COVID 19: a boca, o ambiente, o estilo de vida e o contexto espiritual
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15490 |
Resumo: | Introdução: Fatores ambientais, econômicos e sociais interagem em sinergismo com a COVID-19 e a dor orofacial pode ter sido potencializada neste contexto sindêmico. A espiritualidade pode auxiliar os sujeitos a vivenciarem as adversidades do período pandêmico. Objetivos: Este estudo avaliou a associação da COVID-19 com a frequência de queixas odontológicas, perfil socioeconômico, prática de atividade física e a espiritualidade. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, através de entrevistas telefônicas, com pacientes adultos com diagnóstico de COVID-19 para investigar as queixas odontológicas, o perfil socioeconômico, o perfil de atividade física e a espiritualidade. Resultados: Foram abordados 846 pacientes dos quais 82 aceitaram participar do estudo e foram entrevistados. A dor/ queixa odontológica foi relatada por 59 (71,9%) pacientes. O perfil de atividade física prevalente foi o sedentário em 37 (45,1%). A classe socioeconômica mais comum foi a de baixa renda C2 em 29 (35,4%). Os testes de associação não apresentaram significância estatística entre a dor orofacial e as variáveis gênero, classe social e perfil de atividade física. Entretanto, os dados demonstraram maior prevalência de dor orofacial em mulheres com diagnóstico de Covid -19 (mulheres 78% e homens 22,%, Z= 18,4% p<;0,001), pertencentes a uma classe socioeconômica mais baixa (classes C 49,2% e D-E 37,3% e classe B 13,6%, Z=11,62, p=0,003) e que praticavam pouca ou nenhuma atividade física (sedentários 45,8%, insuficientemente ativo 42,4% e ativos 11,9% Z= 12,339 p =0,02). Em relação à espiritualidade, 72 (87,8%) afirmaram que suas crenças religiosas ou espirituais auxiliaram no enfrentamento da COVID-19, 68 (82,9)% dos participantes relataram que a doença influenciou suas crenças, 64 (78%) pacientes relataram que desde o diagnóstico de COVID-19 a espiritualidade mudou e ficou mais fortalecida. Além disso, 61 (74,3%) dos participantes relataram que gostariam de que as equipes de saúde abordassem a espiritualidade durante o tratamento. A análise de correspondência múltipla mostrou que a espiritualidade tem maior relação com os pacientes que tiveram mais queixas orofaciais e do sexo feminino. Conclusão: Sugere-se que a dor orofacial pode ser mais um dano potencial da COVID-19. A infecção pelo Sars Cov-2 pode ser um fator etiológico biológico da dor orofacial, que também pode ser potencializada pelos fatores psicossociais da COVID19. A espiritualidade foi um recurso fundamental dos pacientes no processo de enfrentamento da doença de COVID-19 e da dor orofacial. A espiritualidade parece ser um recurso para enfrentar doenças e situações inesperadas. Além disso, a assistência envolvendo aspectos da espiritualidade pode ser um diferencial para o atendimento integral e humanizado dos pacientes. |
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Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, através de entrevistas telefônicas, com pacientes adultos com diagnóstico de COVID-19 para investigar as queixas odontológicas, o perfil socioeconômico, o perfil de atividade física e a espiritualidade. Resultados: Foram abordados 846 pacientes dos quais 82 aceitaram participar do estudo e foram entrevistados. A dor/ queixa odontológica foi relatada por 59 (71,9%) pacientes. O perfil de atividade física prevalente foi o sedentário em 37 (45,1%). A classe socioeconômica mais comum foi a de baixa renda C2 em 29 (35,4%). Os testes de associação não apresentaram significância estatística entre a dor orofacial e as variáveis gênero, classe social e perfil de atividade física. Entretanto, os dados demonstraram maior prevalência de dor orofacial em mulheres com diagnóstico de Covid -19 (mulheres 78% e homens 22,%, Z= 18,4% p<;0,001), pertencentes a uma classe socioeconômica mais baixa (classes C 49,2% e D-E 37,3% e classe B 13,6%, Z=11,62, p=0,003) e que praticavam pouca ou nenhuma atividade física (sedentários 45,8%, insuficientemente ativo 42,4% e ativos 11,9% Z= 12,339 p =0,02). Em relação à espiritualidade, 72 (87,8%) afirmaram que suas crenças religiosas ou espirituais auxiliaram no enfrentamento da COVID-19, 68 (82,9)% dos participantes relataram que a doença influenciou suas crenças, 64 (78%) pacientes relataram que desde o diagnóstico de COVID-19 a espiritualidade mudou e ficou mais fortalecida. Além disso, 61 (74,3%) dos participantes relataram que gostariam de que as equipes de saúde abordassem a espiritualidade durante o tratamento. A análise de correspondência múltipla mostrou que a espiritualidade tem maior relação com os pacientes que tiveram mais queixas orofaciais e do sexo feminino. Conclusão: Sugere-se que a dor orofacial pode ser mais um dano potencial da COVID-19. A infecção pelo Sars Cov-2 pode ser um fator etiológico biológico da dor orofacial, que também pode ser potencializada pelos fatores psicossociais da COVID19. A espiritualidade foi um recurso fundamental dos pacientes no processo de enfrentamento da doença de COVID-19 e da dor orofacial. A espiritualidade parece ser um recurso para enfrentar doenças e situações inesperadas. Além disso, a assistência envolvendo aspectos da espiritualidade pode ser um diferencial para o atendimento integral e humanizado dos pacientes.Introduction: Environmental, economic and social factors interact in synergism with COVID-19 and orofacial pain may have been potentiated in this synergistic context. Spirituality can help subjects to experience the adversities of the pandemic period. Objectives: This study evaluated the association of COVID-19 with the frequency of dental complaints, socioeconomic profile, physical activity and spirituality. Material and Methods: A cross-sectional study was conducted through telephone interviews with adult patients diagnosed with COVID-19 to investigate dental complaints, socioeconomic profile, physical activity profile and spirituality. Results: 846 patients were approached, of which 82 agreed to participate in the study and were interviewed. Dental pain/complaint was reported by 59 (71.9%) patients. The prevalent physical activity profile was sedentary in 37 (45.1%). The most common socioeconomic class was low income C2 in 29 (35.4%). The association tests did not show statistical significance between orofacial pain and the variables gender, social class and physical activity profile. However, the data showed a higher prevalence of orofacial pain in women diagnosed with Covid-19 (women 78% and men 22.%, Z= 18.4% p<;0.001), belonging to a lower socioeconomic class (classes C 49.2% and D-E 37.3% and class B 13.6%, Z=11.62, p=0.003) and who practiced little or no physical activity (sedentary 45.8%, insufficiently active 42.4% and active 11.9% Z = 12.339 p = 0.02). Regarding spirituality, 72 (87.8%) stated that their religious or spiritual beliefs helped in coping with COVID-19, 68 (82.9)% of participants reported that the disease influenced their beliefs, 64 (78%) patients reported that since the diagnosis of COVID-19 Spirituality changed and became stronger. In addition, 61 (74.3%) of the participants reported that they would like health teams to address spirituality during treatment. Multiple correspondence analysis showed that spirituality is more related to patients who had more orofacial and female complaints. Conclusion: It is suggested that orofacial pain may be another potential harm of COVID-19. Sars Cov-2 infection may be a biological etiological factor of orofacial pain, which can also be potentiated by psychosocial factors of COVID-19. Spirituality was a fundamental resource of patients in the process of coping with COVID-19 disease and orofacial pain. Spirituality seems to be a resource to face diseases and unexpected situations. In addition, assistance involving aspects of spirituality can be a differential for the comprehensive and humanized care of patients.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Clínica OdontológicaUFJFBrasilFaculdade de OdontologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIACOVID-19Dor orofaciaEspiritualidadeOdontologiaQualidade de vidaOrofacial painSpiritualityDentistryQuality of lifeCOVID 19: a boca, o ambiente, o estilo de vida e o contexto espiritualinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALnathaliaduartebarrosrocha.pdfnathaliaduartebarrosrocha.pdfapplication/pdf2148411https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15490/1/nathaliaduartebarrosrocha.pdffe11d39d354ea6905046722c69f1619dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15490/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15490/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTnathaliaduartebarrosrocha.pdf.txtnathaliaduartebarrosrocha.pdf.txtExtracted texttext/plain85181https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15490/4/nathaliaduartebarrosrocha.pdf.txtf735c73b539c6768cc8ccbd530e326abMD54THUMBNAILnathaliaduartebarrosrocha.pdf.jpgnathaliaduartebarrosrocha.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1226https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15490/5/nathaliaduartebarrosrocha.pdf.jpg61ba6a5755a91773e7a0902e0c26faedMD55ufjf/154902023-06-15 03:15:01.98oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15490Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-06-15T06:15:01Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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