Ecologia comportamental da mirmecofauna em ambiente hospitalar como subsídios para estratégias de controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Mariana Monteiro de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/98
Resumo: Com o processo de urbanização, algumas espécies de formigas encontraram ambiente ideal para a sobrevivência nas cidades. Na área urbana, a ocorrência em hospitais se configura como um risco pelo transporte de micro-organismos patogênicos. Diversas pesquisas sobre o assunto foram conduzidas no Brasil, contudo muitas lacunas ainda permanecem desconhecidas. Com o intuito de preencher parte desse conhecimento, este trabalho buscou ampliar os conhecimentos sobre a ecologia comportamental da mirmecofauna que habita ambientes hospitalares. Este trabalho está formatado em quatro capítulos: (i) o primeiro capítulo teve como objetivo discutir a importância das formigas em ambientes urbanos, destacando o processo de urbanização e sua ocorrência, a importância nas áreas hospitalares e na saúde pública; (ii) o objetivo do segundo capítulo foi realizar um levantamento da literatura sobre formigas em ambiente hospitalar no Brasil nos últimos 20 anos, visando o progresso do conhecimento desta questão através de uma discussão sobre os avanços e prioridades de pesquisa; (iii) e (iv) os capítulos três e quatro trouxeram análises de um conjunto de informações sobre a ecologia e o comportamento da mirmecofauna em ambiente hospitalar, coletada ao longo de dois anos de monitoramento (2012 – 2014) no Hospital Regional João Penido localizado no município de Juiz de Fora – MG, sudeste do Brasil. As amostragens foram realizadas bimestralmente por meio de iscas atrativas não tóxicas nos períodos diurno e noturno e nas áreas interna e externa do hospital. Foram encontrados 10342 indivíduos, pertencentes a 26 espécies de formigas, representando quase a totalidade da fauna esperada para o local. Pheidole susannae Forel, 1886 foi a espécie mais abundante (21,87%) e, juntamente com Tetramorium simillimum (Smith, 1851) foi também a mais constante (100%). O índice de dominância encontrado foi baixo (0,1395), demonstrando não haver dominância de nenhuma espécie. Abundância e riqueza não diferiram entre as estações climáticas, o que representa a estabilidade da mirmecofauna no local. Houve diferença entre a abundância para o período noturno (t= -2,2067; p= 0,038) e também entre riqueza (U= 9,000; p= 0,01) e abundância (U= 70,500; p< 0,0001) das espécies entre as áreas interna e externa. Os setores Casa de Gestante, Recepção e UTI Neonatal se mostraram mais similares em relação à fauna encontrada na área interna e externa. O índice geral de infestação foi de 48,87%, sendo superior no período noturno e na área externa e a espécie P susannae apresentou o maior índice. Foram localizados 25 ninhos em três substratos: fissura em alvenaria (80%), madeira (12%) e tubulação de esgoto (8%). A identificação de maior abundância à noite reforça a ideia de que há grande necessidade dos monitoramentos contemplarem também esse horário, visto que algumas espécies possuem hábitos exclusivamente noturnos. E a infestação no interior do hospital ratifica a preocupação existente com a possibilidade de infecção nosocomial decorrente do transporte de micro-organismos patogênicos. Soma-se a isso, o registro de nidificações no interior do hospital, o que aumenta a preocupação em se estabelecer estratégias alternativas de controle. Com estes resultados, profissionais da área da saúde e que prestam serviços de controle de pragas estarão mais bem norteados para atuar na redução da infestação de formigas nesses ambientes, visto que estratégias de controle mais eficientes poderão ser implementadas.
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Diversas pesquisas sobre o assunto foram conduzidas no Brasil, contudo muitas lacunas ainda permanecem desconhecidas. Com o intuito de preencher parte desse conhecimento, este trabalho buscou ampliar os conhecimentos sobre a ecologia comportamental da mirmecofauna que habita ambientes hospitalares. Este trabalho está formatado em quatro capítulos: (i) o primeiro capítulo teve como objetivo discutir a importância das formigas em ambientes urbanos, destacando o processo de urbanização e sua ocorrência, a importância nas áreas hospitalares e na saúde pública; (ii) o objetivo do segundo capítulo foi realizar um levantamento da literatura sobre formigas em ambiente hospitalar no Brasil nos últimos 20 anos, visando o progresso do conhecimento desta questão através de uma discussão sobre os avanços e prioridades de pesquisa; (iii) e (iv) os capítulos três e quatro trouxeram análises de um conjunto de informações sobre a ecologia e o comportamento da mirmecofauna em ambiente hospitalar, coletada ao longo de dois anos de monitoramento (2012 – 2014) no Hospital Regional João Penido localizado no município de Juiz de Fora – MG, sudeste do Brasil. As amostragens foram realizadas bimestralmente por meio de iscas atrativas não tóxicas nos períodos diurno e noturno e nas áreas interna e externa do hospital. Foram encontrados 10342 indivíduos, pertencentes a 26 espécies de formigas, representando quase a totalidade da fauna esperada para o local. Pheidole susannae Forel, 1886 foi a espécie mais abundante (21,87%) e, juntamente com Tetramorium simillimum (Smith, 1851) foi também a mais constante (100%). O índice de dominância encontrado foi baixo (0,1395), demonstrando não haver dominância de nenhuma espécie. Abundância e riqueza não diferiram entre as estações climáticas, o que representa a estabilidade da mirmecofauna no local. Houve diferença entre a abundância para o período noturno (t= -2,2067; p= 0,038) e também entre riqueza (U= 9,000; p= 0,01) e abundância (U= 70,500; p< 0,0001) das espécies entre as áreas interna e externa. Os setores Casa de Gestante, Recepção e UTI Neonatal se mostraram mais similares em relação à fauna encontrada na área interna e externa. O índice geral de infestação foi de 48,87%, sendo superior no período noturno e na área externa e a espécie P susannae apresentou o maior índice. Foram localizados 25 ninhos em três substratos: fissura em alvenaria (80%), madeira (12%) e tubulação de esgoto (8%). A identificação de maior abundância à noite reforça a ideia de que há grande necessidade dos monitoramentos contemplarem também esse horário, visto que algumas espécies possuem hábitos exclusivamente noturnos. E a infestação no interior do hospital ratifica a preocupação existente com a possibilidade de infecção nosocomial decorrente do transporte de micro-organismos patogênicos. Soma-se a isso, o registro de nidificações no interior do hospital, o que aumenta a preocupação em se estabelecer estratégias alternativas de controle. Com estes resultados, profissionais da área da saúde e que prestam serviços de controle de pragas estarão mais bem norteados para atuar na redução da infestação de formigas nesses ambientes, visto que estratégias de controle mais eficientes poderão ser implementadas.Along with the urbanization process, some ant species have found in cities an ideal environment. Among these areas, occurrence in hospitals represents risk due to the transport of pathogenic microorganisms. Many research studies have been carried out in Brazil, and still there are many gaps to explore. Intending to fill some lacks on that knowledge, this work studied the behavioral ecology of hospitals‟ ant fauna. This study is formatted into four chapters: (i) the first chapter aimed to discuss the importance of ants in urban environments, highlighting the process of urbanization and its occurrence, the importance in hospital areas and public health; (ii) the objective of the second chapter was to survey the literature on ants in hospitals in Brazil in the last 20 years, aimed at advancing the knowledge of this issue through a discussion of advances and research priorities; (iii) and (iv) the three and four chapters presented analysis of a set of information on the ecology and behavior of the ant fauna in the hospital, collected over two years of monitoring (2012-2014) in a public hospital located in Juiz de Fora, southeastern Brazil. Samples were taken every two months through non-toxic baits attractive day and night periods and the internal and external areas of the hospital. We found 10342 individuals of 26 species of ants, representing almost all the expected fauna to the site. Pheidole susannae Forel, 1886 was the most abundant species (21.87%) and, together with Tetramorium simillimum (Smith, 1851) was also the most constant (100%). The dominance index found was low (0.1395), stating no dominance for any species. Abundance and richness did not differ between seasons, which is the stability of the ant fauna in the area. There were differences between the abundance for the night period (t = -2.2067, p = 0.038) and also between richness (U = 9.000, p = 0.01) and abundance (U = 70.500, p <0.0001) of species between internal and external areas. The sectors “Casa da Gestante, “Recepção” and “UTI Neo Natal” were more similar in terms of fauna found in the internal and external area. The infestation index was 48.87%, higher than at night and in the outdoor area and the species P. susannae had the highest index. We found 25 nests on three substrates: fissure in masonry (80%), wood (12%) and sewer pipe (8%). The finding of greater abundance at nighttime reinforces the need of monitoring in such time, since some species are exclusively nocturnal. The infestation of some species in the inner hospital area confirms the concerns with the possibility of pathogenic microorganism transporting. In addition, the register of nesting inside the hospital increases the need of establishing alternative pest control strategies. Therewith, health professionals and pest control service providers will be better guided to reduce ant infestations in those environments, since better control strategies may be implemented.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em EcologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasEcologia ComportamentalDiversidadeFormicidaeHábitos de nidificaçãoInfestaçãoDiversityFormicidaeNesting habitsInfestationEcologia comportamental da mirmecofauna em ambiente hospitalar como subsídios para estratégias de controleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTmarianamonteirodecastro.pdf.txtmarianamonteirodecastro.pdf.txtExtracted texttext/plain155418https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/98/3/marianamonteirodecastro.pdf.txt0c9289ce2b7a317b0ef0f55069b369a6MD53THUMBNAILmarianamonteirodecastro.pdf.jpgmarianamonteirodecastro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1175https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/98/4/marianamonteirodecastro.pdf.jpgaf897241475058e26ab705c058edf902MD54ORIGINALmarianamonteirodecastro.pdfmarianamonteirodecastro.pdfapplication/pdf1344483https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/98/1/marianamonteirodecastro.pdf04c81ff2b18dd0d28d9de6b3fb0ff016MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/98/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/982019-11-07 12:43:34.524oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/98TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:34Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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