Impacto do programa Minas Consciente na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, na pandemia da COVID-19, 2020

• Autor(a) principal: Pereira, Juliana Paula
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00244; https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14662
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; COVID-19; Vigilância epidemiológica; Pandemias; Epidemiological surveillance; Pandemics

INTRODUÇÃO: a pandemia da COVID-19 surgiu como um grande desafio em nível global. Estratégias não farmacológicas foram implementadas no intuito de conter a disseminação do vírus. No entanto, sua implementação não foi equânime entre os países ou dentro deles. O Brasil foi uma das federações mais acometidas em 2020, a falta de um direcionamento efetivo em nível federal culminou em uma linha de frente elaborada e executada pelos estados e municípios. Em Minas Gerais, foi organizado um programa de reabertura comercial em formato de ondas, o Minas Consciente, em que determinada região poderia avançar ou retroceder de acordo com critério preestabelecidos. Assim, o governo estadual buscava gerenciar os riscos da epidemia e fomentar a economia, tendo em vista os problemas econômicos e sociais advindos das ações não farmacológicas. OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi avaliar impactos do programa Minas Consciente em Juiz de Fora, cidade de médio porte do estado de Minas Gerais, no ano de 2020, analisando dados de mobilidade, evolução de casos suspeitos pela data do primeiro sintoma, e ocupação de leitos de terapia intensiva e leitos de enfermaria. RESULTADOS: em 2020, a cidade totalizou 13,444 casos notificados, com pico de concentração na 51ª semana epidemiológica. Com a transição para ondas mais flexíveis, houve incremento de 362,40; 30,92 e 29,08 para casos suspeitos, ocupação de leitos de enfermaria e terapia intensiva respectivamente.Astransições para ondas flexíveis acarretaram em um aumento siginificativo nos indicadores epidemiológicos estudados. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: o Minas Consciente teve um papel fundamental ao nortear os municípios, no entanto, adaptações frente aos novos achados são importantes para futuro enfrentamento de novas epidemias na busca por ações custo-efetivas, visto que ondas mais flexíveis geraram um importante acréscimo dos desfechos, corroborando para a proximidade da saturação do sistema. Medidas não farmacológicas foram imprescindíveis nesse cenário pandêmico, mas, além de aplicá-las é necessária uma implementação correta e baseada em evidências para garantir o custo-efetividade das ações, evitando a saturação do sistema de saúde e, consequentemente, salvando vidas.