Plantas medicinais e fitoterapia: uma visão de profissionais prescritores da Atenção Primária à Saúde de Juiz de Fora – MG, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dibo, Valéria Silva
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16233
Resumo: A utilização de plantas medicinais (PM) e fitoterápicos (FT) constitui um importante instrumento terapêutico da assistência farmacêutica, principalmente nos países em desenvolvimento, onde a população depende de medidas governamentais para o tratamento de suas enfermidades. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo conhecer a visão de profissionais prescritores da Atenção Primária à Saúde (APS) de Juiz de Fora, MG, sobre o uso de PM e FT. Foi aplicado um questionário semi-estruturado para determinar variáveis, tais como perfil dos prescritores, conhecimento sobre políticas sobre PM e FT, formação acadêmica, identificação botânica, diferença de produtos fitofarmacêuticos, inserção na prática profissional, visão do serviço, interesse em qualificação, prescrição aos usuários, registro no ESUS, grupos educativos, cultivo de hortas e reconhecimento de nomes de PM. Do total de 112 profissionais, participaram enfermeiros (33,93%), farmacêuticos (25%), médicos (29,46%) e odontólogos (11,61%). A maioria dos participantes atuam na estratégia de saúde da família (ESF), com predomínio do sexo feminino, faixa etária de 31 a 40 anos e nível de especialização, trabalhando no setor público. Em relação à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), 56,25% dos entrevistados conhecem, enquanto a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) é desconhecida por 61,61%. Dos participantes, 66,07% alegam que conteúdos sobre PM e FT não foram abordados na graduação e 97,32% não possuem curso de especialização lato sensu na área de PM e FT ou em Terapias Integrativas e Complementares. Observou-se que 81,25% desconhecem o procedimento de identificação botânica e 73,21% não sabem a diferença entre PM, droga vegetal, derivado vegetal e FT. Já no autocuidado e/ou familiares, 61,61% fazem uso desses produtos, mas 76,79% não prescrevem na prática profissional. Dos entrevistados, 90,18% afirmam que não existem serviços de PM e FT na unidade, 71,43% têm interesse na qualificação, mas 78,57% não prescrevem aos usuários. Os participantes atuam em grupos educativos e registra no E-SUS, mas afirmam que não existe grupo de PM e FT e nem horta medicinal na unidade e comunidade. Os enfermeiros reconheceram o nome de 52 espécies medicinais (86,67%), os farmacêuticos 60 (100,00%), os médicos 51 (85,00%) e os odontólogos 40 (66,67%). Portanto, a implantação das práticas integrativas e complementares na APS de Juiz de Fora (MG) necessita de ações e investimentos por parte dos gestores, assim como capacitação dos profissionais prescritores para cumprirem as exigências legais e exercerem suas atividades com eficiência e qualidade junto aos usuários do SUS.
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Foi aplicado um questionário semi-estruturado para determinar variáveis, tais como perfil dos prescritores, conhecimento sobre políticas sobre PM e FT, formação acadêmica, identificação botânica, diferença de produtos fitofarmacêuticos, inserção na prática profissional, visão do serviço, interesse em qualificação, prescrição aos usuários, registro no ESUS, grupos educativos, cultivo de hortas e reconhecimento de nomes de PM. Do total de 112 profissionais, participaram enfermeiros (33,93%), farmacêuticos (25%), médicos (29,46%) e odontólogos (11,61%). A maioria dos participantes atuam na estratégia de saúde da família (ESF), com predomínio do sexo feminino, faixa etária de 31 a 40 anos e nível de especialização, trabalhando no setor público. Em relação à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), 56,25% dos entrevistados conhecem, enquanto a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) é desconhecida por 61,61%. Dos participantes, 66,07% alegam que conteúdos sobre PM e FT não foram abordados na graduação e 97,32% não possuem curso de especialização lato sensu na área de PM e FT ou em Terapias Integrativas e Complementares. Observou-se que 81,25% desconhecem o procedimento de identificação botânica e 73,21% não sabem a diferença entre PM, droga vegetal, derivado vegetal e FT. Já no autocuidado e/ou familiares, 61,61% fazem uso desses produtos, mas 76,79% não prescrevem na prática profissional. Dos entrevistados, 90,18% afirmam que não existem serviços de PM e FT na unidade, 71,43% têm interesse na qualificação, mas 78,57% não prescrevem aos usuários. Os participantes atuam em grupos educativos e registra no E-SUS, mas afirmam que não existe grupo de PM e FT e nem horta medicinal na unidade e comunidade. Os enfermeiros reconheceram o nome de 52 espécies medicinais (86,67%), os farmacêuticos 60 (100,00%), os médicos 51 (85,00%) e os odontólogos 40 (66,67%). Portanto, a implantação das práticas integrativas e complementares na APS de Juiz de Fora (MG) necessita de ações e investimentos por parte dos gestores, assim como capacitação dos profissionais prescritores para cumprirem as exigências legais e exercerem suas atividades com eficiência e qualidade junto aos usuários do SUS.The use of medicinal plants (MP) and herbal medicines (HM) is an important therapeutic instrument of pharmaceutical care, especially in developing countries, where the population depends on government measures for the treatment of their illnesses. In this sense, this study aims to know the view of prescribers of Primary Health Care (PHC) in Juiz de Fora, MG, on the use of MP and HM. A semi-structured questionnaire was applied to determine variables, such as profile of prescribers, knowledge about PM and HM policies, academic background, botanical identification, difference in plant protection products, insertion in professional practice, vision of the service, interest in qualification, prescription to users, E-SUS registration, educational groups, vegetable gardens and MP name recognition. Of the total of 112 professionals, nurses (33.93%), pharmacists (25%), physicians (29.46%) and dentists (11.61%) participated in this study. These professionals work in the family health strategy (FHS), female, aged 31 to 40 years, level of specialization and work in the public sector. Regarding the National Policy on Integrative and Complementary Practices (NPICP), 56.25% of respondents know, while the National Policy on Medicinal Plants and Herbal Medicines (NPMPHM) is unknown by 61.61%. Of the participants, 66.07% claim that content on MP and HM were not addressed in graduation and 97.32% do not have a lato sensu specialization course in the area of MP and HM or in Integrative and Complementary Therapies. It was observed that 81.25% are unaware of the botanical identification procedure and 73.21% do not know the difference between MP, plant drug, plant derivative and HM. As for self-care and/or family, 61.61% use these products, but 76.79% do not prescribe them in professional practice. Of the respondents, 90.18% claim that there are no MP and HM services in the unit, 71.43% are interested in qualification, but 78.57% do not prescribe to users. Participants work in educational groups and register in the ESUS, but claim that there is no PM and FT group and no medicinal garden in the unit and community. Respondents participate in educational groups and register in the E-SUS, but claim that there is no MP and HM group and no medicinal garden in the unit and community. Nurses recognized the names of 52 medicinal species (86.67%), pharmacists 60 (100.00%), physicians 51 (85.00%) and dentists 40 (66.67%). Therefore, the implementation of integrative and complementary practices in PHC in Juiz de Fora (MG) requires actions and investments on the part of managers, as well as training of prescribing professionals to comply with legal requirements and carry out their activities with efficiency and quality with SUS Users.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências FarmacêuticasUFJFBrasilFaculdade de FarmáciaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIAAtenção primária à saúdePlantas medicinaisFitoterapiaPrescritoresProfissionais da saúdePráticas integrativas e complementaresPrimary health careMedicinal plantsPhytotherapyPrescribersHealth professionalsIntegrative and complementary practicesPlantas medicinais e fitoterapia: uma visão de profissionais prescritores da Atenção Primária à Saúde de Juiz de Fora – MG, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALvaleriasilvadibo.pdfvaleriasilvadibo.pdfapplication/pdf1459702https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16233/1/valeriasilvadibo.pdf16a51b95975e9297d4b239c06322bd19MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16233/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16233/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTvaleriasilvadibo.pdf.txtvaleriasilvadibo.pdf.txtExtracted texttext/plain242110https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16233/4/valeriasilvadibo.pdf.txtfc2ff11274eb69b83736aa9e0e1dc08bMD54THUMBNAILvaleriasilvadibo.pdf.jpgvaleriasilvadibo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1185https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16233/5/valeriasilvadibo.pdf.jpg481d6ca700325d905f95e6365290493bMD55ufjf/162332023-11-22 04:04:04.134oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/16233Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-11-22T06:04:04Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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