Atividade antifúngica de compostos derivados do ácido cinâmico no tratamento da onicomicose
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Data de Publicação: | 2016 |
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Idioma: | por |
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Resumo: | O tratamento farmacológico da onicomicose é, geralmente, prolongado, pouco efetivo, de custo elevado e pode acarretar reações adversas. Em 25 % dos casos, essa terapia não apresenta resposta satisfatória. Todos esses fatores levam à busca por novos compostos para uso terapêutico. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antifúngica de cinamaldeído, eugenol e α-metil-transcinamaldeído e desenvolver uma formulação para o tratamento contra os principais fungos causadores da onicomicose. Para tanto, foi avaliada a atividade antifúngica dos compostos, na concentração de 1000 µg/mL frente a Trichophyton mentagrophytes ATCC 11481; Fusarium oxysporum ATCC 48112, Fusarium solani ATCC 36031, Microsporum canis ATCC 32903, Microsporum gypseum ATCC 14683, Trichophyton rubrum URM 1666 e Epidermophyton floccosum CCF-IOC-3757. Além disso, foi estabelecida a concentração inibitória mínima (CIM), entre 0,12 a 1000 µg/mL para fungos filamentosos citados e T. mentagrophytes isolado clínico e 2,44 a 5000 µg/mL para Candida albicans ATCC 10231 e C. albicans isolado clínico e a concentração fungicida mínima (CFM) frente as mesmas espécies. O cetoconazol, a terbinafina, o itraconazol e a anfotericina B foram utilizados como fármacos de referência. Para estes fármacos e o composto mais promissor, foram verificadas as alterações morfológicas provocadas sobre as linhagens testadas por meio de microscopia eletrônica de varredura. Além disso, foi avaliada a interferência com a atividade de fosfolipase em C. albicans e foi realizado o ensaio de toxicidade aguda com a utilização do bioindicador Daphnia magna. Do mesmo modo, foi avaliado o percentual de viabilidade celular sobre fibroblastos L 929, realizada a citometria de fluxo para avaliar as alterações sobre F. oxysporum e foi elaborada uma formulação com cinamaldeído a 2 %. Os resultados mostraram que o cinamaldeído foi eficaz contra todos os micro-organismos testados, sendo mais ativo que os demais compostos avaliados. Foi ativo contra F. oxysporum, F. solani e E. floccosum, que não foram inibidos pelos fármacos de referência e mais ativo frente a T. rubrum. As eletromicrografias mostraram que o cinamaldeído provocou alterações nas estruturas dos fungos filamentosos e da levedura, as quais podem ser indicativas de seu mecanismo de ação e provocou redução na atividade de fosfolipase em C. albicans. Nos ensaios de toxicidade aguda, o cinamaldeído foi considerado moderadamente tóxico à D. magna e, abaixo de 1 µg/mL, não interferiu com a viabilidade celular em fibroblastos L 929. A citometria de fluxo mostrou que o cinamaldeído causou a redução na concentração de lipídios neutros, viabilidade celular e interferiu com a atividade mitocondrial de F. oxysporum. A formulação elaborada foi testada in vitro e inibiu T. mentagrophytes, F. oxysporum, M. gypseum e C. albicans. Os resultados obtidos são promissores, mas faz-se necessário verificar a permeabilidade do ativo na formulação e realizar os ensaios in vivo. |
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Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antifúngica de cinamaldeído, eugenol e α-metil-transcinamaldeído e desenvolver uma formulação para o tratamento contra os principais fungos causadores da onicomicose. Para tanto, foi avaliada a atividade antifúngica dos compostos, na concentração de 1000 µg/mL frente a Trichophyton mentagrophytes ATCC 11481; Fusarium oxysporum ATCC 48112, Fusarium solani ATCC 36031, Microsporum canis ATCC 32903, Microsporum gypseum ATCC 14683, Trichophyton rubrum URM 1666 e Epidermophyton floccosum CCF-IOC-3757. Além disso, foi estabelecida a concentração inibitória mínima (CIM), entre 0,12 a 1000 µg/mL para fungos filamentosos citados e T. mentagrophytes isolado clínico e 2,44 a 5000 µg/mL para Candida albicans ATCC 10231 e C. albicans isolado clínico e a concentração fungicida mínima (CFM) frente as mesmas espécies. O cetoconazol, a terbinafina, o itraconazol e a anfotericina B foram utilizados como fármacos de referência. Para estes fármacos e o composto mais promissor, foram verificadas as alterações morfológicas provocadas sobre as linhagens testadas por meio de microscopia eletrônica de varredura. Além disso, foi avaliada a interferência com a atividade de fosfolipase em C. albicans e foi realizado o ensaio de toxicidade aguda com a utilização do bioindicador Daphnia magna. Do mesmo modo, foi avaliado o percentual de viabilidade celular sobre fibroblastos L 929, realizada a citometria de fluxo para avaliar as alterações sobre F. oxysporum e foi elaborada uma formulação com cinamaldeído a 2 %. Os resultados mostraram que o cinamaldeído foi eficaz contra todos os micro-organismos testados, sendo mais ativo que os demais compostos avaliados. Foi ativo contra F. oxysporum, F. solani e E. floccosum, que não foram inibidos pelos fármacos de referência e mais ativo frente a T. rubrum. As eletromicrografias mostraram que o cinamaldeído provocou alterações nas estruturas dos fungos filamentosos e da levedura, as quais podem ser indicativas de seu mecanismo de ação e provocou redução na atividade de fosfolipase em C. albicans. Nos ensaios de toxicidade aguda, o cinamaldeído foi considerado moderadamente tóxico à D. magna e, abaixo de 1 µg/mL, não interferiu com a viabilidade celular em fibroblastos L 929. A citometria de fluxo mostrou que o cinamaldeído causou a redução na concentração de lipídios neutros, viabilidade celular e interferiu com a atividade mitocondrial de F. oxysporum. A formulação elaborada foi testada in vitro e inibiu T. mentagrophytes, F. oxysporum, M. gypseum e C. albicans. Os resultados obtidos são promissores, mas faz-se necessário verificar a permeabilidade do ativo na formulação e realizar os ensaios in vivo.Pharmacological treatment of onychomycosis is usually extended, halfhearted, high cost and can brings adverse reactions. In 25 % of cases, this therapy has no satisfactory answer. All of these factors lead to the search for new compounds for therapeutic use. Thus, this study aimed to evaluate the antifungal activity of cinnamaldehyde, eugenol, and α-methyl-trans-cinnamaldehyde and develop a formulation for the treatment against the main causative fungi of onychomicosis. It was evaluated the antifungal activity of compounds, at concentration of 1000 µg/mL against Trichophyton mentagrophytes ATTC 11481; Fusarium oxysporum ATCC 48112, Fusarium solani ATCC 36031, Microsporum canis ATCC 32903, Microsporum gypseum ATCC14683, Trichophyton rubrum URM 1666 and Epidermophyton floccosum CCF-IOC-3757. In addition, it was established the minimum inhibitory concentration (MIC), between the 0.12 to 1000 µg/mL for filamentous fungi cited and Trichophyton mentagrophytes clinical strain and 2.44 to 5000 µg/mL for C. albicans ATCC 10231 and C. albicans clinical strain and minimum fungicide concentration (MFC) against the same strains. Ketoconazole, terbinafine, itraconazole and amphotericin B were used as reference drugs. For these drugs and the most promising compound, were observed morphological changes caused on the tested strains by means of scanning electron microscopy. Furthermore, interference with phospholipase activity in C. albicans was evaluated and the acute toxicity test was developed with the use of bio-indicator Daphnia magna. As well, cell viability percentage was measured on L 929 fibroblast, flow cytometry was performed to assess the changes of F. oxysporum and a formulation with 2 % cinnamaldehyde was developed. The results show that cinnamaldehyde was effective against all tested microorganisms, being more active than the other compounds evaluated. It was active against F. oxysporum, F. solani and E. floccosum, which were not inhibited by the reference drugs and more active against T. rubrum. The micrographs showed that cinnamaldehyde caused changes in the structure of filamentous fungi and yeast, which may be indicative of their mechanism of action and caused reduction of phospholipase activity in C. albicans. In acute toxicity tests, the cinnamaldehyde was considered moderately toxic to D. magna and below 1 µg/mL did not interfere with cell viability in L 929 fibroblasts. Flow cytometry showed that cinnamaldehyde caused reduction in the concentration of neutral lipids, cell viability and interfered with mitochondrial activity of F. oxysporum. The formulation prepared was tested in vitro and inhibited T. mentagrophytes, F. oxysporum, M. gypseum and C. albicans. The results are promising, but it is necessary to check the permeability of the active in the formulation and conduct in vivo testing.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e BiotecnologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASOnicomicoseAntifúngicosCinamaldeídoEugenolα-metil-trans-cinamaldeídoOnychomycosisAntifungal agentsCinnamaldehydeEugenolα-methyl-trans-cinnamaldehydeAtividade antifúngica de compostos derivados do ácido cinâmico no tratamento da onicomicoseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTfrancislenejulianamartins.pdf.txtfrancislenejulianamartins.pdf.txtExtracted texttext/plain287172https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2255/3/francislenejulianamartins.pdf.txt43a78281cb25c80f03baab4fc57f5c90MD53THUMBNAILfrancislenejulianamartins.pdf.jpgfrancislenejulianamartins.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1230https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2255/4/francislenejulianamartins.pdf.jpg1fd2876e0f3f6d369de1043810b89f7fMD54ORIGINALfrancislenejulianamartins.pdffrancislenejulianamartins.pdfapplication/pdf1737993https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2255/1/francislenejulianamartins.pdf27ec207170bc8ac0b2a6304d77c95420MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2255/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/22552019-11-07 12:43:22.037oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2255TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:22Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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