Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Kelly da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11729
Resumo: A presente tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, pretendeu investigar a seguinte questão: como as egressas cotistas do curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG-Belo Horizonte se construíram como professoras e lidam com a temática da interseccionalidade entre gênero e raça no espaço da sala de aula? E, ainda, como se sustenta a sua atuação nas instituições escolares? Para tal, observaram-se tanto a formação inicial quanto a continuada, considerando que o fazer-se professora diz de um processo contínuo que vai da entrada na graduação às questões do exercício da docência que nos convocam constantemente a colocar nossas formas de pensar e agir sob suspeita, o que nos dessubjetiva-subjetiva. Inicialmente, buscou-se conhecer como se constituíram as histórias do movimento feminista e do movimento feminista negro. Em seguida, procede-se a uma relação com possíveis construções que as vinculam ao processo de desenvolvimento de políticas públicas para cotas, posteriormente, aos estudos sobre gênero e raça e a composição de identidades e subjetividades. Como procedimentos metodológicos desta pesquisa, foram utilizadas a análise dos documentos que produzem discursos sobre a política de cotas e como eles estão dizendo da relação entre raça e gênero na Universidade pública, especialmente na UEMG, e a produção da área. Para além desses procedimentos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex-alunas cotistas do curso de Pedagogia da UEMG-BH e que hoje estão em sala de aula. A trajetória escolar das entrevistadas até o Ensino Médio demonstra que elas sofreram violência, discriminação e preconceito racial desde a Educação Infantil. Algumas citaram a importância das políticas de ações afirmativas e a necessidade de que os professores estejam capacitados para lidar com a temática em sala de aula e em todo ambiente escolar. Descrevem que não viram na infância e adolescência ações de suas professoras para inibirem as violências que sofriam e que, ainda hoje, existem muitas barreiras para atuarem com a temática. No entanto, existem mais possibilidades para o desenvolvimento de práticas que contribuem para a eliminação do racismo na escola. Essas mulheres alcançaram o sucesso escolar e hoje demonstram, em suas narrativas, que contribuem para uma educação antirracista que passa desde o tratamento diferente do que tiveram na infância ao contato com os colegas e à conscientização destes para que a temática tanto de gênero como de raça tenha espaço no ambiente escolar, acolhendo estudantes.
id UFJF_1f886d0809a6e3cc0d3db4b4efd041f7
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11729
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Ferrari, Andersonhttp://lattes.cnpq.br/Bezerra-Perez, Carolina dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/1222694716511355Castro, Roney Polato dehttp://lattes.cnpq.br/8537816801948657Herneck, Heloisa Raimundahttp://lattes.cnpq.br/2806155165615443Miranda, Vanessa Regina Eleutériohttp://lattes.cnpq.br/8162570450139070http://lattes.cnpq.br/Silva, Kelly da2020-10-20T21:01:47Z2020-09-242020-10-20T21:01:47Z2020-02-19https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11729A presente tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, pretendeu investigar a seguinte questão: como as egressas cotistas do curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG-Belo Horizonte se construíram como professoras e lidam com a temática da interseccionalidade entre gênero e raça no espaço da sala de aula? E, ainda, como se sustenta a sua atuação nas instituições escolares? Para tal, observaram-se tanto a formação inicial quanto a continuada, considerando que o fazer-se professora diz de um processo contínuo que vai da entrada na graduação às questões do exercício da docência que nos convocam constantemente a colocar nossas formas de pensar e agir sob suspeita, o que nos dessubjetiva-subjetiva. Inicialmente, buscou-se conhecer como se constituíram as histórias do movimento feminista e do movimento feminista negro. Em seguida, procede-se a uma relação com possíveis construções que as vinculam ao processo de desenvolvimento de políticas públicas para cotas, posteriormente, aos estudos sobre gênero e raça e a composição de identidades e subjetividades. Como procedimentos metodológicos desta pesquisa, foram utilizadas a análise dos documentos que produzem discursos sobre a política de cotas e como eles estão dizendo da relação entre raça e gênero na Universidade pública, especialmente na UEMG, e a produção da área. Para além desses procedimentos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex-alunas cotistas do curso de Pedagogia da UEMG-BH e que hoje estão em sala de aula. A trajetória escolar das entrevistadas até o Ensino Médio demonstra que elas sofreram violência, discriminação e preconceito racial desde a Educação Infantil. Algumas citaram a importância das políticas de ações afirmativas e a necessidade de que os professores estejam capacitados para lidar com a temática em sala de aula e em todo ambiente escolar. Descrevem que não viram na infância e adolescência ações de suas professoras para inibirem as violências que sofriam e que, ainda hoje, existem muitas barreiras para atuarem com a temática. No entanto, existem mais possibilidades para o desenvolvimento de práticas que contribuem para a eliminação do racismo na escola. Essas mulheres alcançaram o sucesso escolar e hoje demonstram, em suas narrativas, que contribuem para uma educação antirracista que passa desde o tratamento diferente do que tiveram na infância ao contato com os colegas e à conscientização destes para que a temática tanto de gênero como de raça tenha espaço no ambiente escolar, acolhendo estudantes.The present thesis, developed in the Graduate Program in Education of the Federal University of Juiz de Fora, intended to investigate the following question: how did the students of the Pedagogy course of the State University of Minas Gerais - UEMG-Belo Horizonte build themselves as teachers and deal with the theme of intersectionality between gender and race in the classroom space? And also, how do they sustain their performance in school institutions? In order to do so, both the initial and the continuous training have been observed, considering that to become a teacher says of a continuous process that goes from the entrance to graduation to the questions of the teaching exercise that constantly summon us to put our ways of thinking and acting under suspicion, which desubjective-subjective. Initially, we sought to know how the stories of the feminist movement and the black feminist movement were formed. Then a relationship is made with possible constructions that link them to the process of developing public policies for quotas, later, to studies on gender and race and the composition of identities and subjectivities. As methodological procedures of this research, the analysis of documents that produce discourses on quota policy and how they are telling about the relationship between race and gender at the public university, especially at UEMG, and the production of the area were used. In addition to these procedures, semi-structured interviews were carried out with former students of the Pedagogy course at UEMG-BH who are now in the classroom. The school trajectory of the interviewees until high school shows that they have suffered violence, discrimination and racial prejudice since early childhood education. Some cited the importance of affirmative action policies and the need for teachers to be trained to deal with the issue in the classroom and throughout the school environment. They describe that they did not see in childhood and adolescence the actions of their teachers to inhibit the violence they suffered and that, even today, there are many barriers to act with the issue. However, there are more possibilities for the development of practices that contribute to the elimination of racism at school. These women have achieved success in school and today demonstrate in their accounts that they contribute to an antirracist education that goes from different treatment than they had in childhood to contact with their peers and raising their awareness so that the theme of both gender and race has space in the school environment, welcoming students.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOGêneroRaçaProfessoras negrasPolítica de cotasGenderRaceBlack teachersQuotas policyTrajetórias de professoras negras: educação, gênero e raçainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/3/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD53ORIGINALkellydasilva.pdfkellydasilva.pdfPDF/Aapplication/pdf1873292https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/1/kellydasilva.pdf6c7a00307b2e77ebe79130b61ac30641MD51TEXTkellydasilva.pdf.txtkellydasilva.pdf.txtExtracted texttext/plain581888https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/4/kellydasilva.pdf.txtcf6f44e109ef7a3c975fdce4bcd40969MD54THUMBNAILkellydasilva.pdf.jpgkellydasilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1114https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/5/kellydasilva.pdf.jpg320ff3976c08880926597edf3e6f04b6MD55ufjf/117292020-10-21 04:08:00.124oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11729TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-10-21T06:08Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
title Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
spellingShingle Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
Silva, Kelly da
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Gênero
Raça
Professoras negras
Política de cotas
Gender
Race
Black teachers
Quotas policy
title_short Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
title_full Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
title_fullStr Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
title_full_unstemmed Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
title_sort Trajetórias de professoras negras: educação, gênero e raça
author Silva, Kelly da
author_facet Silva, Kelly da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ferrari, Anderson
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Bezerra-Perez, Carolina dos Santos
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1222694716511355
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Castro, Roney Polato de
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8537816801948657
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Herneck, Heloisa Raimunda
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2806155165615443
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Miranda, Vanessa Regina Eleutério
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8162570450139070
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Kelly da
contributor_str_mv Ferrari, Anderson
Bezerra-Perez, Carolina dos Santos
Castro, Roney Polato de
Herneck, Heloisa Raimunda
Miranda, Vanessa Regina Eleutério
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Gênero
Raça
Professoras negras
Política de cotas
Gender
Race
Black teachers
Quotas policy
dc.subject.por.fl_str_mv Gênero
Raça
Professoras negras
Política de cotas
Gender
Race
Black teachers
Quotas policy
description A presente tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, pretendeu investigar a seguinte questão: como as egressas cotistas do curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG-Belo Horizonte se construíram como professoras e lidam com a temática da interseccionalidade entre gênero e raça no espaço da sala de aula? E, ainda, como se sustenta a sua atuação nas instituições escolares? Para tal, observaram-se tanto a formação inicial quanto a continuada, considerando que o fazer-se professora diz de um processo contínuo que vai da entrada na graduação às questões do exercício da docência que nos convocam constantemente a colocar nossas formas de pensar e agir sob suspeita, o que nos dessubjetiva-subjetiva. Inicialmente, buscou-se conhecer como se constituíram as histórias do movimento feminista e do movimento feminista negro. Em seguida, procede-se a uma relação com possíveis construções que as vinculam ao processo de desenvolvimento de políticas públicas para cotas, posteriormente, aos estudos sobre gênero e raça e a composição de identidades e subjetividades. Como procedimentos metodológicos desta pesquisa, foram utilizadas a análise dos documentos que produzem discursos sobre a política de cotas e como eles estão dizendo da relação entre raça e gênero na Universidade pública, especialmente na UEMG, e a produção da área. Para além desses procedimentos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex-alunas cotistas do curso de Pedagogia da UEMG-BH e que hoje estão em sala de aula. A trajetória escolar das entrevistadas até o Ensino Médio demonstra que elas sofreram violência, discriminação e preconceito racial desde a Educação Infantil. Algumas citaram a importância das políticas de ações afirmativas e a necessidade de que os professores estejam capacitados para lidar com a temática em sala de aula e em todo ambiente escolar. Descrevem que não viram na infância e adolescência ações de suas professoras para inibirem as violências que sofriam e que, ainda hoje, existem muitas barreiras para atuarem com a temática. No entanto, existem mais possibilidades para o desenvolvimento de práticas que contribuem para a eliminação do racismo na escola. Essas mulheres alcançaram o sucesso escolar e hoje demonstram, em suas narrativas, que contribuem para uma educação antirracista que passa desde o tratamento diferente do que tiveram na infância ao contato com os colegas e à conscientização destes para que a temática tanto de gênero como de raça tenha espaço no ambiente escolar, acolhendo estudantes.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-10-20T21:01:47Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-09-24
2020-10-20T21:01:47Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11729
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11729
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Educação
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Educação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/1/kellydasilva.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/4/kellydasilva.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11729/5/kellydasilva.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
ffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1
6c7a00307b2e77ebe79130b61ac30641
cf6f44e109ef7a3c975fdce4bcd40969
320ff3976c08880926597edf3e6f04b6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661285303058432