Enxaguantes bucais e interferências na microbiota bucal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Priscila Karla Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15445
Resumo: A cavidade bucal constitui um sítio anatômico peculiar. Suas características permitem o desenvolvimento de uma comunidade microbiana típica, bastante diversificada e que se altera durante os diferentes períodos da vida tendendo, como microbiota residente, a um estado de equilíbrio que resulta na manutenção da saúde.Entretanto, caso esse equilíbrio seja quebrado, a microbiota pode se portar como agressora oportunista ou deixar de exercer seu efeito barreira contra microrganismos exógenos potencialmente patogênicos. É nesse contexto que a utilização de enxaguantes bucais com ação antimicrobiana, os antissépticos, ganha importância frente a possibilidade desses produtos estarem contribuindo para a alteração da microbiota bucal. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente a ocorrência de bactérias de interesse clínico na cavidade bucal indicadoras de desequilíbrio microbiano e traçar um perfil clínico-epidemiológico dos indivíduos que fazem uso regular desses enxaguantes. Os voluntários foram submetidos à inspeção da cavidade bucal visando à análise de suas condições de saúde. As informações obtidas foram registradas em uma Ficha Clínica. Após serem submetidos a uma triagem os voluntários deram origem aos dois grupos de estudo: o Grupo Controle (n=15) constituído pelos participantes não usuários de antissépticos bucais e o Grupo Teste (n=15), constituído por usuários regulares de de tais produtos, ou seja, aqueles que utilizam o produto pelo menos 1 vez por dia, todos os dias. Amostras de saliva estimulada foram submetidas a análises dependentes de cultivo para avaliar os microrganismos presentes. Placas com crescimento viável tiveram seus morfotipos quantificados e caracterizados de acordo com sua macro morfologia e foram posteriormente, identificados por testes bioquímicos convencionais. Foram observadas diferenças no perfil clínicoepidemiológico entre os participantes dos diferentes grupos.Trinta e dois morfotipos foram caracterizados, mantendo-se a prevalência de microrganismos gram-positivos sobre os organismos gram-negativos. Tais morfotipos foram agrupados em 05 grupos bacterianos que demonstraram ocorrências comuns entre os grupos de estudo e uma distribuição diferenciada pelo uso de antissépticos. Os resultados encontrados permitem sugerir que a utilização regular de antissépticos altera a microbiota bucal uma vez influência na distribuição dos grupos bacterianos. Tal alteração pode influenciar no mecanismo de regulação saúde x doença e resultar em processos infecciosos tanto por colonização de espécies exógenas como por proliferação de espécies residentes.
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Suas características permitem o desenvolvimento de uma comunidade microbiana típica, bastante diversificada e que se altera durante os diferentes períodos da vida tendendo, como microbiota residente, a um estado de equilíbrio que resulta na manutenção da saúde.Entretanto, caso esse equilíbrio seja quebrado, a microbiota pode se portar como agressora oportunista ou deixar de exercer seu efeito barreira contra microrganismos exógenos potencialmente patogênicos. É nesse contexto que a utilização de enxaguantes bucais com ação antimicrobiana, os antissépticos, ganha importância frente a possibilidade desses produtos estarem contribuindo para a alteração da microbiota bucal. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente a ocorrência de bactérias de interesse clínico na cavidade bucal indicadoras de desequilíbrio microbiano e traçar um perfil clínico-epidemiológico dos indivíduos que fazem uso regular desses enxaguantes. Os voluntários foram submetidos à inspeção da cavidade bucal visando à análise de suas condições de saúde. As informações obtidas foram registradas em uma Ficha Clínica. Após serem submetidos a uma triagem os voluntários deram origem aos dois grupos de estudo: o Grupo Controle (n=15) constituído pelos participantes não usuários de antissépticos bucais e o Grupo Teste (n=15), constituído por usuários regulares de de tais produtos, ou seja, aqueles que utilizam o produto pelo menos 1 vez por dia, todos os dias. Amostras de saliva estimulada foram submetidas a análises dependentes de cultivo para avaliar os microrganismos presentes. Placas com crescimento viável tiveram seus morfotipos quantificados e caracterizados de acordo com sua macro morfologia e foram posteriormente, identificados por testes bioquímicos convencionais. Foram observadas diferenças no perfil clínicoepidemiológico entre os participantes dos diferentes grupos.Trinta e dois morfotipos foram caracterizados, mantendo-se a prevalência de microrganismos gram-positivos sobre os organismos gram-negativos. Tais morfotipos foram agrupados em 05 grupos bacterianos que demonstraram ocorrências comuns entre os grupos de estudo e uma distribuição diferenciada pelo uso de antissépticos. Os resultados encontrados permitem sugerir que a utilização regular de antissépticos altera a microbiota bucal uma vez influência na distribuição dos grupos bacterianos. Tal alteração pode influenciar no mecanismo de regulação saúde x doença e resultar em processos infecciosos tanto por colonização de espécies exógenas como por proliferação de espécies residentes.The buccal cavity constitutes a peculiar anatomical site. Its characteristics allow the development of a typical microbial community, which is very diversified and that changes during the different periods of life, tending, as a resident microbiota, to a state of equilibrium that results in the maintenance of health. However, in case this equilibrium is broken, the microbiota may behave as an opportunistic aggressor or fail to exert its barrier effect against potentially pathogenic exogenous microorganisms. It is in this context that the use of mouthwashes with antimicrobial action gains importance because the possibility of these products are contributing to the alteration of the oral microbiota Thus, the objective of this study was to evaluate the occurrence of bacteria of clinical interest in the oral cavity indicative of microbial disequilibrium and to draw a clinical-epidemiological profile of individuals who regularly use mouthwashes. The volunteers were submitted to the inspection of the oral cavity aiming at the analysis of their health conditions. The information obtained was recorded in a Clinical Record. After being screened the volunteers gave rise to the two study groups: the Control Group (n = 15) consisting of non-rinsing participants and the Test Group (n = 15), consisting of regular users of much, namely, those that use the product at least 1 time a day, every day. Stimulated saliva samples were collected and to analyses to assess cultivation-dependent microorganisms present. Viable growth plates had their morph types quantified and characterized according to your macro morphology. The identification of major groups performed using conventional biochemical tests. The observed differences in the clinical-epidemiological profile among the participants of the different groups. Thirty-two morphotypes were characterized, maintaining the prevalence of grampositive microorganisms on gram-negative organisms. These morphotypes were grouped in 05 bacterial groups that demonstrated common occurrences between the study groups and a differentiated distribution by the use of rinsers. The results suggest that the regular use of rinses changes the oral microbiota once it influences the distribution of bacterial groups. Such alteration may influence the regulation mechanism of health x disease and result in infectious processes both by colonization of exogenous species and by proliferation of resident species.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e BiotecnologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIAEnxaguante bucalMicrobiota bucalDiversidadeMouth rinseBuccal microbiotaDiversityEnxaguantes bucais e interferências na microbiota bucalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALpriscilakarlasilvadias.pdfpriscilakarlasilvadias.pdfapplication/pdf684875https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15445/1/priscilakarlasilvadias.pdf6f7fa1a58e26bcf73871d688a90fca40MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15445/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15445/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTpriscilakarlasilvadias.pdf.txtpriscilakarlasilvadias.pdf.txtExtracted texttext/plain141745https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15445/4/priscilakarlasilvadias.pdf.txt8fdcd4ffb150b5c53a9b14549cc42cc3MD54THUMBNAILpriscilakarlasilvadias.pdf.jpgpriscilakarlasilvadias.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1227https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15445/5/priscilakarlasilvadias.pdf.jpgfa6dff2df8156eedba34ba21d7e0202bMD55ufjf/154452023-05-27 03:14:41.388oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15445Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-05-27T06:14:41Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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