Controle autonômico e hemodinâmico em pré-hipertensos com histórico familiar de hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Josária Ferraz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7206
Resumo: Introdução: Indivíduos com histórico familiar de hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou pré-hipertensão apresentam anormalidades autonômicas e vasculares, tanto em repouso quanto em resposta a situações estressoras. Tendo em vista que essas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento da HAS e que nos indivíduos com histórico familiar de HAS há alta incidência de pré-hipertensão, o entendimento dessas disfunções em indivíduos pré-hipertensos com histórico de HAS é de fundamental importância. Objetivo: Comparar as funções autonômica e vascular em repouso e as respostas hemodinâmicas durante estresse mental e exercício isométrico de preensão manual de pré-hipertensos e normotensos com histórico familiar de HAS. Métodos: Vinte e cinco voluntários jovens com histórico familiar de HAS (30±5 anos, 24±4 kg/m²), sendo 14 normotensos (PAS: 116 [105-119], PAD: 67[60-71] mmHg) e 11 préhipertensos (PAS: 128[124-132], PAD: 75[71-75] mmHg) foram submetidos à avaliação da função vascular (hiperemia reativa, Hokanson®) e da modulação autonômica cardíaca e periférica, quantificada, respectivamente, por meio da análise espectral da frequência cardíaca (ECG) e da pressão arterial sistólica (FinometerPRO®). A análise da função de transferência foi utilizada para mensurar o ganho e o tempo de resposta do barorreflexo. Além disso, foram registrados pressão arterial, frequência cardíaca (Dixtal®), fluxo sanguíneo muscular do antebraço e calculada a condutância vascular do antebraço (Hokanson®) por 3 minutos durante o repouso e 1º, 2º e 3º minutos dos protocolos de estresse mental (Stroop Color Word Conflict Test) e de exercício isométrico de preensão manual a 30% da contração voluntária máxima (Saehan®). Os dados foram reportados como média ± desvio padrão ou como mediana [1º quartil - 3º quatil]. A significância estatística adotada foi de 5%. Resultados: Pré-hipertensos, em relação aos normotensos, possuem maior condutância vascular tanto em repouso (3,48±1,26 vs. 2,67±0,72 unidades; p=0,05, tamanho do efeito (TE): 1,13) quanto no pico hiperemia reativa (25,02±8,18 vs. 18,66±6,07 unidades; p=0,04, TE: 1,05). Os índices da modulação autonômica cardíaca foram semelhantes entre os grupos. Entretanto, na modulação autonômica periférica, foi observado, nos pré-hipertensos em relação aos normotensos, maior variabilidade (9,4 [4,9-12,7] vs. 18,3 [14,8-26,7] mmHg²; p<0,01) e maiores componentes espectrais de muito baixa (6,9 [2,0-11,1] vs. 13,5 [10,7-22,4] mmHg²; p=0,01) e baixa frequências (1,7 [1,0-3,0] vs. 3,0 [2,0-4,0] mmHg²; p=0,04) da pressão arterial sistólica. Adicionalmente, observamos menor ganho do controle barorreflexo nos pré-hipertensos em relação aos normotensos (12,16±4,18 vs. 18,23±7,11 ms/mmHg; p=0,03, TE:1,1), porém com tempo de retardo semelhante (-1,55±0,66 vs. -1,58±0.72 s; p=0,90). Durante todo o protocolo de estresse mental os grupos normotenso e pré-hipertenso aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,70, efeito grupo: p=0,58), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,78) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,82, efeito grupo: p=0,60), a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,68, efeito grupo:p=0,66), o fluxo sanguíneo muscular (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,42, efeito grupo: p=0,91) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,01, efeito interação: p=0,47, efeito grupo: p=84) em relação ao basal. Não sendo observadas diferenças entre as respostas dos grupos em nenhuma das variáveis. De modo semelhante, durante todo o protocolo de exercício isométrico, ambos os grupos aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,99), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,93, efeito grupo: p=0,79) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,89, efeito grupo: p=0,89) e a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,65, efeito grupo:p=0,79 em relação ao basal. Porém, o fluxo sanguíneo muscular do antebraço aumentou em relação ao basal apenas no terceiro minuto (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,62, efeito grupo: p=0,98) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,06, efeito interação: 0,66, efeito grupo: p=0,92) se manteve semelhante ao basal em ambos os grupos estudados em todos os momentos. Não foram observadas diferenças entre os grupos em nenhuma das variáveis. Conclusão: Jovens pré-hipertensos com histórico familiar de HAS possuem disfunção autonômica e condutância vascular do antebraço aumentada quando comparados a normotensos com o mesmo fator de risco. Durante estresse mental e exercício físico, os grupos estudados apresentam resposta hemodinâmica semelhante. Adicionalmente, ambos os grupos apresentam disfunção vascular durante o exercício, caracterizada por ausência de vasodilatação durante essa manobra.
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Tendo em vista que essas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento da HAS e que nos indivíduos com histórico familiar de HAS há alta incidência de pré-hipertensão, o entendimento dessas disfunções em indivíduos pré-hipertensos com histórico de HAS é de fundamental importância. Objetivo: Comparar as funções autonômica e vascular em repouso e as respostas hemodinâmicas durante estresse mental e exercício isométrico de preensão manual de pré-hipertensos e normotensos com histórico familiar de HAS. Métodos: Vinte e cinco voluntários jovens com histórico familiar de HAS (30±5 anos, 24±4 kg/m²), sendo 14 normotensos (PAS: 116 [105-119], PAD: 67[60-71] mmHg) e 11 préhipertensos (PAS: 128[124-132], PAD: 75[71-75] mmHg) foram submetidos à avaliação da função vascular (hiperemia reativa, Hokanson®) e da modulação autonômica cardíaca e periférica, quantificada, respectivamente, por meio da análise espectral da frequência cardíaca (ECG) e da pressão arterial sistólica (FinometerPRO®). A análise da função de transferência foi utilizada para mensurar o ganho e o tempo de resposta do barorreflexo. Além disso, foram registrados pressão arterial, frequência cardíaca (Dixtal®), fluxo sanguíneo muscular do antebraço e calculada a condutância vascular do antebraço (Hokanson®) por 3 minutos durante o repouso e 1º, 2º e 3º minutos dos protocolos de estresse mental (Stroop Color Word Conflict Test) e de exercício isométrico de preensão manual a 30% da contração voluntária máxima (Saehan®). Os dados foram reportados como média ± desvio padrão ou como mediana [1º quartil - 3º quatil]. A significância estatística adotada foi de 5%. Resultados: Pré-hipertensos, em relação aos normotensos, possuem maior condutância vascular tanto em repouso (3,48±1,26 vs. 2,67±0,72 unidades; p=0,05, tamanho do efeito (TE): 1,13) quanto no pico hiperemia reativa (25,02±8,18 vs. 18,66±6,07 unidades; p=0,04, TE: 1,05). Os índices da modulação autonômica cardíaca foram semelhantes entre os grupos. Entretanto, na modulação autonômica periférica, foi observado, nos pré-hipertensos em relação aos normotensos, maior variabilidade (9,4 [4,9-12,7] vs. 18,3 [14,8-26,7] mmHg²; p<0,01) e maiores componentes espectrais de muito baixa (6,9 [2,0-11,1] vs. 13,5 [10,7-22,4] mmHg²; p=0,01) e baixa frequências (1,7 [1,0-3,0] vs. 3,0 [2,0-4,0] mmHg²; p=0,04) da pressão arterial sistólica. Adicionalmente, observamos menor ganho do controle barorreflexo nos pré-hipertensos em relação aos normotensos (12,16±4,18 vs. 18,23±7,11 ms/mmHg; p=0,03, TE:1,1), porém com tempo de retardo semelhante (-1,55±0,66 vs. -1,58±0.72 s; p=0,90). Durante todo o protocolo de estresse mental os grupos normotenso e pré-hipertenso aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,70, efeito grupo: p=0,58), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,78) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,82, efeito grupo: p=0,60), a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,68, efeito grupo:p=0,66), o fluxo sanguíneo muscular (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,42, efeito grupo: p=0,91) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,01, efeito interação: p=0,47, efeito grupo: p=84) em relação ao basal. Não sendo observadas diferenças entre as respostas dos grupos em nenhuma das variáveis. De modo semelhante, durante todo o protocolo de exercício isométrico, ambos os grupos aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,99), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,93, efeito grupo: p=0,79) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,89, efeito grupo: p=0,89) e a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,65, efeito grupo:p=0,79 em relação ao basal. Porém, o fluxo sanguíneo muscular do antebraço aumentou em relação ao basal apenas no terceiro minuto (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,62, efeito grupo: p=0,98) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,06, efeito interação: 0,66, efeito grupo: p=0,92) se manteve semelhante ao basal em ambos os grupos estudados em todos os momentos. Não foram observadas diferenças entre os grupos em nenhuma das variáveis. Conclusão: Jovens pré-hipertensos com histórico familiar de HAS possuem disfunção autonômica e condutância vascular do antebraço aumentada quando comparados a normotensos com o mesmo fator de risco. Durante estresse mental e exercício físico, os grupos estudados apresentam resposta hemodinâmica semelhante. Adicionalmente, ambos os grupos apresentam disfunção vascular durante o exercício, caracterizada por ausência de vasodilatação durante essa manobra.Introduction: Individuals with a family history of systemic arterial hypertension (SAH) or prehypertension have autonomic and vascular abnormalities, both at rest and in response to stressful situations. Considering that these changes are related to the development of SAH and that in individuals with a family history of SAH there is a high incidence of prehypertension, the understanding of these disorders in prehypertensive individuals with a history of SAH is of fundamental importance. Objective: To compare the autonomic and vascular functions in rest and the hemodynamic response during mental stress and isometric handgrip exercise the prehypertensive and normotensive patients with family history of SAH. Methods: Twenty-five young volunteers with family history of SAH (30±5 years, 24±4 kg/m²), 14 normotensive (SBP: 116 [105-119], DBP: 67[60-71] mmHg) and 11 prehypertensive subjects (SBP: 128[124-132], DBP: 75[7175] mmHg) were submitted to vascular function evaluation (reactive hyperemia, Hokanson®), and cardiac and peripheral autonomic modulation, quantified, respectively, by spectral analysis of heart rate (ECG) and systolic blood pressure (SBP, FinometerPRO®). The transfer function analysis was used to measure the gain and response time of baroreflex. Additionally, were recorded blood pressure, heart rate (Dixtal®) and forearm blood flow and calculated forearm vascular conductance (Hokanson®) for 3 minutes during rest and 1º, 2º and 3º minutes of the protocols of mental stress (Stroop Color Word Conflict Test) and isometric exercise at 30% of maximal voluntary contraction (Saehan®). Data were presented as mean ± standard deviation of the mean or as median [1º quartile – 3º quartile]. The statistical significance adopted was 5%. Results: Pre-hypertensive individuals, in relation to normotensive individuals, have higher forearm vascular conductance both at rest (3.48 ± 1.26 vs. 2.67 ± 0.72 units, p = 0.05, effect size (ES): 1.13) and peak reactive hyperemia (25, 02 ± 8.18 vs. 18.66 ± 6.07 units, p = 0.04, ES: 1.05). The indices of cardiac autonomic modulation were similar between the groups. However, in the peripheral autonomic modulation, greater variability was observed in prehypertensive patients compared to normotensive individuals (9.4 [4.9-12.7] vs. 18.3 [14.8-26.7] mmHg²; p < 0.01) and higher spectral components of very low (6.9 [2.0-11.1] vs. 13.5 [10.7-22.4] mmHg², p = 0.01) and low frequencies (1.7 [1.0-3.0] vs. 3.0 [2.0-4.0] mmHg², p = 0.04) of SBP. Additionally, we observed a lower gain of baroreflex control in prehypertensive patients compared to normotensive patients (12.16 ± 4.18 vs. 18.23 ± 7.11 ms/mmHg, p = 0.03, ES: 1.1), but similar delay time (-1.55 ± 0.66 vs. -1.58 ± 0.72 s, p = 0.90). During the protocols of mental stress normotensive and prehypertensive groups increased (deltas) significantly and similarly systolic blood pressure (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.70, group effect: p=0.58), diastolic (time effect:p<0.01, interaction effect: p=0.35, group effect: p=0.78) and mean (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.82, group effect: p=0.60), heart rate (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.68, group effect: p=0.66), forearm muscle blood flow (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.42, group effect: p=0.91) and forearm vascular conductance (time effect: p=0.01, interaction effect: p=0.47, group effect: p=0.84) in relation to the baseline. No differences were observed between group responses in any of the variables. Similarly, throughout the isometric exercise protocol, both groups increased (deltas) significantly and similarly systolic blood pressure (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.35, group effect: p=0.99), diastolic (time effect:p<0.01, interaction effect: p=0.93, group effect: p=0.79) and mean (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.89, group effect: p=0.89) and heart rate (time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.65, group effect: p=0.79) in relation to the baseline. However, the forearm muscle blood flow increased from baseline only in the third minute time effect: p<0.01, interaction effect: p=0.62, group effect: p=0.98) and forearm vascular conductance (time effect: p=0.06, interaction effect: p=0.66, group effect: p=0.92) remained similar to baseline in both groups in all moments. No differences were observed between groups in any of the variables. Conclusion: Young prehypertensive patients with family history of SAH have autonomic dysfunction and increased forearm vascular conductance when compared to normotensive patients with the same risk factor. During mental stress and physical exercise, the groups studied had a similar hemodynamic response. Additionally, both groups present vascular dysfunction during exercise, characterized by the absence of vasodilation during this maneuver.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEPré-hipertensãoHereditariedadeBarorreflexoVasodilataçãoExercícioEstressePrehypertensionHeredityBaroreflexVasodilationExerciseStressControle autonômico e hemodinâmico em pré-hipertensos com histórico familiar de hipertensão arterialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjosariaferrazamaral.pdf.txtjosariaferrazamaral.pdf.txtExtracted texttext/plain173870https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7206/3/josariaferrazamaral.pdf.txt6f21172065c758188176b7b04262bf20MD53THUMBNAILjosariaferrazamaral.pdf.jpgjosariaferrazamaral.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1260https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7206/4/josariaferrazamaral.pdf.jpg7440f1a05aa42e647918c5ed0a8147a5MD54ORIGINALjosariaferrazamaral.pdfjosariaferrazamaral.pdfapplication/pdf6841892https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7206/1/josariaferrazamaral.pdf28ae67360c5280e7ba4e68f796d29a90MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7206/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/72062019-06-16 08:23:41.09oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/7206TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T11:23:41Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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Martinez, Patricia Fernandes Trevizan
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topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Pré-hipertensão
Hereditariedade
Barorreflexo
Vasodilatação
Exercício
Estresse
Prehypertension
Heredity
Baroreflex
Vasodilation
Exercise
Stress
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description Introdução: Indivíduos com histórico familiar de hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou pré-hipertensão apresentam anormalidades autonômicas e vasculares, tanto em repouso quanto em resposta a situações estressoras. Tendo em vista que essas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento da HAS e que nos indivíduos com histórico familiar de HAS há alta incidência de pré-hipertensão, o entendimento dessas disfunções em indivíduos pré-hipertensos com histórico de HAS é de fundamental importância. Objetivo: Comparar as funções autonômica e vascular em repouso e as respostas hemodinâmicas durante estresse mental e exercício isométrico de preensão manual de pré-hipertensos e normotensos com histórico familiar de HAS. Métodos: Vinte e cinco voluntários jovens com histórico familiar de HAS (30±5 anos, 24±4 kg/m²), sendo 14 normotensos (PAS: 116 [105-119], PAD: 67[60-71] mmHg) e 11 préhipertensos (PAS: 128[124-132], PAD: 75[71-75] mmHg) foram submetidos à avaliação da função vascular (hiperemia reativa, Hokanson®) e da modulação autonômica cardíaca e periférica, quantificada, respectivamente, por meio da análise espectral da frequência cardíaca (ECG) e da pressão arterial sistólica (FinometerPRO®). A análise da função de transferência foi utilizada para mensurar o ganho e o tempo de resposta do barorreflexo. Além disso, foram registrados pressão arterial, frequência cardíaca (Dixtal®), fluxo sanguíneo muscular do antebraço e calculada a condutância vascular do antebraço (Hokanson®) por 3 minutos durante o repouso e 1º, 2º e 3º minutos dos protocolos de estresse mental (Stroop Color Word Conflict Test) e de exercício isométrico de preensão manual a 30% da contração voluntária máxima (Saehan®). Os dados foram reportados como média ± desvio padrão ou como mediana [1º quartil - 3º quatil]. A significância estatística adotada foi de 5%. Resultados: Pré-hipertensos, em relação aos normotensos, possuem maior condutância vascular tanto em repouso (3,48±1,26 vs. 2,67±0,72 unidades; p=0,05, tamanho do efeito (TE): 1,13) quanto no pico hiperemia reativa (25,02±8,18 vs. 18,66±6,07 unidades; p=0,04, TE: 1,05). Os índices da modulação autonômica cardíaca foram semelhantes entre os grupos. Entretanto, na modulação autonômica periférica, foi observado, nos pré-hipertensos em relação aos normotensos, maior variabilidade (9,4 [4,9-12,7] vs. 18,3 [14,8-26,7] mmHg²; p<0,01) e maiores componentes espectrais de muito baixa (6,9 [2,0-11,1] vs. 13,5 [10,7-22,4] mmHg²; p=0,01) e baixa frequências (1,7 [1,0-3,0] vs. 3,0 [2,0-4,0] mmHg²; p=0,04) da pressão arterial sistólica. Adicionalmente, observamos menor ganho do controle barorreflexo nos pré-hipertensos em relação aos normotensos (12,16±4,18 vs. 18,23±7,11 ms/mmHg; p=0,03, TE:1,1), porém com tempo de retardo semelhante (-1,55±0,66 vs. -1,58±0.72 s; p=0,90). Durante todo o protocolo de estresse mental os grupos normotenso e pré-hipertenso aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,70, efeito grupo: p=0,58), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,78) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,82, efeito grupo: p=0,60), a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,68, efeito grupo:p=0,66), o fluxo sanguíneo muscular (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,42, efeito grupo: p=0,91) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,01, efeito interação: p=0,47, efeito grupo: p=84) em relação ao basal. Não sendo observadas diferenças entre as respostas dos grupos em nenhuma das variáveis. De modo semelhante, durante todo o protocolo de exercício isométrico, ambos os grupos aumentaram (deltas) significativa e similarmente a pressão arterial sistólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,35, efeito grupo: p=0,99), diastólica (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,93, efeito grupo: p=0,79) e média (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,89, efeito grupo: p=0,89) e a frequência cardíaca (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,65, efeito grupo:p=0,79 em relação ao basal. Porém, o fluxo sanguíneo muscular do antebraço aumentou em relação ao basal apenas no terceiro minuto (efeito tempo: p<0,01, efeito interação: p=0,62, efeito grupo: p=0,98) e a condutância vascular do antebraço (efeito tempo: p=0,06, efeito interação: 0,66, efeito grupo: p=0,92) se manteve semelhante ao basal em ambos os grupos estudados em todos os momentos. Não foram observadas diferenças entre os grupos em nenhuma das variáveis. Conclusão: Jovens pré-hipertensos com histórico familiar de HAS possuem disfunção autonômica e condutância vascular do antebraço aumentada quando comparados a normotensos com o mesmo fator de risco. Durante estresse mental e exercício físico, os grupos estudados apresentam resposta hemodinâmica semelhante. Adicionalmente, ambos os grupos apresentam disfunção vascular durante o exercício, caracterizada por ausência de vasodilatação durante essa manobra.
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