Modelagem de nicho climático da espécie exótica invasiva Achatina fulica Bowdich, 1822 (Gastropoda, Achatinidae) no Brasil
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10250 |
Resumo: | Os impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade despertam um interesse particular, em função dos possíveis efeitos sobre a distribuição e a perda de espécies. Atualmente, observamos um grande avanço no desenvolvimento de ferramentas de análise e modelos teóricos que permitem a realização de estudos cada vez mais refinados de modelagem ecológica, integrando dados provenientes de estudos independentes ou informações contidas em bancos de dados de biodiversidade. Nesse contexto, a modelagem de nicho climático, pode representar ferramentas úteis para a previsão da distribuição de espécies exóticas e os possíveis impactos sobre a diversidade nativa. Achatina fulica Bowdich, 1822, espécie popularmente conhecida como caracol gigante africano, é incluída no ranking das 100 piores espécies exóticas invasivas no mundo, uma vez introduzida em diferentes locais fora da sua área nativa, apresenta uma extraordinária adaptação e dispersão. Essa espécie ainda pode atuar como hospedeiro intermediário de parasitos com importância médica e veterinária, tais como os nematoides Angiostrongylus varsorum, A. cantonensis e A. costaricencis. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a distribuição potencial de Achatina fulica em sua área nativa (Etiópia, Tanzânia e Quênia) e invadida (Brasil) em condições atuais utilizando a modelagem de entropia máxima (MaxEnt) para prever o seu potencial de invasão no Brasil e desenvolver um mapa de risco de áreas passíveis de serem invadidas no futuro, identificando fatores bioclimáticos que contribuem para a invasão desta espécie e assim utilizar de ferramentas para priorização e gestão eficaz da espécie para o Brasil. A área de estudo incluiu todos os estados do Brasil e áreas nativas do leste oriental do Continente Africano. Todos os registros de presença foram compilados por município dos estados do Brasil e África em um banco de dados excel da Microsoft. No banco de dados mundial WorldClim foram utilizados dados climáticos históricos “variáveis do presente” (1970-2000) e “variáveis do futuro” (até 2050). Para a modelagem de nicho climático, foi utilizado o algoritmo MaxEnt. Foram obtidos 476 registros de ocorrência da espécie em área não nativa, no Brasil e 27 registros na área nativa da espécie na África. No presente estudo, observamos que A. fulica já se encontra em todos os 26 estados do Brasil e Distrito Federal, assim o monitoramento e a previsão dos potenciais efeitos das mudanças climáticas globais sobre sua distribuição são essenciais para potenciais intervenções visando o manejo dessa espécie. |
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Achatina fulica Bowdich, 1822, espécie popularmente conhecida como caracol gigante africano, é incluída no ranking das 100 piores espécies exóticas invasivas no mundo, uma vez introduzida em diferentes locais fora da sua área nativa, apresenta uma extraordinária adaptação e dispersão. Essa espécie ainda pode atuar como hospedeiro intermediário de parasitos com importância médica e veterinária, tais como os nematoides Angiostrongylus varsorum, A. cantonensis e A. costaricencis. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a distribuição potencial de Achatina fulica em sua área nativa (Etiópia, Tanzânia e Quênia) e invadida (Brasil) em condições atuais utilizando a modelagem de entropia máxima (MaxEnt) para prever o seu potencial de invasão no Brasil e desenvolver um mapa de risco de áreas passíveis de serem invadidas no futuro, identificando fatores bioclimáticos que contribuem para a invasão desta espécie e assim utilizar de ferramentas para priorização e gestão eficaz da espécie para o Brasil. A área de estudo incluiu todos os estados do Brasil e áreas nativas do leste oriental do Continente Africano. Todos os registros de presença foram compilados por município dos estados do Brasil e África em um banco de dados excel da Microsoft. No banco de dados mundial WorldClim foram utilizados dados climáticos históricos “variáveis do presente” (1970-2000) e “variáveis do futuro” (até 2050). Para a modelagem de nicho climático, foi utilizado o algoritmo MaxEnt. Foram obtidos 476 registros de ocorrência da espécie em área não nativa, no Brasil e 27 registros na área nativa da espécie na África. No presente estudo, observamos que A. fulica já se encontra em todos os 26 estados do Brasil e Distrito Federal, assim o monitoramento e a previsão dos potenciais efeitos das mudanças climáticas globais sobre sua distribuição são essenciais para potenciais intervenções visando o manejo dessa espécie.The impacts of climate change on biodiversity are of particular interest because of the possible effects on species distribution and loss. We are currently seeing a major breakthrough in the development of analytical tools and theoretical models that allow for more refined ecological modeling studies, integrating data from independent studies or information contained in biodiversity databases. In this context, climate niche modeling may represent useful tools for predicting the distribution of exotic species and the possible impacts on native diversity. Achatina fulica Bowdich, 1822, a species popularly known as the African giant snail, is included in the ranking of the 100 worst invasive alien species in the world, once introduced in different places outside its native area, presents an extraordinary adaptation and dispersion. This species can still act as an intermediate host of parasites of medical and veterinary importance, such as the nematodes Angiostrongylus varsorum, A. cantonensis and A. costaricencis. The objective of the present work was to evaluate the potential distribution of Achatina fulica in its native area (Ethiopia, Tanzania and Kenya) and invaded (Brazil) under current conditions using the maximum entropy modeling (MaxEnt) to predict its invasion potential in Brazil and to develop a risk map of areas likely to be invaded in the future, identifying bioclimatic factors that contribute to the invasion of this species and thus use tools for prioritization and effective management of the species for Brazil. The study area included all Brazilian states and native areas of eastern eastern Africa. All presence records were compiled by county of the states of Brazil and Africa in a Microsoft Excel database. In the world-wide WorldClim database, historical climate data were used "variables of the present" (1970-2000) and "variables of the future" (until 2050). For the model of climatic niche, the MaxEnt algorithm was used. There were 476 records of the occurrence of the species in a non - native area in Brazil and 27 records in the native area of the species in Africa. In the present study, we observed that A. fulica is already found in all 26 states of Brazil and the Federal District, so monitoring and predicting the potential effects of global climate change on its distribution is essential for potential interventions aimed at the management of this species.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EcologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências Biológicashttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIABiodiversidadeModelagem ecológicaBase de dadosBrasilBiodiversityEcological modelingDatabaseBrazilModelagem de nicho climático da espécie exótica invasiva Achatina fulica Bowdich, 1822 (Gastropoda, Achatinidae) no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALsuehelenfatimamondaini.pdfsuehelenfatimamondaini.pdfapplication/pdf3337974https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10250/1/suehelenfatimamondaini.pdf716ab090068a4d9c5bd31f418b583853MD51CC-LICENSELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10250/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTsuehelenfatimamondaini.pdf.txtsuehelenfatimamondaini.pdf.txtExtracted texttext/plain139831https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10250/3/suehelenfatimamondaini.pdf.txtc81bdd73e2a6b5bd40a772a3cdc7899cMD53THUMBNAILsuehelenfatimamondaini.pdf.jpgsuehelenfatimamondaini.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1199https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10250/4/suehelenfatimamondaini.pdf.jpg9f52b8ed80de8ff0f390464adaa0e5d1MD54ufjf/102502019-07-09 03:06:45.221oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10250Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-07-09T06:06:45Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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