Pesquisa de Coxiella burnetii, agente etiológico da febre Q, em amostras de soro de pacientes com suspeita de dengue no estado de Minas Gerais, Brasil: uma doença negligenciada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meurer, Igor Rosa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11968
Resumo: Introdução: A febre Q é uma zoonose de distribuição mundial causada pelo patógeno Coxiella burnetii, uma bactéria que, além de apresentar resistência e estabilidade ambiental, é um dos agentes mais infecciosos ao ser humano. Sua principal forma de transmissão à população humana ocorre através da inalação de aerossóis contaminados com produtos de animais infectados, principalmente bovinos, caprinos e ovinos. A infecção em humanos apresenta um amplo espectro de manifestações, desde casos assintomáticos até complicações graves e fatais. Por apresentarem um quadro clínico semelhante ao da dengue na fase aguda, associado ao seu desconhecimento por parte dos profissionais de saúde, casos de febre Q podem estar sendo equivocadamente diagnosticados e tratados como dengue. Fato este que aumenta os custos do sistema público de saúde, assim como o risco da ocorrência da febre Q crônica, especialmente em pacientes com lesão de válvula cardíaca e imunocomprometidos. Objetivo: Investigar a prevalência de febre Q em casos suspeitos de dengue em Minas Gerais, investigar sua soroprevalência, avaliar os fatores associados a essa zoonose, descrever o perfil epidemiológico dos pacientes e comparar o método de ELISA frente ao método padrão ouro de diagnóstico da febre Q, a Imunofluorescência Indireta (IFI). Metodologia: Foram selecionadas 437 amostras, únicas, de soro de pacientes com suspeita de dengue, coletadas entre um e dez dias de sintomas, de diferentes municípios de Minas Gerais, enviadas à Fundação Ezequiel Dias no período entre janeiro de 2017 e agosto de 2018 para o diagnóstico da dengue e que apresentaram resultado negativo. Os testes realizados para investigação de C. burnetii (febre Q) foram: Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR), Imunofluorescência Indireta e ELISA. Trata-se de um estudo transversal de prevalência. Os resultados encontrados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Não foi detectado o DNA de C. burnetii em nenhuma das 437 amostras de soro analisadas pelo método de qPCR. Pelo método de IFI, 25 amostras (5,72%) foram reativas para pelo menos uma classe de anticorpos anti-C. burnetii e apresentaram títulos de anticorpos abaixo do ponto de corte para considerar a febre Q ativa. A mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte concentra a maior parte desses pacientes reativos. Ao investigar os fatores associados, os bovinos representaram mais de 80% em relação à soma dos efetivos de cabeças de bovino, caprino e ovino dos municípios que apresentaram pacientes reativos. A análise do parâmetro “zona (área) de moradia” do perfil epidemiológico dos pacientes reativos demonstrou que 12,50% e 5,19% dos pacientes que residem na zona rural e urbana, respectivamente, foram reativos. A sensibilidade, em uma análise geral, do método de ELISA foi de 13,04%, enquanto que a especificidade foi de 98,55%. Conclusão: Esses resultados indicam que 5,72% dos pacientes tiveram uma exposição prévia ao agente causador da febre Q e que residir na zona rural aumenta as chances a essa exposição. Além disso, demonstram que esse patógeno apresenta circulação em humanos no estado de Minas Gerais. Entre os principais animais relacionados à transmissão de C. burnetii aos seres humanos, os bovinos foram o principal fator associado. O método de ELISA empregado não é indicado como método de triagem para o diagnóstico sorológico da febre Q, podendo ser utilizado como método confirmatório caso algum resultado negativo obtido por outro método seja duvidoso. Por fim, a inclusão da febre Q como uma doença de notificação compulsória em humanos e a atuação conjunta dos setores de saúde humana e de saúde animal no enfrentamento a essa zoonose, numa perspectiva de saúde única (One Health), contribuirão para que a febre Q deixe de ser negligenciada e seja mais bem investigada no Brasil, reduzindo, assim, os prejuízos causados por ela.
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A infecção em humanos apresenta um amplo espectro de manifestações, desde casos assintomáticos até complicações graves e fatais. Por apresentarem um quadro clínico semelhante ao da dengue na fase aguda, associado ao seu desconhecimento por parte dos profissionais de saúde, casos de febre Q podem estar sendo equivocadamente diagnosticados e tratados como dengue. Fato este que aumenta os custos do sistema público de saúde, assim como o risco da ocorrência da febre Q crônica, especialmente em pacientes com lesão de válvula cardíaca e imunocomprometidos. Objetivo: Investigar a prevalência de febre Q em casos suspeitos de dengue em Minas Gerais, investigar sua soroprevalência, avaliar os fatores associados a essa zoonose, descrever o perfil epidemiológico dos pacientes e comparar o método de ELISA frente ao método padrão ouro de diagnóstico da febre Q, a Imunofluorescência Indireta (IFI). Metodologia: Foram selecionadas 437 amostras, únicas, de soro de pacientes com suspeita de dengue, coletadas entre um e dez dias de sintomas, de diferentes municípios de Minas Gerais, enviadas à Fundação Ezequiel Dias no período entre janeiro de 2017 e agosto de 2018 para o diagnóstico da dengue e que apresentaram resultado negativo. Os testes realizados para investigação de C. burnetii (febre Q) foram: Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR), Imunofluorescência Indireta e ELISA. Trata-se de um estudo transversal de prevalência. Os resultados encontrados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Não foi detectado o DNA de C. burnetii em nenhuma das 437 amostras de soro analisadas pelo método de qPCR. Pelo método de IFI, 25 amostras (5,72%) foram reativas para pelo menos uma classe de anticorpos anti-C. burnetii e apresentaram títulos de anticorpos abaixo do ponto de corte para considerar a febre Q ativa. A mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte concentra a maior parte desses pacientes reativos. Ao investigar os fatores associados, os bovinos representaram mais de 80% em relação à soma dos efetivos de cabeças de bovino, caprino e ovino dos municípios que apresentaram pacientes reativos. A análise do parâmetro “zona (área) de moradia” do perfil epidemiológico dos pacientes reativos demonstrou que 12,50% e 5,19% dos pacientes que residem na zona rural e urbana, respectivamente, foram reativos. A sensibilidade, em uma análise geral, do método de ELISA foi de 13,04%, enquanto que a especificidade foi de 98,55%. Conclusão: Esses resultados indicam que 5,72% dos pacientes tiveram uma exposição prévia ao agente causador da febre Q e que residir na zona rural aumenta as chances a essa exposição. Além disso, demonstram que esse patógeno apresenta circulação em humanos no estado de Minas Gerais. Entre os principais animais relacionados à transmissão de C. burnetii aos seres humanos, os bovinos foram o principal fator associado. O método de ELISA empregado não é indicado como método de triagem para o diagnóstico sorológico da febre Q, podendo ser utilizado como método confirmatório caso algum resultado negativo obtido por outro método seja duvidoso. Por fim, a inclusão da febre Q como uma doença de notificação compulsória em humanos e a atuação conjunta dos setores de saúde humana e de saúde animal no enfrentamento a essa zoonose, numa perspectiva de saúde única (One Health), contribuirão para que a febre Q deixe de ser negligenciada e seja mais bem investigada no Brasil, reduzindo, assim, os prejuízos causados por ela.Introduction: Q fever is a zoonosis of worldwide distribution caused by the pathogen Coxiella burnetii, a bacterium that, besides presenting resistance and environmental stability, is one of the most infectious agents to human beings. Its main form of transmission to human population occurs through the inhalation of aerosols contaminated with products from infected animals, mainly cattle, goats and sheep. Human infection has a wide spectrum of manifestations, from asymptomatic cases to serious and fatal complications. As it presents a clinical picture similar to dengue in the acute phase, associated with its lack of knowledge on the part of health professionals, cases of Q fever may be mistakenly diagnosed and treated as dengue. This fact which increases the costs of the public health system, as well as the risk of the occurrence chronic Q fever, especially in patients with heart valve injury and immunocompromised. Objective: Investigate the prevalence of Q fever in suspected cases of dengue in Minas Gerais, investigate its seroprevalence, evaluate the factors associated with this zoonosis, describe the epidemiological profile of patients and compare the ELISA method against the gold standard method of Q fever diagnosis, Indirect Immunofluorescence (IFI). Methodology: 437 serum unique samples from patients with suspected dengue were selected, collected between one and ten days of symptoms, from different municipalities of Minas Gerais, sent to the Ezequiel Dias Foundation in the period between January 2017 and August 2018 for diagnosis dengue and that presented negative result. The tests performed to investigate C. burnetii (Q fever) were: Real-Time Polymerase Chain Reaction (qPCR), Indirect Immunofluorescence and ELISA. This is a cross-sectional study of prevalence. The results found were analyzed using descriptive statistics. Results: Was not detected the DNA from C. burnetii in any of the 437 serum samples analyzed by the qPCR method. By the IFI method, 25 samples (5.72%) were reactive for at least one class of antibodies anti-C. burnetii and showed antibody titers below the cutoff to consider Q fever active. The mesoregion Metropolitan of Belo Horizonte concentrates most of these reactive patients. To investigating the associated factors, the cattle represented more than 80% in relation to the sum of the head of cattle, goat and sheep of the municipalities that presented reactive patients. The analysis of the parameter “zone (area) of housing”, of the epidemiological profile of reactive patients, showed that 12.50% and 5.19% of patients residing in rural and urban areas, respectively, were reactive. The sensitivity, in a general analysis, of the ELISA method was 13.04%, while the specificity was 98.55%. Conclusion: These results indicate that 5.72% of the patients had previous exposure to the causative agent of Q fever and that living in the countryside increases the chances of such exposure. In addition, they demonstrate that this pathogen has circulation in humans in the state of Minas Gerais. Among the main animals related to the transmission of C. burnetii to humans, cattle were the main associated factor. The ELISA method employed is not indicated as a screening method for the serological diagnosis of Q fever, and can be used as a confirmatory method if any negative result obtained by another method is doubtful. Finally, the inclusion of Q fever as a compulsory notification disease in humans and the joint action of the human health and animal health sectors in the coping against this zoonosis, in a "One Health" perspective, will contribute to the Q fever to stop neglected and be better investigated in Brazil, thus reducing the damage caused by it.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAFebre QCoxiella burnetiiZoonoseDiagnósticoSoroprevalênciaSaúde públicaQ feverCoxiella burnetiiZoonosisDiagnosisSeroprevalencePublic healthPesquisa de Coxiella burnetii, agente etiológico da febre Q, em amostras de soro de pacientes com suspeita de dengue no estado de Minas Gerais, Brasil: uma doença negligenciadainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALigorrosameurer.pdfigorrosameurer.pdfPDF/Aapplication/pdf1792633https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11968/1/igorrosameurer.pdfced99cd99db9bfafb5b468f5e187e931MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11968/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11968/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTigorrosameurer.pdf.txtigorrosameurer.pdf.txtExtracted texttext/plain269997https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11968/4/igorrosameurer.pdf.txt9e9a4dca83b1e5c79e4222bc27b22266MD54THUMBNAILigorrosameurer.pdf.jpgigorrosameurer.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1251https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11968/5/igorrosameurer.pdf.jpgfcf72263dd1d0601b85ad6be6d25c95eMD55ufjf/119682020-12-04 04:08:47.224oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11968Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-12-04T06:08:47Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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