Estratégias de enfrentamento, resiliência e otimismo em mulheres no pós-tratamento do câncer de mama
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6827 |
Resumo: | No pós-tratamento do câncer de mama compreendido como o término da quimioterapia e/ou radioterapia e a intervenção cirúrgica, as mulheres ainda lidam com diversos estressores que podem repercutir fortemente em sua saúde mental. Dessa forma, considerando-se que as mulheres adotam estratégias de enfrentamento (coping) para lidar com tais estressores, o presente estudo tem como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas pacientes e sua relação com o nível de resiliência e otimismo - aspectos que são considerados saudáveis para o desenvolvimento humano. Para isso, a pesquisa tem uma abordagem quantitativa e qualitativa e, adotou-se uma entrevista para compreender as repercussões negativas e positivas do câncer de mama para a vida atual da mulher, a Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young, a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e o Revised Life Orientation Test (LOT-R) de Scheier, Carver e Bridges, este último como escopo para a avaliação do otimismo. A amostra foi constituída por 50 mulheres que estavam no pós-tratamento do câncer, com idade entre 32 a 75 anos de idade (M= 54, 52; DP= 8, 75) e, como resultado, constatamos que não houve associação significativa entre as estratégias de enfrentamento utilizadas com o nível de resiliência e otimismo (p < 0, 05%). Verificamos que a única associação significativa foi entre as variáveis resiliência e otimismo. Apesar de não haver relação significativa entre as variáveis resiliência, estratégias de enfrentamento e otimismo, é possível constatar que a maioria das mulheres pesquisadas utilizou a estratégia de enfrentamento focada no problema (60%), apresentando um moderado índice de resiliência (58%) e um alto índice de otimismo (60%), aspectos que podem estar associados a um bom ajustamento. No mais, constatamos que apesar das mulheres terem relatado consequências negativas relacionadas ao câncer de mama, como por exemplo, dores, prejuízos na vida laboral, medo da recidiva e mudanças nos relacionamentos interpessoais, a maioria apontou efeitos positivos advindos da doença, tais como desenvolvimento de forças pessoais, melhor apreciação da vida e melhoria nas relações interpessoais. Os resultados do presente estudo reforçam a importância de pesquisas que visem compreender o momento do pós-tratamento contra o câncer de mama, como também, estudos que busquem compreender a relação entre variáveis psicológicas capazes de favorecer o ajustamento das mulheres que terminaram o tratamento inicial para o câncer de mama. |
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Dessa forma, considerando-se que as mulheres adotam estratégias de enfrentamento (coping) para lidar com tais estressores, o presente estudo tem como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas pacientes e sua relação com o nível de resiliência e otimismo - aspectos que são considerados saudáveis para o desenvolvimento humano. Para isso, a pesquisa tem uma abordagem quantitativa e qualitativa e, adotou-se uma entrevista para compreender as repercussões negativas e positivas do câncer de mama para a vida atual da mulher, a Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young, a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e o Revised Life Orientation Test (LOT-R) de Scheier, Carver e Bridges, este último como escopo para a avaliação do otimismo. A amostra foi constituída por 50 mulheres que estavam no pós-tratamento do câncer, com idade entre 32 a 75 anos de idade (M= 54, 52; DP= 8, 75) e, como resultado, constatamos que não houve associação significativa entre as estratégias de enfrentamento utilizadas com o nível de resiliência e otimismo (p < 0, 05%). Verificamos que a única associação significativa foi entre as variáveis resiliência e otimismo. Apesar de não haver relação significativa entre as variáveis resiliência, estratégias de enfrentamento e otimismo, é possível constatar que a maioria das mulheres pesquisadas utilizou a estratégia de enfrentamento focada no problema (60%), apresentando um moderado índice de resiliência (58%) e um alto índice de otimismo (60%), aspectos que podem estar associados a um bom ajustamento. No mais, constatamos que apesar das mulheres terem relatado consequências negativas relacionadas ao câncer de mama, como por exemplo, dores, prejuízos na vida laboral, medo da recidiva e mudanças nos relacionamentos interpessoais, a maioria apontou efeitos positivos advindos da doença, tais como desenvolvimento de forças pessoais, melhor apreciação da vida e melhoria nas relações interpessoais. Os resultados do presente estudo reforçam a importância de pesquisas que visem compreender o momento do pós-tratamento contra o câncer de mama, como também, estudos que busquem compreender a relação entre variáveis psicológicas capazes de favorecer o ajustamento das mulheres que terminaram o tratamento inicial para o câncer de mama.In the breast cancer post-treatment, understood as the end of chemotherapy and/or radiotherapy, and surgical intervention, women still deal with diverse stressors which might strongly reverberate in their mental health. Thus, taking into consideration that women adopt coping strategies to manage such stressors, the present study aims at identifying the coping strategies used by patients and their relation with the level of resilience and optimism – aspects which are considered healthy for human development. For this purpose, the current research has both a quantitative and a qualitative approach, and an interview was taken in order to understand the negative and positive repercussions of breast cancer for the contemporary life of women, the Resilience Scale developed by Wagnild and Young, the Ways of Coping Scale (WOCS) and the Revised Life Orientation Test (LOT-R) by Scheier, Carver and Bridges, the latter as the scope for optimism evaluation. The sample was made up with 50 women who were in the post-treatment cancer, with the age varying from 32 to 75 (A=54, 53; SD=8,75) and, as a result, it was verified that there was no meaningful association between the coping strategies used with the level of resilence and optimism (p<0,05%). We noticed that the only significant association was between the resilence and optimism variables. Despite the absence of expressive correspondence among the resilience variables, coping strategies and optimism, it is possible to see that most women who participated in the research took advantage of coping strategy focused on the problem (60%), showing a moderate resilience level (58%) and a high level of optimism (60%), aspects which might be connected to a good adjustment. In addition, we observed that in spite of having reported negative consequences related to breast cancer as, for example, pain, loss in the working life, fear of relapse and changes in personal relationships, most women mentioned positive effects that came from the disease such as the development of personal strength, better appreciation of life and improvement in personal relationships. The results of the current study reinforce the importance of research which aims at understanding the moment of breast cancer post-treatment, as well as the studies which try to understand the bond among psychological variables capable of favoring the adjustment of women who have finished the initial treatment for breast cancer.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAPós-tratamento do câncer de mamaEstratégias de enfrentamentoResiliênciaOtimismoBreast cancer post-treatmentStrategies for copingResilienceOptimismEstratégias de enfrentamento, resiliência e otimismo em mulheres no pós-tratamento do câncer de mamainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILmarianabarbosaleitesergioferreira.pdf.jpgmarianabarbosaleitesergioferreira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1151https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6827/4/marianabarbosaleitesergioferreira.pdf.jpgaa4f744f3b06e32cfa5aca03c197ce8dMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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