https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9079O boto amazônico é representante da família Iniidae, que atualmente é composta por três espécies: Inia geoffrensis, I. boliviensis e I. araguaiaensis, sendo que a espécie I. geoffrensis possui duas subespécies: I. g. geoffrensis e I. g. humboldtiana. O que as definem como espécies e subespécies distintas são diferenças moleculares e poucas características morfológicas. A bioacústica pode ser mais uma ferramenta para comparar as espécies e subespécies de boto. Especialmente através das análises dos sinais emitidos de ecolocalização, já que estes são influenciados por particularidades das estruturas morfológicas do crânio. Sendo assim, foi feita uma análise dos cliques de ecolocalização destas espécies com o objetivo de identificar possíveis diferenças nas emissões. As coletas dos dados ocorreram nos rios Guaviare (I. g. humboldtiana); Madeira (I. boliviensis, I. g. geoffrensis e híbridos); Xingu (I. g. geoffrensis); e no Parque Estadual do Cantão (I. araguaiaensis). Os sons foram captados por um hidrofone Cetacean Research™ C54XRS (+3/- 20 dB, - 185 dB re: 1V/μPa), estático de captação passiva e posteriormente transferidos para uma placa digitalizadora Daq/3000 Series, com resposta de frequência 200 kHz/24 bits. A análise acústica foi feita através do software Raven Pro. 1.5 e do MatLab R2014A, e a análise estatística no programa R (R CORE TEAM, 2015). No total, 158 cadeias de cliques foram analisadas (5851 cliques) em 86 minutos de gravação. Em todos os locais, os cliques apresentaram médias de frequência menores quando comparados a estudos anteriores. De acordo como o teste Kruskal-Wallis, houve diferença significativa entre as espécies para todos os parâmetros analisados (p-value < 0,001). O teste Mann-Whitney foi realizado para comparar os cliques entre duas localidades amostradas, através dos parâmetros de pico de frequência, e frequências em 3 e 10 dB. Apenas a banda de frequência em 3dB ente Cantão e Madeira e o pico de frequência entre Guaviare e Madeira não apresentaram diferenças significativas (p-value > 0,05). As diferenças encontradas reforçam as separações de espécie e subespécies já descritas, sendo mais um indício de que a família Iniidae realmente possui, pelo menos, três espécies distintas.The Amazon River Dolphin is a representative of the Iniidae family, which currently consists of three species: Inia geoffrensis, I. boliviensis and I. araguaiaensis, and the species I. geoffrensis has two subspecies: I. g. geoffrensis and I. g. humboldtiana. Molecular differences and small morphological characteristics define them as different species and subspecies of Amazon River Dolphin. The bioacoustics can be a tool for the study of species differentiation, particularly through the analyzes of the emitted signals of echolocation, since these are influenced by peculiarities of the morphological structures of the skull. Therefore, their echolocation clicks were analyzed with the aim of identify possible differences in acoustic emissions. The acoustic data collection occurred in the rivers Guaviare (I. g. humboldtiana); Madeira (I. boliviensis, I. g. geoffrensis and hybrids); Xingu (I.g.geoffrensis); and in the Cantão State Park (I. araguaiaensis). The sounds were captured by a Cetacean Research ™ C54XRS (+ 3 / - 20 dB, - 185 dB re: 1V / μPa) hydrophone, static passive pickup, and then the sounds were transferred to a Daq / 3000 Series digitizer board, with frequency of 200 kHz / 24 bits. An acoustic analysis was performed using the software Raven Pro. 1.5 and MatLab R2014A, and the statistical analysis with R program (R CORE TEAM, 2015). In total, 158 clicks were analyzed (5851 clicks) in 86 minutes of recording. In all places recorded, the clicks presented lower frequency averages when compared to previous studies. According to the Kruskal-Wallis test, there was a significant difference among species for all analyzed parameters (p-value <0.001). The Mann-Whitney test was performed to compare the clicks between two sampled sites, through the parameters of peak frequency, and bandwidth in 3 and 10 dB. Only the bandwidth in 3dB between Cantão and Madeira and the peak frequency between Guaviare and Madeira were not significant (p-value> 0.05). The acoustical differences reinforce the species and subspecies separations already described, being another indication that the Iniidae family actually has, at least, three distinct species.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EcologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIABotoCliques de ecolocalizaçãoDiferenciação acústicaPico de frequênciaInia araguaiaensisAmazon river dolphinEcholocation clicksAcoustic differentiationPeak frequencyInia araguaiaensisO boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILjessicafernandesdemelo.pdf.jpgjessicafernandesdemelo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1290https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/4/jessicafernandesdemelo.pdf.jpgaf6e66ea6a600a9a388e338d2381835bMD54ORIGINALjessicafernandesdemelo.pdfjessicafernandesdemelo.pdfapplication/pdf1737836https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/1/jessicafernandesdemelo.pdf2122038b12936de4c041ca5cc6a0c933MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTjessicafernandesdemelo.pdf.txtjessicafernandesdemelo.pdf.txtExtracted texttext/plain106623https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/3/jessicafernandesdemelo.pdf.txt5c1cd71288d20106c638a78f1d99c0f2MD53ufjf/90792019-06-16 12:21:12.116oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9079TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T15:21:12Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
title O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
spellingShingle O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
Melo, Jéssica Fernandes de
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Boto
Cliques de ecolocalização
Diferenciação acústica
Pico de frequência
Inia araguaiaensis
Amazon river dolphin
Echolocation clicks
Acoustic differentiation
Peak frequency
Inia araguaiaensis
title_short O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
title_full O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
title_fullStr O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
title_full_unstemmed O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
title_sort O boto vermelho: há diferença bioacústica entre as espécies e subespécies do gênero INIA?
author Melo, Jéssica Fernandes de
author_facet Melo, Jéssica Fernandes de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andriolo, Artur
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Sousa-Lima, Renata
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Sant´Ana, Aline
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo, Jéssica Fernandes de
contributor_str_mv Andriolo, Artur
Sousa-Lima, Renata
Sant´Ana, Aline
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Boto
Cliques de ecolocalização
Diferenciação acústica
Pico de frequência
Inia araguaiaensis
Amazon river dolphin
Echolocation clicks
Acoustic differentiation
Peak frequency
Inia araguaiaensis
dc.subject.por.fl_str_mv Boto
Cliques de ecolocalização
Diferenciação acústica
Pico de frequência
Inia araguaiaensis
Amazon river dolphin
Echolocation clicks
Acoustic differentiation
Peak frequency
Inia araguaiaensis
description O boto amazônico é representante da família Iniidae, que atualmente é composta por três espécies: Inia geoffrensis, I. boliviensis e I. araguaiaensis, sendo que a espécie I. geoffrensis possui duas subespécies: I. g. geoffrensis e I. g. humboldtiana. O que as definem como espécies e subespécies distintas são diferenças moleculares e poucas características morfológicas. A bioacústica pode ser mais uma ferramenta para comparar as espécies e subespécies de boto. Especialmente através das análises dos sinais emitidos de ecolocalização, já que estes são influenciados por particularidades das estruturas morfológicas do crânio. Sendo assim, foi feita uma análise dos cliques de ecolocalização destas espécies com o objetivo de identificar possíveis diferenças nas emissões. As coletas dos dados ocorreram nos rios Guaviare (I. g. humboldtiana); Madeira (I. boliviensis, I. g. geoffrensis e híbridos); Xingu (I. g. geoffrensis); e no Parque Estadual do Cantão (I. araguaiaensis). Os sons foram captados por um hidrofone Cetacean Research™ C54XRS (+3/- 20 dB, - 185 dB re: 1V/μPa), estático de captação passiva e posteriormente transferidos para uma placa digitalizadora Daq/3000 Series, com resposta de frequência 200 kHz/24 bits. A análise acústica foi feita através do software Raven Pro. 1.5 e do MatLab R2014A, e a análise estatística no programa R (R CORE TEAM, 2015). No total, 158 cadeias de cliques foram analisadas (5851 cliques) em 86 minutos de gravação. Em todos os locais, os cliques apresentaram médias de frequência menores quando comparados a estudos anteriores. De acordo como o teste Kruskal-Wallis, houve diferença significativa entre as espécies para todos os parâmetros analisados (p-value < 0,001). O teste Mann-Whitney foi realizado para comparar os cliques entre duas localidades amostradas, através dos parâmetros de pico de frequência, e frequências em 3 e 10 dB. Apenas a banda de frequência em 3dB ente Cantão e Madeira e o pico de frequência entre Guaviare e Madeira não apresentaram diferenças significativas (p-value > 0,05). As diferenças encontradas reforçam as separações de espécie e subespécies já descritas, sendo mais um indício de que a família Iniidae realmente possui, pelo menos, três espécies distintas.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-04-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-02-20T14:32:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-02-18
2019-02-20T14:32:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9079
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9079
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Ecologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB – Instituto de Ciências Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/4/jessicafernandesdemelo.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/1/jessicafernandesdemelo.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/2/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9079/3/jessicafernandesdemelo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv af6e66ea6a600a9a388e338d2381835b
2122038b12936de4c041ca5cc6a0c933
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
5c1cd71288d20106c638a78f1d99c0f2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661321775677440