Associação da qualidade do sono de adolescentes com o perfil antropométrico, clínico e bioquímico

• Autor(a) principal: Machado, Larissa Lopes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15358
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA; Adolescente; Qualidade do sono; Saúde coletiva; Adolescent; Sleep quality; Collective health

Objetivo: avaliar a qualidade do sono e a sonolência diurna excessiva e sua associação com riscos metabólicos em adolescentes entre 14 a 19 anos do município de Juiz de Fora/MG. Materiais e métodos: esse estudo é do tipo transversal e está inserido no projeto de pesquisa denominado Estilo de Vida na Adolescência (Estudo EVA-JF) desenvolvido na cidade de Juiz de Fora. As coletas de dados incluíram participantes entre 14 a 19 anos, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas do município. Foram coletadas variáveis antropométricas e de composição corporal, clínicas e bioquímicas conduzidas nas próprias instituições escolares. Para avaliar a qualidade de sono foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) e para avaliar a sonolência diurna excessiva a Pediatric Daytime Sleepiness Scale (PDSS). As análises estatísticas foram efetuadas por meio do software SPSS® (versão 21.0). Para caracterizar a amostra, as variáveis contínuas foram expressas em medidas de tendência central e valores de dispersão (desvio-padrão, mínimo, máximo e/ou intervalo interquartil); as variáveis nominais foram expressas em porcentagem. Para a comparar as diferenças entre as proporções do desfecho estudado para amostras independentes foi realizado o teste de Qui Quadrado de Pearson (sem correção) ou teste exato de Fisher (quando pertinente). Em casos de considerável assimetria nos dados, foi aplicado o teste de Wilcoxon. Resultados: participaram do estudo 835 estudantes (480 meninas e 355 meninos). A média de idade foi de 16,13 anos. 28,1% dos adolescentes encontraram-se acima do peso e quase 10% com obesidade. 84,2% apresentaram-se normotensos e 1,4% em estágio grau 2 para hipertensão. No que se refere à glicemia, 98,2% não manifestaram alteração. Em relação ao questionário para avaliar sonolência diurna excessiva, as meninas apresentaram 73% mais chance de sonolência diurna em relação aos meninos e os adolescentes com idade superior a 15 anos tiveram 36% mais chance de escores elevados do que os menores de 15 anos. A variável que evidenciou associação com a qualidade de sono ruim foi o percentual de gordura corporal (OR = 1,75 - 95% CI: 1.09; 2.81), ou seja, os adolescentes que apresentaram percentual de gordura corporal > 21% revelaram 75% maior chance de PSQI elevado. Conclusão: fundamental avaliar o grau de comprometimento da qualidade de sono e da frequência de queixas de distúrbios do sono, pois será possível sugerir o estabelecimento de rotinas.