Avaliação da toxicidade do extrato aquoso liofilizado de chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) em ratas prenhes
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2537 |
Resumo: | No Brasil, existem inúmeras espécies de plantas que são utilizadas como fitoterápicos, e, dentre elas, encontra-se E. grandiflorus, uma Alismatacea herbácea, aquática ou semi-aquática, conhecida popularmente como chapéu-de-couro, muito utilizada na medicina popular como diurética e anti-inflamatória e no tratamento de doenças renais, reumatismo, afecções cutâneas e problemas do fígado. Diversos trabalhos confirmaram suas ações farmacológicas como diurética, anti-inflamatória e antinociceptiva, hipotensora, anti-hipertensiva e vasodilatadora, antimicrobiana, tripanocida in vitro, leishmanicida, antineoplásica, hipocolesterolêmica e imunossupressora, entretanto sua toxicidade ainda não foi avaliada na gestação. Inúmeros agentes podem interferir com a funcionalidade do sistema reprodutor feminino e com uma ou mais fases do desenvolvimento embriofetal, mas os fármacos e os fitofármacos, pela freqüência com que são utilizados durante o período gestacional estão na lista dos fatores mais preocupantes. Considerando que o chapéu-de-couro é componente de refrigerante de grande aceitação popular e a grande utilização do chá pela população dado ao seu potencial terapêutico, e considerando a inexistência de estudos sobre a toxicidade da planta no período gestacional torna-se necessário avaliar sua toxicidade e, no presente trabalho, pretendeu-se avaliar tal efeito em fêmeas de ratas Wistar. Durante 15 dias foram feitos esfregaços vaginais para observação da regularidade do ciclo estral. Ratas com ciclo estral regular foram distribuídas em quatro grupos experimentais (n=16): C, grupo controle, que recebeu solução salina por gavagem, durante 15 dias, e T-250, T-500 e T-1000, grupos tratados, que receberam o extrato nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia, respectivamente, período no qual também foi feito esfregaço vaginal. As ratas foram acasaladas e as gestantes foram tratadas até o 14º dia. No 15º dia foram eutanasiadas por exsanguinação total sob anestesia e laparotomizadas para exame, remoção e pesagem dos órgãos e registro das variáveis maternas, ninhadas e placentas. O sangue colhido serviu para realização de hemograma e determinação das concentrações plasmáticas de uréia, creatinina, colesterol, triglicérides, alanina transaminase e aspartato transaminase. Fígado, rins, baço, ovários e adrenais foram removidos e pesados, sendo processados para análise histopatológica fígado, rim e baço. O número de corpos lúteos, implantes, reabsorções, fetos vivos e mortos foi contado. Não foram observados sinais detectáveis de toxicidade materna, aferidos por piloereção, diarréia, alteração na deambulação no interior da gaiola e mortes. Observou-se redução da proporção de fases estrais depois do tratamento no grupo T-1000. Em todos os grupos tratados a média de corpos lúteos, implantes e reabsorções por mãe foi semelhante, assim como o índice de perda pós-implantação, proporção de implantação e reabsorção. Foram registrados anemia e aumento na concentração de aspartato transaminase nos três grupos tratados, aumento de colesterol e leucocitose na maior dose, e alterações histopatológicas no fígado nas três doses testadas, no rim, nas doses de 500 e 1000mg/kg/dia e no baço de animais tratados com 1000mg/kg/dia. Analisados em conjunto, os dados do presente trabalho são indicativos de que o extrato aquoso liofilizado de E. grandiflorus administrado a ratas prenhes nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia e nas condições deste experimento foi tóxico para as mães, mas não alterou a performance reprodutiva e nenhuma malformação externa foi observada nos fetos. |
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Diversos trabalhos confirmaram suas ações farmacológicas como diurética, anti-inflamatória e antinociceptiva, hipotensora, anti-hipertensiva e vasodilatadora, antimicrobiana, tripanocida in vitro, leishmanicida, antineoplásica, hipocolesterolêmica e imunossupressora, entretanto sua toxicidade ainda não foi avaliada na gestação. Inúmeros agentes podem interferir com a funcionalidade do sistema reprodutor feminino e com uma ou mais fases do desenvolvimento embriofetal, mas os fármacos e os fitofármacos, pela freqüência com que são utilizados durante o período gestacional estão na lista dos fatores mais preocupantes. Considerando que o chapéu-de-couro é componente de refrigerante de grande aceitação popular e a grande utilização do chá pela população dado ao seu potencial terapêutico, e considerando a inexistência de estudos sobre a toxicidade da planta no período gestacional torna-se necessário avaliar sua toxicidade e, no presente trabalho, pretendeu-se avaliar tal efeito em fêmeas de ratas Wistar. Durante 15 dias foram feitos esfregaços vaginais para observação da regularidade do ciclo estral. Ratas com ciclo estral regular foram distribuídas em quatro grupos experimentais (n=16): C, grupo controle, que recebeu solução salina por gavagem, durante 15 dias, e T-250, T-500 e T-1000, grupos tratados, que receberam o extrato nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia, respectivamente, período no qual também foi feito esfregaço vaginal. As ratas foram acasaladas e as gestantes foram tratadas até o 14º dia. 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Analisados em conjunto, os dados do presente trabalho são indicativos de que o extrato aquoso liofilizado de E. grandiflorus administrado a ratas prenhes nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia e nas condições deste experimento foi tóxico para as mães, mas não alterou a performance reprodutiva e nenhuma malformação externa foi observada nos fetos.In Brazil, there are countless species that are used as phytotherapics, and among them there is E. grandiflorus, an Alismatacea aquatic or semi-aquatic herb, popularly known as chapéu-de-couro, commonly used in folk medicine as diuretic and anti-inflammatory and also in the treatment of kidney diseases, rheumatism, skin conditions and liver disorders. Several studies have confirmed its diuretic, anti-inflammatory and antinociceptive, hypotensive, antihypertensive and vasodilatory, antimicrobial, in vitro trypanocidal, leishmanicidal, antineoplastic, immunosuppressive and hypocholesterolemic pharmacological properties, though its toxicity was not evaluated during pregnancy. Numerous agents can interfere with the female reproductive system functionality and with one or more stages of embryo development, but the drugs, due to the frequency that they are used, are on the list of the most concerning factors. Considering the therapeutic potential of E. grandiflorus and the widespread utilization of its tea with curative purposes by the population and the lack of studies about this herb toxicity during pregnancy, its necessary to evaluate its toxicity and the aim of this study was to evaluate this effect on Wistar rats. During 15 days, vaginal smears were performed to observe the regularity of the estrous cycle. Rats with regular estrous cycle were separated into four experimental groups (n=16): C, control group that received saline solution by gavage, during 15 days, and T-250, T-500 and T-1000 which were treatment groups that received doses of 250, 500 and 1000 mg/kg/day of the extract, respectively, during this same period the vaginal smear was also performed. The rats were mated and the pregnant ones were treated up to the 14th day. On the 15th day they were euthanized by the method of exsanguination under full anesthesia and, then, laparotomyzed for examination, the organs were removed and weighed and the maternal, litter and placenta variables were recorded. Blood tests were made and the plasmatic concentrations of urea, creatinine, cholesterol, triglycerides, alanine transaminase and aspartate transaminase were determined. The liver, kidneys, spleen, ovaries and adrenal glands were removed and weighed. The number of corpora lutea, implants, resorptions, and live and dead fetuses were counted. The liver, the spleen, and the kidneys of pregnant rats were processed for histopathological analysis. There were no detectable signs of maternal toxicity, as measured by piloerection, diarrhea, change in ambulation in the cage and death. A reduction in the proportion of the estrous phases was observed after the treatment in the T-1000 group. In all treatment groups the average number of corpora lutea, implantations and reabsorption per dam was similar, as well as the post-implantation loss rate, the proportion of implantation and reabsorption. There were records of anemia and increased aspartate transaminase in all three treatment groups, in the highest dosage it was registered increase of cholesterol and leukocytosis, and histopathological alterations in the kidneys, liver and spleen of the dams. Taken together, this study data indicate that the administration of lyophilized aqueous extract of E. grandiflorus to pregnant rats at the dosages of 250, 500 and 1000 mg/kg/day, under this experiment conditions, was toxic to the dams, but did not affect the reproductive performance and no external malformation was observed in the fetuses.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEToxicidadeReproduçãoRatasPrenhezEchinodorusEchinodorus grandiflorusChapéu-de-couroToxicityReproductionRatsPregnancyEchinodorusEchinodorus grandiflorusChapéu-de-couroAvaliação da toxicidade do extrato aquoso liofilizado de chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) em ratas prenhesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTsoniasinsingerbrugiolo.pdf.txtsoniasinsingerbrugiolo.pdf.txtExtracted texttext/plain119988https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2537/3/soniasinsingerbrugiolo.pdf.txtb9864cfa5d8709ec71ac7e4368246c88MD53THUMBNAILsoniasinsingerbrugiolo.pdf.jpgsoniasinsingerbrugiolo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2537/4/soniasinsingerbrugiolo.pdf.jpg361b3387424876f5c8075236c0ec2fa0MD54ORIGINALsoniasinsingerbrugiolo.pdfsoniasinsingerbrugiolo.pdfapplication/pdf7593587https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2537/1/soniasinsingerbrugiolo.pdff5fa6722540f1ba63855c34525d4e0f8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2537/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/25372019-11-07 12:04:08.251oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2537TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:04:08Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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No Brasil, existem inúmeras espécies de plantas que são utilizadas como fitoterápicos, e, dentre elas, encontra-se E. grandiflorus, uma Alismatacea herbácea, aquática ou semi-aquática, conhecida popularmente como chapéu-de-couro, muito utilizada na medicina popular como diurética e anti-inflamatória e no tratamento de doenças renais, reumatismo, afecções cutâneas e problemas do fígado. Diversos trabalhos confirmaram suas ações farmacológicas como diurética, anti-inflamatória e antinociceptiva, hipotensora, anti-hipertensiva e vasodilatadora, antimicrobiana, tripanocida in vitro, leishmanicida, antineoplásica, hipocolesterolêmica e imunossupressora, entretanto sua toxicidade ainda não foi avaliada na gestação. Inúmeros agentes podem interferir com a funcionalidade do sistema reprodutor feminino e com uma ou mais fases do desenvolvimento embriofetal, mas os fármacos e os fitofármacos, pela freqüência com que são utilizados durante o período gestacional estão na lista dos fatores mais preocupantes. Considerando que o chapéu-de-couro é componente de refrigerante de grande aceitação popular e a grande utilização do chá pela população dado ao seu potencial terapêutico, e considerando a inexistência de estudos sobre a toxicidade da planta no período gestacional torna-se necessário avaliar sua toxicidade e, no presente trabalho, pretendeu-se avaliar tal efeito em fêmeas de ratas Wistar. Durante 15 dias foram feitos esfregaços vaginais para observação da regularidade do ciclo estral. Ratas com ciclo estral regular foram distribuídas em quatro grupos experimentais (n=16): C, grupo controle, que recebeu solução salina por gavagem, durante 15 dias, e T-250, T-500 e T-1000, grupos tratados, que receberam o extrato nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia, respectivamente, período no qual também foi feito esfregaço vaginal. As ratas foram acasaladas e as gestantes foram tratadas até o 14º dia. No 15º dia foram eutanasiadas por exsanguinação total sob anestesia e laparotomizadas para exame, remoção e pesagem dos órgãos e registro das variáveis maternas, ninhadas e placentas. O sangue colhido serviu para realização de hemograma e determinação das concentrações plasmáticas de uréia, creatinina, colesterol, triglicérides, alanina transaminase e aspartato transaminase. Fígado, rins, baço, ovários e adrenais foram removidos e pesados, sendo processados para análise histopatológica fígado, rim e baço. O número de corpos lúteos, implantes, reabsorções, fetos vivos e mortos foi contado. Não foram observados sinais detectáveis de toxicidade materna, aferidos por piloereção, diarréia, alteração na deambulação no interior da gaiola e mortes. Observou-se redução da proporção de fases estrais depois do tratamento no grupo T-1000. Em todos os grupos tratados a média de corpos lúteos, implantes e reabsorções por mãe foi semelhante, assim como o índice de perda pós-implantação, proporção de implantação e reabsorção. Foram registrados anemia e aumento na concentração de aspartato transaminase nos três grupos tratados, aumento de colesterol e leucocitose na maior dose, e alterações histopatológicas no fígado nas três doses testadas, no rim, nas doses de 500 e 1000mg/kg/dia e no baço de animais tratados com 1000mg/kg/dia. Analisados em conjunto, os dados do presente trabalho são indicativos de que o extrato aquoso liofilizado de E. grandiflorus administrado a ratas prenhes nas doses de 250, 500 e 1000mg/kg/dia e nas condições deste experimento foi tóxico para as mães, mas não alterou a performance reprodutiva e nenhuma malformação externa foi observada nos fetos. |
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