Territorialização e redes na sociedade contemporânea: religião e cuidado no espaço público

• Autor(a) principal: Bonet, Octavio Andrés Ramón
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Magalhães, Flávia Vidal, Bigogno, Paula Guedes, Prazeres, Luciano Padilha dos, Mendes, Sylmara Ribeiro de Oliveira, Lavinas, Laís Villela, Santos, Josué Nogueira dos
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9378
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; -

Nesta pesquisa trabalhamos o conceito de territorialização para compreender as condições e possibilidades de acesso à variedade de recursos decuidado que se encontram disponibilizados em um determinado contexto social. A partir do trabalho de observação e de entrevistas feitas com osprofissionais e os usuários da Unidade Básica de Saúde do Bairro de Santa Luzia, Juiz de Fora – MG, intentamos entender as redes de cuidadoatravés das quais se operacionaliza a territorialização.Essas redes sociais são espaços em que se encontram tanto o formato territorialização-dominação da UBS, quanto as diferentes articulaçõesintersticiais realizadas como válvula de escape por parte dos usuários. Entendidas como um recurso metodológico, elas nos permitem entender asnovas configurações que o social assume. Entendemos o social como um tipo de conexão que coloca em relação coisas não sociais, produzindosempre novas percepções acerca do que constituem os vínculos entre os humanos. Portanto, é nesse espaço-conexão em rede que se produz aterritorialização, ou melhor, que o conceito territorialização é metaforizado em vários tipos de territorialização: 1. a própria delimitação do espaçogeográfico adscrito pela UBS; 2. o âmbito familiar e 3. os espaços de interação por onde circulam os sujeitos/usuários. Em tais espaçosterritorializados podemos perceber as relações entre diferentes experiências terapêuticas e a Estratégia de Saúde da Família, no que diz respeito aosvariados graus de receptividade da ESF e as articulações diversas entre o cuidado profissional e as terapêuticas populares e/ou religiosas.