Perfil de uma população com múltiplas condições crônicas atendida em uma unidade de assistência integral ao tabagista

• Autor(a) principal: Gusmão, Mariana Muniz
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14168
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Tabagismo; Múltiplas condições crônicas; Aderência ao tratamento; Tobacco use; Multiple chronic conditions; Treatment adherence

Tendo em vista a complexidade envolvida na cessação tabágica e a necessidade de tratamento especializado para uma população com múltiplas condições crônicas, realizou-se um estudo retrospectivo no qual foram analisados 364 fumantes com múltiplas condições crônicas em um ambulatório de tabagismo, por meio de registros eletrônicos do serviço. Foram utilizadas técnicas multivariadas para a tipificação dos usuários do serviço e identificados três perfis de fumantes nomeados de Leve, Moderado e Pesado, discriminados pelo nível de dependência e uso de cigarros. O grupo Leve destacou-se pelos participantes menos aderentes e com grande porcentagem de pessoas casadas e em atividade laboral formal. Obteve a maior porcentagem de interrupção do tabagismo na quarta semana de tratamento e, em relação aos estágios de motivação para mudança de comportamento, apresentou a menor porcentagem de fumantes em estágio de contemplação e maior em estágio de ação. O grupo Moderado destacou-se em relação a maior porcentagem de participantes aderentes e como o grupo que mais cessou o tabagismo ao final do tratamento. O grupo Pesado apresentou o maior número de cigarros fumados ao longo do tratamento e obteve a maior concentração de pessoas sedentárias, em uso de álcool, com a condição crônica Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e ansiedade autodeclarada. A partir dos resultados obtidos, discutiu-se a importância de fatores identificados como barreiras e fortalezas no processo de cessação tabágica e suas complexidades e contradições. Contudo, reforça-se a importância do contato da equipe de saúde e da utilização de grupos enquanto ferramenta em saúde e especula-se a respeito do papel das relações interpessoais, da atividade laboral e da motivação para a mudança de comportamento.