Um estudo sobre a violência doméstica contra a mulher no Estado de Minas Gerais durante a pandemia do coronavírus

• Autor(a) principal: Villanova, Vitória Alves Von-Sohsten
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13906
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO; Violência doméstica; Cultural; Relações familiares; Domestic violence; Family relationships

O presente trabalho visa analisar o aumento ou diminuição dos casos de violência doméstica contra a mulher ocorridos durante a pandemia, especialmente durante o ano de 2020, que trouxe consigo o advento do isolamento social, utilizando como parâmetro o Estado de Minas Gerais. Para tanto, o estudo visa entender as relações culturais que afetam o convívio entre homens, mulheres e suas famílias, a fim de identificar se há conexão de influência entre estas relações culturais e os casos de violência doméstica, bem como os motivos que levam tais fatos a ocorrer com tanta frequência. Adotaremos uma análise qualitativa, realizando uma necessária descrição e exploração do tema, com resgates conceituais e teóricos para situar o debate, explorando estudos bibliográficos-doutrinários, jurídico-legais, estatísticas oficiais, bem como análise crítica dos dados obtidos. O que se verifica é que, com a ocorrência da pandemia do COVID-19 e decorrência de maior tempo de isolamento social, apresentou-se a diminuição de registros de casos de violência, sobretudo atingindo índices menores, se comparados a outras ocasiões, principalmente contra a mulher, revelando cifras preocupantes, ao mesmo tempo em que reafirma aspectos diversos que remontam o machismo, a misoginia e intolerâncias contra a mulher, evidenciando fatores que precisam ser enfrentados, na implementação de políticas públicas de combate à violência de gênero. Embora o registro de casos de violência doméstica tenha diminuído, tal fato não significa que houve redução da violência e criminalidade contra a mulher, de forma que cabe discutir o silenciamento e outras limitações nas denúncias por parte das mulheres, tendo em vista o fato de que o agressor permaneceu em casa por mais tempo.