Uso do escore prognóstico APACHE II e ATN-ISS em insuficiência renal aguda tratada dentro e fora da unidade de terapia intensiva
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Data de Publicação: | 2009 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302009000400019 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8647 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A insuficiência renal aguda (IRA) mantém alta prevalência, morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Comparar o uso do escore prognóstico APACHE II com o ATN-ISS e determinar se o APACHE II pode ser utilizado para pacientes com IRA, fora da UTI. MÉTODOS: Coorte prospectiva, 205 pacientes com IRA. Analisamos dados demográficos, condições pré-existentes, falência de órgãos e características da IRA. Os escores prognósticos foram realizados no dia da avaliação do nefrologista. RESULTADOS: A média de idade foi 52 ± 18 anos, 50% eram do sexo masculino, 69% eram brancos, 45% foram tratados em UTI e 55% em outras unidades. A mortalidade no grupo UTI foi 85% e no grupo não-UTI foi 18%. Os fatores que se correlacionaram com maior mortalidade foram mais prevalentes na UTI: idade, sexo masculino, IRA hospitalar, falência de órgãos, sepse, IRA séptica, oligúria e necessidade dialítica. No contexto geral, os marcadores prognósticos foram os mesmos para os grupos UTI e não-UTI. O APACHE II obteve discriminação similar nos grupos UTI e não-UTI e sua calibração foi melhor no grupo não-UTI. O ATN-ISS obteve boa discriminação tanto no grupo UTI quanto não-UTI, porém, com relação à calibração houve discreta superestimação da mortalidade no grupo não-UTI. O ATN-ISS apresentou melhor capacidade de discriminação do que o APACHE II nos grupos UTI e não-UTI. CONCLUSÃO: Concluímos que os escores APACHE II e ATN-ISS podem ser utilizados para a estratificação de risco em pacientes com IRA tratados fora da UTI em nosso meio. |
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Os fatores que se correlacionaram com maior mortalidade foram mais prevalentes na UTI: idade, sexo masculino, IRA hospitalar, falência de órgãos, sepse, IRA séptica, oligúria e necessidade dialítica. No contexto geral, os marcadores prognósticos foram os mesmos para os grupos UTI e não-UTI. O APACHE II obteve discriminação similar nos grupos UTI e não-UTI e sua calibração foi melhor no grupo não-UTI. O ATN-ISS obteve boa discriminação tanto no grupo UTI quanto não-UTI, porém, com relação à calibração houve discreta superestimação da mortalidade no grupo não-UTI. O ATN-ISS apresentou melhor capacidade de discriminação do que o APACHE II nos grupos UTI e não-UTI. CONCLUSÃO: Concluímos que os escores APACHE II e ATN-ISS podem ser utilizados para a estratificação de risco em pacientes com IRA tratados fora da UTI em nosso meio.INTRODUCTION: Acute renal failure (ARF) remains highly prevalent with a high rate of morbidity and mortality. OBJECTIVE: of this study was to compare use of the APACHE II scoring prognosis with that of the ATN-ISS to determine whether the APACHE II could be used for patients with ARF outside the ICU. METHODS: For this purpose,, 205 patients with ARF were accompanied in a prospective cohort. Demographic data, preexisting conditions, organ failure and characteristics of ARF were analyzed. The prognostic scores were performed with the assessment of a nephrologist. RESULTS: The mean age was 52 ± 18 years, 50% were male, 69% were white, 45% were treated in ICU and 55% in other units. Mortality in the ICU group was 85% and in the non-ICU group 18%. Factors that correlated with higher mortality were more prevalent in the ICU group: age, male, hospitalization with ARF, organ failure, sepsis, septic IRA, oliguria and need of dialysis. Overall, the prognostic markers were the same for both the ICU and non-ICU groups. The discrimination with the APACHE II was similar in both, ICU and non-ICU groups and calibration was better in the non-ICU group. The ATN-ISS achieved good discrimination in both the ICU and non-ICU groups, but, regarding calibration, there was a discreet over estimating of mortality in the non-ICU group. The ATN-ISS showed a greater capacity for discrimination than the APACHE II in both the ICU and non-ICU groups. CONCLUSION: It was concluded that the APACHE II and ATN-ISS scores could be used for stratification of risk in patients with ARF treated outside of the ICU in Brazil.por--BrasilRevista da Associação Médica Brasileira-APACHE IIATN-ISSInsuficiência renal agudaUnidade de terapia intensivaAPACHE IIATN-ISSAcute renal failureIntensive care unitUso do escore prognóstico APACHE II e ATN-ISS em insuficiência renal aguda tratada dentro e fora da unidade de terapia intensivaAPACHE II and ATN-ISS in acute renal failure (ARF) in intensive care unit (ICU) and non-ICUinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleFernandes, Natáia Maria da SilvaPinto, Patrícia dos SantosLacet, Thiago Bento de PaivaRodrigues, Dominique FonsecaBastos, Marcus GomesStella, Sérgio ReinaldoCendoroglo Neto, Miguelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILUso do escore prognóstico.pdf.jpgUso do escore prognóstico.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1699https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8647/4/Uso%20do%20escore%20progn%c3%b3stico.pdf.jpg8a40e4ede86213a7beef88cd6b583c23MD54ORIGINALUso do escore prognóstico.pdfUso do escore prognóstico.pdfapplication/pdf471109https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8647/1/Uso%20do%20escore%20progn%c3%b3stico.pdf651aced20646716e54d33b451ce0d336MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8647/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTUso do escore prognóstico.pdf.txtUso do escore prognóstico.pdf.txtExtracted texttext/plain45695https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8647/3/Uso%20do%20escore%20progn%c3%b3stico.pdf.txtf40eee9142a7bc57a8d2f323b6a3e7d0MD53ufjf/86472019-06-16 09:15:33.474oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8647TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T12:15:33Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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INTRODUÇÃO: A insuficiência renal aguda (IRA) mantém alta prevalência, morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Comparar o uso do escore prognóstico APACHE II com o ATN-ISS e determinar se o APACHE II pode ser utilizado para pacientes com IRA, fora da UTI. MÉTODOS: Coorte prospectiva, 205 pacientes com IRA. Analisamos dados demográficos, condições pré-existentes, falência de órgãos e características da IRA. Os escores prognósticos foram realizados no dia da avaliação do nefrologista. RESULTADOS: A média de idade foi 52 ± 18 anos, 50% eram do sexo masculino, 69% eram brancos, 45% foram tratados em UTI e 55% em outras unidades. A mortalidade no grupo UTI foi 85% e no grupo não-UTI foi 18%. Os fatores que se correlacionaram com maior mortalidade foram mais prevalentes na UTI: idade, sexo masculino, IRA hospitalar, falência de órgãos, sepse, IRA séptica, oligúria e necessidade dialítica. No contexto geral, os marcadores prognósticos foram os mesmos para os grupos UTI e não-UTI. O APACHE II obteve discriminação similar nos grupos UTI e não-UTI e sua calibração foi melhor no grupo não-UTI. O ATN-ISS obteve boa discriminação tanto no grupo UTI quanto não-UTI, porém, com relação à calibração houve discreta superestimação da mortalidade no grupo não-UTI. O ATN-ISS apresentou melhor capacidade de discriminação do que o APACHE II nos grupos UTI e não-UTI. CONCLUSÃO: Concluímos que os escores APACHE II e ATN-ISS podem ser utilizados para a estratificação de risco em pacientes com IRA tratados fora da UTI em nosso meio. |
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