Maio chegou... Santa Rita de Cássia também: um estudo sobre a devoção de mulheres à “santa das causas impossíveis” no bairro Bonfim em Juiz de Fora
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9913 |
Resumo: | A presente dissertação sobre a devoção de mulheres à Santa Rita de Cássia, no bairro Bonfim, em Juiz de Fora é o resultado de dois anos de pesquisa através da História e Antropologia. Busca-se enfatizar neste trabalho a história de Santa Rita com base em diferentes autores, o desenvolvimento da sua devoção na Europa, no Brasil e em Juiz de Fora. Nessa primeira parte, pode-se concluir que Santa Rita, diferente da maioria das santas católicas, foi uma mulher comum, do final da Idade Média. Casou-se ainda na adolescência, sofreu com o marido alcoólatra que se envolvia em confusão e brigas. Foi mãe de dois meninos, sendo seu maior temor que os filhos seguissem o mau exemplo do pai. Ficou viúva ainda jovem e os filhos morreram entre os doze e quatorze anos. Santa Rita ingressou-se no convento aos trinta e seis anos, onde se dedicou à vida de oração, meditação e serviço aos pobres. Durante quinze anos suportou uma ferida na testa que, segundo os autores, significava um espinho de Cristo. Em Juiz de Fora, na década de 1940, o conhecimento a seu respeito foi ampliado a partir da construção da paróquia em sua homenagem no bairro Bonfim. Já na segunda parte da dissertação, busca-se retratar através do trabalho de campo, os rituais de preparação para a festa de Santa Rita durante o período da quinzena e da novena, como também, todos os acontecimentos da paróquia ligados a comemoração do dia 22 de maio como celebrações, barracas, shows, etc. A maioria das devotas disseram que a Santa Rita representa uma mãe, amiga, madrinha e modelo de mulher. Por fim, conclui-se no último capítulo que as devotas se identificam com a Santa não na situação de esposa submissa e sofredora, mas na condição de mulher e mãe. O foco da devoção, das promessas, da esperança e da entrega aos serviços voluntários não é somente para pedir algo e sim para agradecer o dom da maternidade. Através da simbologia da troca de rosas, faz-se um agrado àquela que realizou os milagres durante o ano e também levam para casa uma rosa como garantia de que o pedido ou agradecimento será correspondido. |
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Foi mãe de dois meninos, sendo seu maior temor que os filhos seguissem o mau exemplo do pai. Ficou viúva ainda jovem e os filhos morreram entre os doze e quatorze anos. Santa Rita ingressou-se no convento aos trinta e seis anos, onde se dedicou à vida de oração, meditação e serviço aos pobres. Durante quinze anos suportou uma ferida na testa que, segundo os autores, significava um espinho de Cristo. Em Juiz de Fora, na década de 1940, o conhecimento a seu respeito foi ampliado a partir da construção da paróquia em sua homenagem no bairro Bonfim. Já na segunda parte da dissertação, busca-se retratar através do trabalho de campo, os rituais de preparação para a festa de Santa Rita durante o período da quinzena e da novena, como também, todos os acontecimentos da paróquia ligados a comemoração do dia 22 de maio como celebrações, barracas, shows, etc. A maioria das devotas disseram que a Santa Rita representa uma mãe, amiga, madrinha e modelo de mulher. Por fim, conclui-se no último capítulo que as devotas se identificam com a Santa não na situação de esposa submissa e sofredora, mas na condição de mulher e mãe. O foco da devoção, das promessas, da esperança e da entrega aos serviços voluntários não é somente para pedir algo e sim para agradecer o dom da maternidade. Através da simbologia da troca de rosas, faz-se um agrado àquela que realizou os milagres durante o ano e também levam para casa uma rosa como garantia de que o pedido ou agradecimento será correspondido.The present dissertation on devotion of women to Santa Rita de Cássia in the Bonfim neighborhood of Juiz de Fora is the result of two years of research in History and Anthropology. It seeks to emphasize the history of Santa Rita based on different authors, the development of his devotion in Europe, in Brazil and in Juiz de Fora. In this first part, it can be concluded that the Saint Rita, unlike most Catholic saints, was an ordinary woman from the late Middle Ages. She married in her teenage years, suffered with her alcoholic husband and was involved in confusion and fights. She was the mother of two boys and her biggest fear was that the children followed the bad example of their father. She was still a young widow, and her children also died between the ages of twelve and fourteen. Santa Rita entered the convent at the age of thirty-six, where he dedicated himself to the life of prayer, meditation and service to the poor. For fifteen years he endured a forehead wound which, according to the authors, meant a thorn of Christ. In Juiz de Fora, in the 1940s, the knowledge about him was amplified from the construction of the parish in his honor in the Bonfim neighborhood. In the second part of the dissertation, we seek to portray through the fieldwork, the rituals of preparation to the feast of Santa Rita during the fortnight and the novena, as also, all the events of the parish connected with the celebration of the twenty-second of May as celebrations, tents, shows, etc. Most of the devotees said that Santa Rita represents a mother, friend, godmother and model of woman. They identify with her as woman and mother, but not in the position of submissive and suffering wife. The focus of devotion, promises, hope and dedication to volunteer services is not to ask for anything and only to thank the gift of motherhood. Through the symbolism of the exchange of roses, it is pleasing to the one who performed the miracles during the year and also takes home a rose as a guarantee that the request will be reached.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciência da ReligiãoUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASSanta RitaDevoção popularMulheresMaternidadeGratidãoSanta RitaPopular devotionWomenMaternityGratitudeMaio chegou... Santa Rita de Cássia também: um estudo sobre a devoção de mulheres à “santa das causas impossíveis” no bairro Bonfim em Juiz de Forainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILjoseliahenriquespiogouvea.pdf.jpgjoseliahenriquespiogouvea.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1198https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9913/4/joseliahenriquespiogouvea.pdf.jpgc05fb40fa902d340f2407ba8ecf84301MD54TEXTjoseliahenriquespiogouvea.pdf.txtjoseliahenriquespiogouvea.pdf.txtExtracted texttext/plain308072https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9913/3/joseliahenriquespiogouvea.pdf.txt5c6102ad87fd12175bada7affa59eca8MD53ORIGINALjoseliahenriquespiogouvea.pdfjoseliahenriquespiogouvea.pdfapplication/pdf2537347https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9913/1/joseliahenriquespiogouvea.pdf9534c4044e38ed716679b856e16e6ecdMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9913/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/99132019-06-16 13:28:42.767oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9913TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T16:28:42Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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