Desenvolvimento de bebês com síndrome de down e suas famílias: adaptação, estresse e envolvimento parental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scali, Danyelle Freitas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12125
Resumo: A notícia do diagnóstico de síndrome de Down (SD) pode trazer implicações na dinâmica do funcionamento familiar, visto que a literatura aponta que esse momento pode ser permeado por sentimentos e reações negativos diante da informação, pois é um evento inesperado na vida dos pais. Este estudo teve como objetivo analisar o desenvolvimento do bebê com SD ao longo do tempo, a adaptação da família, descrevendo o estresse e o envolvimento parental. Participaram do estudo cinco famílias com um bebê com SD, cujas configurações eram: pai, mãe e o bebê (n = 2), pai, mãe, bebê e pelo menos um filho com desenvolvimento típico (DT) (n = 2) e mãe, bebê, avó e bisavô maternos. Os dados foram coletados na residência das famílias em três etapas, transcorridos 3 meses de uma para outra; e incluíram os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, Entrevistas semiestruturadas, Sistema de Detecção Precoce de Transtornos de Desenvolvimento, Escala de Envolvimento Paterno e Escala de Estresse Parental. Os resultados demonstram que, ao longo do tempo, houve alterações nas famílias em decorrência do bebê. Inicialmente, os genitores relataram ter experienciado uma adaptação positiva e satisfatória, posteriormente, em algumas famílias foi identificada uma adaptação negativa e insegura, além das dificuldades em aceitar o diagnóstico. Na avaliação do desenvolvimento identificaram-se percentuais compatíveis com a classificação „sem risco‟ no desenvolvimento (n = 2) e indicando estabilidade. Por outro lado, evidenciaram-se percentuais compatíveis com a classificação „com risco‟ (n = 3) e um padrão instável. A maioria dos genitores não apresentou modificações nos níveis de envolvimento paterno ao longo do tempo, somente em um pai foi constatada uma redução no envolvimento. Os resultados do estresse indicam mais mães do que pais relataram nas entrevistas sentir-se estressadas, após o nascimento do filho. Observa-se, portanto, que as famílias vivenciam os eventos de forma particular e estes têm implicações na adaptação e estresse, os quais estão também inter-relacionados com o funcionamento do grupo. As avaliações do desenvolvimento dos bebês permitem afirmar que, apesar de alguns percentuais indicarem risco no desenvolvimento, deve-se considerar esse resultado com cautela, uma vez que devido à SD já são bebês que apresentam indícios de atrasos. Destaca-se a importância da realização de estudos acerca do tema para uma melhor compreensão das famílias com filhos com SD.
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Participaram do estudo cinco famílias com um bebê com SD, cujas configurações eram: pai, mãe e o bebê (n = 2), pai, mãe, bebê e pelo menos um filho com desenvolvimento típico (DT) (n = 2) e mãe, bebê, avó e bisavô maternos. Os dados foram coletados na residência das famílias em três etapas, transcorridos 3 meses de uma para outra; e incluíram os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, Entrevistas semiestruturadas, Sistema de Detecção Precoce de Transtornos de Desenvolvimento, Escala de Envolvimento Paterno e Escala de Estresse Parental. Os resultados demonstram que, ao longo do tempo, houve alterações nas famílias em decorrência do bebê. Inicialmente, os genitores relataram ter experienciado uma adaptação positiva e satisfatória, posteriormente, em algumas famílias foi identificada uma adaptação negativa e insegura, além das dificuldades em aceitar o diagnóstico. Na avaliação do desenvolvimento identificaram-se percentuais compatíveis com a classificação „sem risco‟ no desenvolvimento (n = 2) e indicando estabilidade. Por outro lado, evidenciaram-se percentuais compatíveis com a classificação „com risco‟ (n = 3) e um padrão instável. A maioria dos genitores não apresentou modificações nos níveis de envolvimento paterno ao longo do tempo, somente em um pai foi constatada uma redução no envolvimento. Os resultados do estresse indicam mais mães do que pais relataram nas entrevistas sentir-se estressadas, após o nascimento do filho. Observa-se, portanto, que as famílias vivenciam os eventos de forma particular e estes têm implicações na adaptação e estresse, os quais estão também inter-relacionados com o funcionamento do grupo. As avaliações do desenvolvimento dos bebês permitem afirmar que, apesar de alguns percentuais indicarem risco no desenvolvimento, deve-se considerar esse resultado com cautela, uma vez que devido à SD já são bebês que apresentam indícios de atrasos. Destaca-se a importância da realização de estudos acerca do tema para uma melhor compreensão das famílias com filhos com SD.The researches of the diagnosis of Down syndrome (DS) can have implications in cases of family functioning, since that the literature points out that this moment can be permeated by negative feelings and reactions to the information, because it is an unexpected event in the life of the parents. This study aimed to analyze the development of the baby with DS over time, the adaptation of the family, describing stress and parental involvement. Five families with a baby with DS have participated in the study, whose configurations were: father, mother and baby (n = 2); father, mother, baby and at least one child with TD (n = 2) and mother, baby, grandmother and maternal great-grandfather. The data were collected at the families' residence in three stages, after 3 months from one to another; and included the following instruments: Family System Characterization Questionnaire, Semi-structured interviews, Early Detection System for Developmental Disorders, Parental Involvement Scale and Parental Stress Scale. The results demonstrate that, over time, there were changes in families due to the baby. Initially, the parents reported having experienced a positive and satisfactory adaptation, but later, in some families, a negative and insecure adaptation was identified, in addition to the difficulties in accepting the diagnosis. In the developmental assessment percentages compatible with the classification 'risk-free' in development (n = 2) were identified and indicating stability. On the other hand, percentages compatible with the classification 'at risk' (n = 3) and an unstable pattern were evidenced. Most parents did not show changes in paternal involvement levels over time, except for an only one father where a reduction in involvement was found. The results of stress indicate that more mothers than fathers have reported in the interviews to feel stressed after the child's birth. Therefore, it can be observed that families experience events in a particular way and they have implications for adaptation and stress, which are also interrelated with the functioning of the group. The babies' development evaluations allow us to affirm that, although some percentages indicate risk in development, this result should be considered with caution, since due to DS, babies are already showing signs of delay. The importance of carrying out studies on the topic is highlighted for a better understanding of families with children with DS.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIASíndrome de DownFamíliaAdaptaçãoEstresse parentalEnvolvimento paternoDown syndromeFamilyAdaptationParental stressPaternal involvementDesenvolvimento de bebês com síndrome de down e suas famílias: adaptação, estresse e envolvimento parentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALdanyellefreitasscali.pdfdanyellefreitasscali.pdfPDF/Aapplication/pdf2584202https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12125/1/danyellefreitasscali.pdf3a957b4b71ecf03a2250acffd66bd6ffMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12125/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12125/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTdanyellefreitasscali.pdf.txtdanyellefreitasscali.pdf.txtExtracted texttext/plain299808https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12125/4/danyellefreitasscali.pdf.txtacb08657123ce9e1257a3d083af53b59MD54THUMBNAILdanyellefreitasscali.pdf.jpgdanyellefreitasscali.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1217https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12125/5/danyellefreitasscali.pdf.jpg92789839d94150b2bb21583c39857428MD55ufjf/121252021-01-06 04:07:50.391oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12125Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2021-01-06T06:07:50Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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