Validade e confiabilidade da versão brasileira da Drive for Muscularity Scale (DMS) para jovens universitárias da cidade de Juiz de Fora - MG
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4070 |
Resumo: | A busca pela muscularidade pode ser conceituada como o desejo de alcançar um corpo musculoso, bem como a preocupação e a motivação quanto ao aumento da massa muscular. Há carência de pesquisas sobre o construto em mulheres e, consequentemente, de estudos psicométricos de escalas que tenham como intuito avaliar a busca pela muscularidade nesse público. Diante desta lacuna do conhecimento, o objetivo do presente estudo foi avaliar a validade e a confiabilidade da Drive for Muscularity Scale (DMS) para mulheres brasileiras. Trata-se de uma investigação do tipo transversal, que contou com a participação de 242 mulheres para Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e validade convergente. Destas, 61 mulheres foram convidadas a participar do teste de confiabilidade, ficando 38 para o reteste. A idade das participantes variou entre 18 e 35 anos. Foram aplicados instrumentos de autorrelato para análise de validade convergente da DMS, a saber: Rosenberg Self-Esteem Scale (autoestima), Beck Depression Inventory (sintomas depressivos), Eating Attitudes Test-26 (comportamentos de risco de transtornos alimentares) e Commitment Exercise Scale (comprometimento psicológico ao exercício físico). A validade fatorial da DMS foi avaliada por meio da AFC. A confiabilidade da escala foi averiguada pelo cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e, em adição, pela técnica teste-reteste. Para esta última, foram utilizados como recurso: o teste t de medidas repetidas, coeficiente de correlação de Pearson, bem como o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Foram testados 4 (quatro) modelos da DMS: 1) modelo original com dois fatores; 2) modelo unidimensional; 3) modelo unidimensional com outro método estimativo e 4) modelo original com dois fatores para mulheres. Porém, nenhum destes apresentou bom ajuste segundo os valores dos testes e múltiplos índices calculados. A DMS apresentou associação apenas com autoestima e autoaceitação (rpearson = 0,13; p < 0,05) e com os comportamentos de risco para transtornos alimentares (rpearson = 0,16; p < 0,05). O valor para o teste t foi de t (40) = 2,2, p = 0,03. O CCI apresentou valor igual a 0,86, p<0,001. De acordo com a AFC, nenhum dos modelos testados é adequado para aplicação no público feminino. A DMS apresentou correlação apenas com a autoestima e autoaceitação e comportamentos para transtornos alimentares. O contrário aconteceu com sintomas depressivos e comprometimento ao exercício físico. Quanto à fidedignidade, o teste t apresentou diferença significativa, 7 demonstrando que o instrumento aplicado não apresentou confiabilidade suficiente. Os valores de r de Pearson explicaram 79% de associação entre as duas fases (teste e reteste). Além disso, a CCI mostrou 73% de correlação entre o teste e o reteste. Por fim, o alfa de Cronbach evidenciou, tanto no teste quanto no reteste, uma variância reduzida, ou seja, houve congruência de cada item com o restante dos itens da DMS. Conclui-se que, embora o instrumento tenha apresentado alguns indícios de validade, os resultados gerais não foram satisfatórios. Mais estudos são necessários para a criação de um novo instrumento a fim de avaliar esse construto no público feminino. |
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Diante desta lacuna do conhecimento, o objetivo do presente estudo foi avaliar a validade e a confiabilidade da Drive for Muscularity Scale (DMS) para mulheres brasileiras. Trata-se de uma investigação do tipo transversal, que contou com a participação de 242 mulheres para Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e validade convergente. Destas, 61 mulheres foram convidadas a participar do teste de confiabilidade, ficando 38 para o reteste. A idade das participantes variou entre 18 e 35 anos. Foram aplicados instrumentos de autorrelato para análise de validade convergente da DMS, a saber: Rosenberg Self-Esteem Scale (autoestima), Beck Depression Inventory (sintomas depressivos), Eating Attitudes Test-26 (comportamentos de risco de transtornos alimentares) e Commitment Exercise Scale (comprometimento psicológico ao exercício físico). A validade fatorial da DMS foi avaliada por meio da AFC. A confiabilidade da escala foi averiguada pelo cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e, em adição, pela técnica teste-reteste. Para esta última, foram utilizados como recurso: o teste t de medidas repetidas, coeficiente de correlação de Pearson, bem como o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Foram testados 4 (quatro) modelos da DMS: 1) modelo original com dois fatores; 2) modelo unidimensional; 3) modelo unidimensional com outro método estimativo e 4) modelo original com dois fatores para mulheres. Porém, nenhum destes apresentou bom ajuste segundo os valores dos testes e múltiplos índices calculados. A DMS apresentou associação apenas com autoestima e autoaceitação (rpearson = 0,13; p < 0,05) e com os comportamentos de risco para transtornos alimentares (rpearson = 0,16; p < 0,05). O valor para o teste t foi de t (40) = 2,2, p = 0,03. O CCI apresentou valor igual a 0,86, p<0,001. De acordo com a AFC, nenhum dos modelos testados é adequado para aplicação no público feminino. A DMS apresentou correlação apenas com a autoestima e autoaceitação e comportamentos para transtornos alimentares. O contrário aconteceu com sintomas depressivos e comprometimento ao exercício físico. Quanto à fidedignidade, o teste t apresentou diferença significativa, 7 demonstrando que o instrumento aplicado não apresentou confiabilidade suficiente. Os valores de r de Pearson explicaram 79% de associação entre as duas fases (teste e reteste). Além disso, a CCI mostrou 73% de correlação entre o teste e o reteste. Por fim, o alfa de Cronbach evidenciou, tanto no teste quanto no reteste, uma variância reduzida, ou seja, houve congruência de cada item com o restante dos itens da DMS. Conclui-se que, embora o instrumento tenha apresentado alguns indícios de validade, os resultados gerais não foram satisfatórios. Mais estudos são necessários para a criação de um novo instrumento a fim de avaliar esse construto no público feminino.The pursuit of muscularity can be defined as the desire to achieve a muscular body as well as the concern and motivation in increasing muscle mass. There is a lack of research on this construct in women and, consequently, psychometric studies of scales that have the intention to evaluate the pursuit of muscularity in that audience. Given this knowledge absence, the aim of this study was to evaluate the validity and reliability of the Drive for Muscularity Scale (DMS) for Brazilian women. This is a cross-sectional investigation that includes the participation of 242 women for Confirmatory Factor Analysis (CFA) and convergent validity. Of these, 61 women were invited to participate in the reliability test, remaining 38 for retesting. The age of participants ranged from 18 to 35 years. Self-report instruments were applied to analyze the convergent validity of DMS, which were the following: Rosenberg SelfEsteem Scale (self-esteem), Beck Depression Inventory (depressive symptoms), Eating Attitudes Test-26 (risky behaviors for eating disorders) and Commitment Exercise Scale (psychological commitment to physical exercise). Factorial validity of DMS was evaluated by the CFA. The confidence level of the scale was determined by calculating Cronbach's alpha coefficient and in addition, by the test retest technique. For the latter, were used as a resource: the t test for repeated measures, Pearson’s correlation coefficient and the intraclass correlation coefficient (ICC). Were tested four models of DMS: 1) original model with two factors; 2) one-dimension model; 3) one-dimension model with another estimation method and 4) original model with two factors for women. However, none of these fit well, according to the values of the tests and multiple indexes calculated. DMS was associated only with self-esteem and self-acceptance (rpearson = 0.13; p <0.05) and risky behaviors for eating disorders (rpearson = 0.16; p <0.05). The value for t-test was t (40) = 2.2, p = 0.03. The ICC was equal to 0.86, p <0.001. According to the CFA, none of the tested models is suitable for application in the female audience. DMS was only correlated with self-esteem, self-acceptance and risky behaviors for eating disorders. The opposite happened with depressive symptoms and commitment to physical exercise. As for reliability, the t test showed a significant difference, indicating that the applied instrument didn’t provide sufficient reliability. The r values of Pearson’s explained 79% of the association between the two phases (test and retest). In addition, the ICC showed 73% correlation between test and retest. Finally, Cronbach's alpha coefficient demonstrated in both tests a low variance, that is, there was congruence between each item and the rest of the items of DMS. We conclude that although the instrument has shown some evidence of validity, the overall results were not satisfactory. More studies are needed to create a new instrument to measure this construct in the female audience.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Educação FísicaUFJFBrasilFaculdade de Educação FísicaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICAImagem corporalPsicometriaMulheresBody imagePsychometryWomenValidade e confiabilidade da versão brasileira da Drive for Muscularity Scale (DMS) para jovens universitárias da cidade de Juiz de Fora - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTfernandadacostaoliveira.pdf.txtfernandadacostaoliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain145476https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4070/3/fernandadacostaoliveira.pdf.txt872b84c89d30316edea5a10e224c0fa5MD53THUMBNAILfernandadacostaoliveira.pdf.jpgfernandadacostaoliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1193https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4070/4/fernandadacostaoliveira.pdf.jpg9233d8ca70db1a7d4db54857c60ae696MD54ORIGINALfernandadacostaoliveira.pdffernandadacostaoliveira.pdfapplication/pdf1165262https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4070/1/fernandadacostaoliveira.pdf5894c178dc0cab5dcd8899e7a3937f1eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4070/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/40702019-11-07 12:17:32.017oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4070TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:17:32Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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A busca pela muscularidade pode ser conceituada como o desejo de alcançar um corpo musculoso, bem como a preocupação e a motivação quanto ao aumento da massa muscular. Há carência de pesquisas sobre o construto em mulheres e, consequentemente, de estudos psicométricos de escalas que tenham como intuito avaliar a busca pela muscularidade nesse público. Diante desta lacuna do conhecimento, o objetivo do presente estudo foi avaliar a validade e a confiabilidade da Drive for Muscularity Scale (DMS) para mulheres brasileiras. Trata-se de uma investigação do tipo transversal, que contou com a participação de 242 mulheres para Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e validade convergente. Destas, 61 mulheres foram convidadas a participar do teste de confiabilidade, ficando 38 para o reteste. A idade das participantes variou entre 18 e 35 anos. Foram aplicados instrumentos de autorrelato para análise de validade convergente da DMS, a saber: Rosenberg Self-Esteem Scale (autoestima), Beck Depression Inventory (sintomas depressivos), Eating Attitudes Test-26 (comportamentos de risco de transtornos alimentares) e Commitment Exercise Scale (comprometimento psicológico ao exercício físico). A validade fatorial da DMS foi avaliada por meio da AFC. A confiabilidade da escala foi averiguada pelo cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e, em adição, pela técnica teste-reteste. Para esta última, foram utilizados como recurso: o teste t de medidas repetidas, coeficiente de correlação de Pearson, bem como o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Foram testados 4 (quatro) modelos da DMS: 1) modelo original com dois fatores; 2) modelo unidimensional; 3) modelo unidimensional com outro método estimativo e 4) modelo original com dois fatores para mulheres. Porém, nenhum destes apresentou bom ajuste segundo os valores dos testes e múltiplos índices calculados. A DMS apresentou associação apenas com autoestima e autoaceitação (rpearson = 0,13; p < 0,05) e com os comportamentos de risco para transtornos alimentares (rpearson = 0,16; p < 0,05). O valor para o teste t foi de t (40) = 2,2, p = 0,03. O CCI apresentou valor igual a 0,86, p<0,001. De acordo com a AFC, nenhum dos modelos testados é adequado para aplicação no público feminino. A DMS apresentou correlação apenas com a autoestima e autoaceitação e comportamentos para transtornos alimentares. O contrário aconteceu com sintomas depressivos e comprometimento ao exercício físico. Quanto à fidedignidade, o teste t apresentou diferença significativa, 7 demonstrando que o instrumento aplicado não apresentou confiabilidade suficiente. Os valores de r de Pearson explicaram 79% de associação entre as duas fases (teste e reteste). Além disso, a CCI mostrou 73% de correlação entre o teste e o reteste. Por fim, o alfa de Cronbach evidenciou, tanto no teste quanto no reteste, uma variância reduzida, ou seja, houve congruência de cada item com o restante dos itens da DMS. Conclui-se que, embora o instrumento tenha apresentado alguns indícios de validade, os resultados gerais não foram satisfatórios. Mais estudos são necessários para a criação de um novo instrumento a fim de avaliar esse construto no público feminino. |
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