A assistência pré-natal segundo os profissionais de saúde e as usuárias do Programa de Saúde da Família em Juiz de Fora - MG

• Autor(a) principal: Coutinho, Tadeu
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Coutinho, Larissa Milani, Andrade, Bruna Pires Guerra de, Cardoso, Raquel Lamas
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9293
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; -

Introdução/ Justificativa: Em Juiz de Fora/MG, os índices preocupantes de mortalidade materna (razão média = 97/100mil nascidos vivos, entre 1996e 2004) motivaram uma análise da evolução de adequação da assistência pré-natal, realizada entre 2002 e 2004, que constatou alta cobertura (99%)e baixa adequação do atendimento prestado no município. Entre os principais serviços locais, o Programa de Saúde da Família (PSF) apresentou apior evolução. Tendo em vista que a gestação é fortemente influenciada pelas características socioeconômico-culturais da população, facilidade deacesso e qualidade dos serviços de saúde locais, e que as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) deverão ser responsáveis, num futuropróximo, pela assistência majoritária às gestações de baixo risco em nosso município, o presente trabalho pretende avaliar a percepção de usuáriase profissionais de saúde sobre a qualidade do pré-natal prestado pelo PSF e comparar com o atendimento das equipes tradicionais do SistemaÚnico de Saude (SUS). Desenvolvimento: No segundo semestre de 2007, foram aplicados questionários a: 1) 50 puérperas atendidas pelo PSF e 50pelo SUS tradicional (grupo controle), equivalentes no perfil epidemiológico e na utilização da assistência; 2) 50 profissionais de saúde pertencentes aequipes do PSF. A análise estatística utilizou o teste de Ç2, com 5% de significância. Resultados: A qualidade da atenção foi considerada adequadamajoritariamente pelos dois grupos de pacientes (PSF: 80% vs controle: 90%; p>0,05). Contudo, foram identificadas lacunas na assistência prestadapelo Programa, dentre as quais podemos destacar a dificuldade de agendamento da consulta inicial que foi significativamente maior entre as usuáriasdo PSF (PSF: 84% vs controle: 12%; p<0,001). A maioria dos profissionais mostrou-se insatisfeita quanto ao papel dos gestores (68%) e à atuaçãoparticipativa da população (61%) na adequação do atendimento pelo PSF, mas considerou adequada a sua própria participação (82%). Conclusão: Aavaliação positiva apenas das usuárias sobre o pré-natal prestado pelo PSF sugere a inexistência de uma relação estreita e coordenada entre osprofissionais e os gestores, que é fundamental para a melhoria da atenção municipal ao ciclo gravídico-puerperal.