Cartuxos em casa, apóstolos nas aldeias: a espiritualidade lazarista e a reforma católica no bispado de Mariana (1820 -1890)
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10013 |
Resumo: | Criada no século XVII por São Vicente de Paulo, a Congregação da Missão logo se estabeleceu como uma das maiores forças na reforma do clero francês. Valendo-se do sistema de circulação impessoal de ideias, próprio do sistema retórico-teológico em que estavam inseridos, os religiosos dessa comunidade desenvolveram uma piedade que comportava ao mesmo tempo um rigorismo moral ascético de afastamento do mundo, e um forte senso missionário como foi muito comum em outras comunidades religiosas da época. Uma vez tendo organizado e sistematizado esses princípios nas Regras ou Constituições Comuns da Congregação da Missão, os lazaristas consolidaram uma espiritualidade que durou por vários séculos. No ano de 1820, vindos de Portugal, aportaram em terras brasileiras os dois primeiros vicentinos que logo se estabeleceram na Serra do Caraça, onde fundaram um colégio que também foi utilizado como centro estratégico de missões. Enquanto aqui estiveram, os lazaristas realizaram atividades muito parecidas com aquelas desenvolvidas na França do século XVII, a saber a pregação de missões e a formação do clero. Para auxiliá-los nessa tarefa os congregados se apropriam de seu secular corpus espiritual imprimindo em suas ações a vocação moralmente rígida e ascética e ao mesmo tempo desenvolvendo o zelo pela pregação do evangelho nas comunidades rurais da Província de Minas. Dado ao hiato histórico que separa os lazaristas do século XVII e do XIX, é de se esperar que encontrássemos não apenas continuidades, mas também muitas descontinuidades entre as práticas da fundação e as do Brasil oitocentista. Exemplo disso é a maior atenção dada pelos lazaristas “brasileiros” a formação da juventude nacional e também um projeto por parte desses missionários de implementar, junto com seus demais ofícios religiosos, a noção de uma civilização católica aos moldes do ultramontanismo. Sendo assim, o presente trabalho, além de realizar uma análise da espiritualidade lazarista, pretenderá compreender como as releituras e apropriações dessa mesma foram mobilizadas no cenário da reforma católica ocorrida no Império do Brasil durante o período em que aqui estiveram esses religiosos. |
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Uma vez tendo organizado e sistematizado esses princípios nas Regras ou Constituições Comuns da Congregação da Missão, os lazaristas consolidaram uma espiritualidade que durou por vários séculos. No ano de 1820, vindos de Portugal, aportaram em terras brasileiras os dois primeiros vicentinos que logo se estabeleceram na Serra do Caraça, onde fundaram um colégio que também foi utilizado como centro estratégico de missões. Enquanto aqui estiveram, os lazaristas realizaram atividades muito parecidas com aquelas desenvolvidas na França do século XVII, a saber a pregação de missões e a formação do clero. Para auxiliá-los nessa tarefa os congregados se apropriam de seu secular corpus espiritual imprimindo em suas ações a vocação moralmente rígida e ascética e ao mesmo tempo desenvolvendo o zelo pela pregação do evangelho nas comunidades rurais da Província de Minas. Dado ao hiato histórico que separa os lazaristas do século XVII e do XIX, é de se esperar que encontrássemos não apenas continuidades, mas também muitas descontinuidades entre as práticas da fundação e as do Brasil oitocentista. Exemplo disso é a maior atenção dada pelos lazaristas “brasileiros” a formação da juventude nacional e também um projeto por parte desses missionários de implementar, junto com seus demais ofícios religiosos, a noção de uma civilização católica aos moldes do ultramontanismo. Sendo assim, o presente trabalho, além de realizar uma análise da espiritualidade lazarista, pretenderá compreender como as releituras e apropriações dessa mesma foram mobilizadas no cenário da reforma católica ocorrida no Império do Brasil durante o período em que aqui estiveram esses religiosos.Created in the XVII century by Saint Vincent de Paul, the Congregation of the Mission become one of the most important forces of the catholic reform in France. Using the impersonal system of circulation of ideas, typical of the rhetoric-theological regime in which they were inserted, the membres this comunity desenvolved one piety which contemplated at the same time one ascetic moral rigorism and one strong sense of to preach missions, how was common in others religious comunitys in its times. Once they had organized and systematized these principles into the Common Rules or Constitutions of the Congregation of the Mission, the Lazarists consolidated a spirituality that lasted for several centuries. In the year 1820, from Portugal, arrived in brazilian lands the first vincentians fathers which were established in the Serra do Caraça, where they founded one school and one advanced post to the missions. While here, the lazarists performed activities very similar to those carried out in France in the 17th century, that is the missions and the formation of the clerics. To help them in thes affairs the lazarists appropriated to their secular spiritual corpus impressing on their actions: the morally rigid and ascetic vocation and at the same time developing zeal for the preaching of the gospel in the rural communities in the Province of Minas. Due to the historical gap that separates the lazarists of the seventeenth and nineteenth centuries, it is to be expected that we find not only continuities, but also many discontinuities between the practices of the foundation and those of nineteenth-century Brazil. An example of this is the greater attention given by the "brazilian" Lazarists to the formation of national youth and also a project by these missionaries to implement, together with their other religious offices, the notion of a Catholic civilization in the molds of ultramontanism. Thus, the present work, in addition to performing an analysis of the lazarist spirituality, intends to understand how the re-readings and appropriations of the same were mobilized in the scenario of Catholic reform in the Empire of Brazil during the period in which these religious were here.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em HistóriaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIACongregação da missãoMissõesEspiritualidadeCongregation of the missionMissionsSpiritualityCartuxos em casa, apóstolos nas aldeias: a espiritualidade lazarista e a reforma católica no bispado de Mariana (1820 -1890)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILthalescontinfernandes.pdf.jpgthalescontinfernandes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10013/4/thalescontinfernandes.pdf.jpg7d5e49950410661b87a9c9392d4e0067MD54ORIGINALthalescontinfernandes.pdfthalescontinfernandes.pdfapplication/pdf1521023https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10013/1/thalescontinfernandes.pdf5c838202d5a6e2cd52d9995e175da66cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10013/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTthalescontinfernandes.pdf.txtthalescontinfernandes.pdf.txtExtracted texttext/plain475639https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10013/3/thalescontinfernandes.pdf.txtc1edab44015d590171bac5c035c947a0MD53ufjf/100132019-06-16 13:45:01.469oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10013TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T16:45:01Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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