Investigação dos mecanismos comportamentais delineadores da composição de assembléias de formigas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, Tatiane Archanjo de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1621
Resumo: Buscando identificar os mecanismos formadores das assembleias de formigas em campo rupestre, este estudo foi dividido em três partes. A primeira investigou a habilidade das espécies em descobrir recursos alimentares e a influência dos comportamentos na sua permanência nos mesmos. Iscas atrativas foram oferecidas em uma área de campo rupestre no Parque Estadual do Ibitipoca, MG. Foram realizados 60 registros, referentes a 10 iscas/quadrante, totalizando 40 horas de filmagem. Das nove espécies mais freqüentes Pheidole obscurithorax, Pheidole radoszkowskii, Pheidole sp.6 e Crematogaster sericea foram as que apresentaram maiores valores para habilidade de descoberta e tenderam a permanecer por mais tempo nas iscas; Camponotus crassus, Camponotus renggeri, Ectatomma edentatum, Camponotus genatus, Pachycondyla striata foram espécies com menores taxas de permanência, podendo ser consideradas como submissas devido à menor habilidade competitiva. Os comportamentos também influenciaram na permanência e variaram entre agonísticos e de coexistência em função da espécie e do contexto no qual ocorreu a interação. As duas espécies com maior habilidade em descobrir os recursos - C. sericea e P. obscurithorax - foram selecionadas para a segunda parte do estudo. Objetivando avaliar mecanismos competitivos em locais distantes e próximos aos seus ninhos, foi averiguada a influência da distância do recurso ao ninho na agressividade e abundância, bem como o status hierárquico durante o forrageamento. Foi estabelecido um plot de observação para cada ninho composto por oito iscas: quatro localizadas a 1,5m de distância dos ninhos e quatro a 0,5m. As iscas foram observadas uma por vez, totalizando 256 registros/espécie. Os comportamentos registrados foram ataque e avançar. Para ambas as espécies a distância do alimento ao ninho não influenciou na agressividade (Z= 1,44; p=0,07 C. sericea; Z= 1,44; p=0,07 P. obscurithorax); a abundância de P. obscurithorax foi maior nas iscas próximas ao seu ninho (F= 7,30; p<0,01), enquanto que para C. sericea não diferiu entre iscas próximas e distantes (F=2,19; p=0,14). Apesar de fortes competidoras, C. sericea e P. obscurithorax forragearam de acordo com seus status hierárquico, sendo a primeira territorialista e a segunda agressiva não territorialista. Na terceira parte foram investigados os padrões comportamentais de agressividade entre colônias de C. sericea e P. obscurithorax localizadas próximas (2,40m) e distantes (15,60m) entre si baseado na Hipótese do Inimigo Querido. Foram capturados 50 indivíduos/colônia para execução de encontros diádicos. Foram realizados 10 encontros/tratamento: controle, interespecífico próximo e interespecífico distante. Os comportamentos observados foram: inspeção, toque de antena, auto-grooming, viii evitar, avançar, abertura de mandíbula, morder, curvar o gáster e luta. Para cada ato foi atribuído um valor, utilizado no cálculo do índice de agressão. Verificou-se maior agressividade de C. sericea quando confrontadas com P. obscurithorax provenientes da colônia próxima (t=-4,935; p<0,001). Em contraste, não houve diferença significativa na agressividade exibida entre operárias de P. obscurithorax e C. sericea provenientes da colônia distante (t=0,617; p=0,995). A agressividade de C. sericea direcionada aos seus vizinhos atesta que, além de haver o reconhecimento entre diferentes espécies, P. obscurithorax pode ser considerada uma forte competidora, não sendo aplicável a hipótese do inimigo querido a estas espécies.
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Das nove espécies mais freqüentes Pheidole obscurithorax, Pheidole radoszkowskii, Pheidole sp.6 e Crematogaster sericea foram as que apresentaram maiores valores para habilidade de descoberta e tenderam a permanecer por mais tempo nas iscas; Camponotus crassus, Camponotus renggeri, Ectatomma edentatum, Camponotus genatus, Pachycondyla striata foram espécies com menores taxas de permanência, podendo ser consideradas como submissas devido à menor habilidade competitiva. Os comportamentos também influenciaram na permanência e variaram entre agonísticos e de coexistência em função da espécie e do contexto no qual ocorreu a interação. As duas espécies com maior habilidade em descobrir os recursos - C. sericea e P. obscurithorax - foram selecionadas para a segunda parte do estudo. Objetivando avaliar mecanismos competitivos em locais distantes e próximos aos seus ninhos, foi averiguada a influência da distância do recurso ao ninho na agressividade e abundância, bem como o status hierárquico durante o forrageamento. Foi estabelecido um plot de observação para cada ninho composto por oito iscas: quatro localizadas a 1,5m de distância dos ninhos e quatro a 0,5m. As iscas foram observadas uma por vez, totalizando 256 registros/espécie. Os comportamentos registrados foram ataque e avançar. Para ambas as espécies a distância do alimento ao ninho não influenciou na agressividade (Z= 1,44; p=0,07 C. sericea; Z= 1,44; p=0,07 P. obscurithorax); a abundância de P. obscurithorax foi maior nas iscas próximas ao seu ninho (F= 7,30; p<0,01), enquanto que para C. sericea não diferiu entre iscas próximas e distantes (F=2,19; p=0,14). Apesar de fortes competidoras, C. sericea e P. obscurithorax forragearam de acordo com seus status hierárquico, sendo a primeira territorialista e a segunda agressiva não territorialista. Na terceira parte foram investigados os padrões comportamentais de agressividade entre colônias de C. sericea e P. obscurithorax localizadas próximas (2,40m) e distantes (15,60m) entre si baseado na Hipótese do Inimigo Querido. Foram capturados 50 indivíduos/colônia para execução de encontros diádicos. Foram realizados 10 encontros/tratamento: controle, interespecífico próximo e interespecífico distante. Os comportamentos observados foram: inspeção, toque de antena, auto-grooming, viii evitar, avançar, abertura de mandíbula, morder, curvar o gáster e luta. Para cada ato foi atribuído um valor, utilizado no cálculo do índice de agressão. Verificou-se maior agressividade de C. sericea quando confrontadas com P. obscurithorax provenientes da colônia próxima (t=-4,935; p<0,001). Em contraste, não houve diferença significativa na agressividade exibida entre operárias de P. obscurithorax e C. sericea provenientes da colônia distante (t=0,617; p=0,995). A agressividade de C. sericea direcionada aos seus vizinhos atesta que, além de haver o reconhecimento entre diferentes espécies, P. obscurithorax pode ser considerada uma forte competidora, não sendo aplicável a hipótese do inimigo querido a estas espécies.In order to identify the mechanisms that form the ant assemblages in the rupestrian, this study was divided into three parts. In the first was investigated the species ability to find food resources and the behaviors influence of their permanence in the same resources. Baits were offered in a rupestrian area in Parque Estadual do Ibitipoca, MG. Were made 60 records, on a 10 baits/quadrant, totaling 40 hours of recording. Of the nine most common species Pheidole obscurithorax, Pheidole radoszkowskii, Pheidole sp.6 and Crematogaster sericea showed highest values for discovery ability and tended to stay longer in the baits. Camponotus crassus, Camponotus renggeri, Ectatomma edentatum, Camponotus genatus, Pachycondyla striata were species with lower permanence rates, may be considered as submissive species due to lower competitive ability. The behavior also influenced the permanence and ranged between agonistic coexistence depending on the species and the context in which the interaction occurred. The two species with greater ability to find resources – P. obscurithorax and C. sericea – were selected for the second part of the study. In order to evaluate competitive mechanisms in places far and near to their nests, has been investigated the influence of distance from the resource until the nest in the aggression and abundance, and the hierarchical status during the foraging. We established an observation plot for each nest, composed by eight baits: four located 1.5m away from the nests and four 0.5m. The baits were observed one at a time, totaling 256 records/species. The behaviors recorded were attack and advance. For both species, the distance of the food to the nest had no effect on aggression (Z= 1,44; p=0,07 C. sericea; Z= 1,44; p=0,07 P. obscurithorax); the abundance of P obscurithorax was higher in the baits near its nest (F = 7.30, p <0.01), while for C. sericea did not differ between near and far baits (F=2,19; p=0,14). In spite of being strong competitors, C. sericea and P. obscurithorax foraged according to their hierarchical status, being the first territorialist and the second aggressive not territorialist. In the third part, we investigated the behavioral patterns of aggressiveness among C. sericea and P. obscurithorax colonies located near (2.40 m) and far (15.60 m) from each other based on the Dear Enemy Hypothesis. We captured 50 individuals/colony to perform dyadic encounters. Were conducted 10 meetings/treatment: control, near interspecific and far interspecific. The behaviors observed were: inspection, antenna touch, self-grooming, avoidance, forward, open jaw, bite, bend the gaster and fight. For each action was assigned a value, used to calculate the aggression rate. Was found more aggressiveness of C. sericea when confronted with P. obscurithorax from the nearby colony (t=-4,935; p<0,001). In contrast, there were no significant difference in x aggressiveness displayed between workers of P. obscurithorax and C. sericea from the far colony (t=0,617; p=0,995). The aggressiveness of C. sericea directed to their neighbors certifies that, in addition to the recognition between different species, P. obscurithorax also can be considered a strong competitor, then Dear Enemy Hypothesis cannot be applicable to these species.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia AnimalUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMALAgressividadeCampo rupestreInimigo queridoHabilidade de descobertaAggressivenessDear enemyDiscovery abilityRupestrianInvestigação dos mecanismos comportamentais delineadores da composição de assembléias de formigasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILtatianearchanjodesales.pdf.jpgtatianearchanjodesales.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1138https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1621/4/tatianearchanjodesales.pdf.jpgfd92641b4255b9c394cf24d00b16a996MD54ORIGINALtatianearchanjodesales.pdftatianearchanjodesales.pdfapplication/pdf1871876https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1621/1/tatianearchanjodesales.pdf6bdeefe279a3c1e633ba1cbae84bdf3cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1621/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTtatianearchanjodesales.pdf.txttatianearchanjodesales.pdf.txtExtracted texttext/plain129983https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1621/3/tatianearchanjodesales.pdf.txt3f45fb05147886f74aef53b4c7e49033MD53ufjf/16212019-11-07 12:43:30.354oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1621TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:30Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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