A escrita de Conceição Evaristo como possibilidade de um novo olhar para o sujeito feminino negro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Elisângela Oliveira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4670
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo a obra Olhos d’água (2014) de Conceição Evaristo. Trata-se de uma coletânea de contos, em que a autora denuncia a violência na periferia, por meio de uma literatura primorosa e engajada. Pretendemos mostrar que Olhos d’agua (2014), assume importantíssimo papel na crítica literária por romper com paradigmas sociais impostos por anos, e por colocar a mulher negra em papel de destaque enquanto autora de sua própria história. Exploram-se, neste trabalho, características estruturais do conto, que lhe conferem autenticidade e originalidade; a extrema violência e opressão vivenciadas por mulheres negras e pobres, comumente negligenciadas pelo restante da sociedade; e a incorporação na narrativa dos três elementos constituintes da tragédia. A hipótese interpretativa com a qual se trabalha é a de que Evaristo (2014), apesar das dificuldades encontradas pela mulher negra de modo geral, somados a anos de exclusão social, conseguiu com Olhos d’água (2014) transformar dor em sofrimento compartilhado, ao dar voz àqueles que por anos foram tirados de cena pela sociedade. Como forma de validação da hipótese, aborda-se uma série de trabalhos teóricos que versam sobre a problemática do preconceito de cor. Para isso, propomos uma síntese do pensamento de alguns dos principais intelectuais da diáspora, sendo eles: Edouard Glissant, Franz Fanon e Paul Gilroy. Concomitantemente, no intuito de melhor compreender o caráter sofisticado e complexo da obra, investigam-se nos contos os elementos constituintes da tragédia, a partir dos teóricos Romilly (2008), Grimal (1978); Willians (2002) e Aristóteles (2008). Por fim, analisa-se a narrativa pelo viés da autoficção. Nossa hipótese, baseada em Faedrich (2014) é a de que a autoficção, um novo gênero literário ainda em processo de conceituação, coopera para o desnudamento do sujeito, que escreve para aliviar a dor.
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Exploram-se, neste trabalho, características estruturais do conto, que lhe conferem autenticidade e originalidade; a extrema violência e opressão vivenciadas por mulheres negras e pobres, comumente negligenciadas pelo restante da sociedade; e a incorporação na narrativa dos três elementos constituintes da tragédia. A hipótese interpretativa com a qual se trabalha é a de que Evaristo (2014), apesar das dificuldades encontradas pela mulher negra de modo geral, somados a anos de exclusão social, conseguiu com Olhos d’água (2014) transformar dor em sofrimento compartilhado, ao dar voz àqueles que por anos foram tirados de cena pela sociedade. Como forma de validação da hipótese, aborda-se uma série de trabalhos teóricos que versam sobre a problemática do preconceito de cor. Para isso, propomos uma síntese do pensamento de alguns dos principais intelectuais da diáspora, sendo eles: Edouard Glissant, Franz Fanon e Paul Gilroy. Concomitantemente, no intuito de melhor compreender o caráter sofisticado e complexo da obra, investigam-se nos contos os elementos constituintes da tragédia, a partir dos teóricos Romilly (2008), Grimal (1978); Willians (2002) e Aristóteles (2008). Por fim, analisa-se a narrativa pelo viés da autoficção. Nossa hipótese, baseada em Faedrich (2014) é a de que a autoficção, um novo gênero literário ainda em processo de conceituação, coopera para o desnudamento do sujeito, que escreve para aliviar a dor.This research has as object of study the work "Olhos d’água" by Conceição Evaristo (2014). It is a collection of short stories, in which the author denounces violence in the periphery, through a primordial and engaged literature. We intend to show that "Olhos d'água" plays a very important role in literary criticism by breaking with social paradigms imposed through the years, and by placing black women in a prominent role as author of their own history. In this work we explore the structural characteristics of the short story, which give it authenticity and originality; The extreme violence and oppression experienced by black and poor women, commonly neglected by the rest of society; And the incorporation into the narrative of the three constituent elements of the tragedy. The interpretative hypothesis with which we work is that EVARISTO (2014), despite the difficulties encountered by black women in general, added to years of social exclusion, managed with "Eyes of water" to transform pain into shared suffering by giving voice to those who for years have been obscured by society. As a way of validating the hypothesis, a series of theoretical studies dealing with the problem of color prejudice is proposed, such as: (FANON (1983), GILROY (2012) and GLISSANT (2013-2014)). And to understand the complex and sophisticated character of the work, the constituents of the tragedy are investigated in four short stories from the theoreticians (Romilly (2008), GRIMAL (1978), WILLIANS (2002) and ARISTOTELES (2008)). Finally, the narrative is analyzed as Autofiction. Our hypothesis, based on FAEDRICH (2014), is that autofiction, a new literary genre still in the process of conceptualization, cooperates for the undressing of the subject, who writes to relieve pain, "to recover the skin, brutally wrenched from disappointment with people, with life, with the world "(FAEDRICH, 2014, 144).porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos LiteráriosUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASMulheres negrasViolênciaConceição EvaristoBlack womenViolenceConceição EvaristoA escrita de Conceição Evaristo como possibilidade de um novo olhar para o sujeito feminino negroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTelisangelaoliveiragomes.pdf.txtelisangelaoliveiragomes.pdf.txtExtracted texttext/plain270387https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4670/3/elisangelaoliveiragomes.pdf.txt3630d1cec8b6c9cc2a4d7e57769aec33MD53THUMBNAILelisangelaoliveiragomes.pdf.jpgelisangelaoliveiragomes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1141https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4670/4/elisangelaoliveiragomes.pdf.jpg91ffe69caaeea51a93a1cb8f6f3c062aMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4670/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ORIGINALelisangelaoliveiragomes.pdfelisangelaoliveiragomes.pdfapplication/pdf1113260https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4670/1/elisangelaoliveiragomes.pdfa619c61c12c8f9e10de7e46401a0b6d9MD51ufjf/46702019-06-16 06:19:30.657oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4670TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:19:30Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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