Grupo misto de Globicephala melas e Tursiops truncatus: classificação e caracterização dos assobios registrados no Oceano Atlântico Sul, Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5470 |
Resumo: | Assobios são emitidos por golfinhos para a comunicação entre indivíduos da mesma espécie, transmitindo informações que possibilitam a identificação individual e a coordenação do grupo. Devido a este fato, os assobios apresentam características que os diferenciam de maneira espécie-específica. Um crescente número de estudos têm utilizado este tipo de vocalização para a identificação de espécies, mas poucos no contexto de associações interespecíficas. Portanto, informações acerca da relação entre estas associações e as propriedades dos assobios representam um importante aspecto a ser compreendido. Nestas circunstâncias, o objetivo deste trabalho foi classificar e caracterizar os assobios emitidos pelas espécies Globicephala melas (baleia-piloto-de-peitoral-longa) e Tursiops truncatus (golfinho-nariz-de-garrafa) registradas durante uma interação na região da plataforma continental e talude sul brasileiro, Oceano Atlântico Sul. Os dados acústicos foram coletados oportunisticamente em maio de 2014 por dois hidrofones de uma matriz de arrasto Auset® (resposta de frequência: 1,592 a 48 kHz) rebocada pela popa do navio R/V Atlântico Sul e acoplada a um gravador digital Fostex FR-2 LE (amostragem de 48 kHz/24 bits). Um total de 418 assobios foram analisados, dos quais 117 foram classificados visualmente como G. melas e 301 como T. truncatus. A análise discriminante multivariada mostrou uma taxa de classificação correta de 97,99%. Os assobios de contorno constante foram comumente mais produzidos pela espécie G. melas (N = 50; 46,73%), enquanto para T. truncatus a categoria múltiplo ocorreu em maior frequência (N = 131; 46,13%). O golfinho-nariz-de-garrafa produziu sinais com médias de frequência maiores do que a baleia-piloto-de-peitoral-longa, em contrapartida esta espécie apresentou coeficiente de variação com valores mais altos para a maioria das variáveis. Os assobios de G. melas variaram de 1,64 a 13,93 kHz, enquanto os assobios de T. truncatus alcançaram frequências entre 5,03 e 23,91 kHz. As duas espécies emitiram assobios com média de duração próxima e com número de pontos de inflexão acima de um. Foram encontradas diferenças nos parâmetros acústicos dos assobios em relação a estudos com outras populações das duas espécies. As diferenças interespecíficas podem estar relacionadas à sobreposição de habitat e às características corporais de G. melas e T. truncatus, ao passo que as variações intraespecíficas podem ser ocasionadas devido à gama de contextos populacionais e ecológicos aos quais as populações estão submetidas. |
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Portanto, informações acerca da relação entre estas associações e as propriedades dos assobios representam um importante aspecto a ser compreendido. Nestas circunstâncias, o objetivo deste trabalho foi classificar e caracterizar os assobios emitidos pelas espécies Globicephala melas (baleia-piloto-de-peitoral-longa) e Tursiops truncatus (golfinho-nariz-de-garrafa) registradas durante uma interação na região da plataforma continental e talude sul brasileiro, Oceano Atlântico Sul. Os dados acústicos foram coletados oportunisticamente em maio de 2014 por dois hidrofones de uma matriz de arrasto Auset® (resposta de frequência: 1,592 a 48 kHz) rebocada pela popa do navio R/V Atlântico Sul e acoplada a um gravador digital Fostex FR-2 LE (amostragem de 48 kHz/24 bits). Um total de 418 assobios foram analisados, dos quais 117 foram classificados visualmente como G. melas e 301 como T. truncatus. A análise discriminante multivariada mostrou uma taxa de classificação correta de 97,99%. Os assobios de contorno constante foram comumente mais produzidos pela espécie G. melas (N = 50; 46,73%), enquanto para T. truncatus a categoria múltiplo ocorreu em maior frequência (N = 131; 46,13%). O golfinho-nariz-de-garrafa produziu sinais com médias de frequência maiores do que a baleia-piloto-de-peitoral-longa, em contrapartida esta espécie apresentou coeficiente de variação com valores mais altos para a maioria das variáveis. Os assobios de G. melas variaram de 1,64 a 13,93 kHz, enquanto os assobios de T. truncatus alcançaram frequências entre 5,03 e 23,91 kHz. As duas espécies emitiram assobios com média de duração próxima e com número de pontos de inflexão acima de um. Foram encontradas diferenças nos parâmetros acústicos dos assobios em relação a estudos com outras populações das duas espécies. As diferenças interespecíficas podem estar relacionadas à sobreposição de habitat e às características corporais de G. melas e T. truncatus, ao passo que as variações intraespecíficas podem ser ocasionadas devido à gama de contextos populacionais e ecológicos aos quais as populações estão submetidas.Dolphins emit whistles for communication among individuals of the same species, transmitting information that enables individual identification and group cohesion. Due to this fact, whistles show characteristics that differentiate them in a species-specific way. An increasing number of studies have used this type of vocalization to identify species, but few of them were carried out in interspecific association contexts. Thus, information about the relationship between these associations and whistles properties represent an important aspect to be understood. In these circumstances, the aim of this work was to classify and characterize the whistles emitted by Globicephala melas (long-finned pilot whale) and Tursiops truncatus (bottlenose dolphin) recorded during an interaction in the Brazilian south continental shelf and slope, South Atlantic Ocean. The acoustic data were opportunistically collected in May 2014 using two hydrophones of an Auset® array (response frequency: 1,592 to 48 kHz) towed through the stern of the R/V Atlântico Sul and coupled to a Fostex FR-2 LE digital recorder (sampling of 48 kHz/24 bits). A total of 418 whistles were analyzed, 117 of which were visually classified as emitted by G. melas and 301 by T. truncatus. The multivariate discriminant analysis showed a correct classification rate of 97.99%. Constant whistles were more commonly produced by G. melas (N = 50, 46.73%), while for T. truncatus the multiple category occurred more frequently (N = 131, 46.13%). The bottlenose dolphin produced whistles with higher mean frequencies than the long-finned pilot whale, in contrast, this species showed a coefficient of variation with higher values for most variables. G. melas whistles varied from 1.64 to 13.93 kHz, while T. truncatus whistles ranged between 5.03 and 23.91 kHz. Both species emitted whistles with near mean duration and number of inflection points above one. Differences were found in whistles acoustic parameters in relation to studies with other populations. We hypothesize that interspecific differences may be related to habitat overlapping and body characteristics of G. melas and T. truncatus, whereas intraspecific variations can be caused due to the range of population and ecological contexts to which the populations are submitted.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia AnimalUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASOdontocetosBioacústicaSons tonaisGrupo mistoOdontoceteBioacousticTonal soundsMixed groupGrupo misto de Globicephala melas e Tursiops truncatus: classificação e caracterização dos assobios registrados no Oceano Atlântico Sul, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILbrunaribeiroduque.pdf.jpgbrunaribeiroduque.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1177https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5470/4/brunaribeiroduque.pdf.jpge2e4656b68bf273fdef49420d9dae104MD54ORIGINALbrunaribeiroduque.pdfbrunaribeiroduque.pdfapplication/pdf1742764https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5470/1/brunaribeiroduque.pdff627a5ce49adc9ffbc23310a410912caMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5470/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTbrunaribeiroduque.pdf.txtbrunaribeiroduque.pdf.txtExtracted texttext/plain105152https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5470/3/brunaribeiroduque.pdf.txtc17f9e0dce32d1a7911aa87c773027c1MD53ufjf/54702019-06-16 06:45:34.942oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/5470TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:45:34Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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