Avaliação do potencial terapêutico do tiabendazol para tratamento da esquistossomose mansoni experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viana, Thais Kelen Puiatti
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15274
Resumo: A esquistossomose é uma doença tropical negligenciada, endêmica em diversos países e que gera graves consequências socioeconômicas. É causada pelo trematódeo do gênero Schistosoma. A falta de uma vacina reforça o papel da quimioterapia como controle da morbidade e transmissão da doença. Atualmente, o fármaco mais utilizado é o praziquantel, porém não apresenta forma farmacêutica pediátrica. Seu sabor amargo e o tamanho do comprimido fazem com que o tratamento não seja completamente aderido ao público infantil. Além disso o praziquantel não previne a reinfecção. Desta forma é necessária outra forma de tratamento, assim, foi avaliada a eficácia do fármaco tiabendazol na forma de suspensão, uma vez que é destinado ao uso pediátrico. Para comprovar a eficácia do tiabendazol, camundongos da linhagem Swiss, preferencialmente fêmeas, foram infectados com 80 ± 10 cercárias/animal. Um total de 136 animais foram separados em grupos para diferentes tratamentos como, um grupo não infectado e não tratado; um grupo controle composto por animais infectados e não tratados; um grupo de animais controle positivo, infectados e tratados com uma dose de praziquantel (400mg/Kg). Os demais grupos de animais receberam doses de tiabendazol 50mg/kg e tiabendazol 100mg/kg por via oral após 30 dias da infecção, período este para avaliação do efeito do tratamento em vermes jovens. Outros grupos, receberam as mesmas doses de tiabendazol 50 mg/kg e tiabendazol 100 mg/kg por via oral, porém, o tratamento foi após 45 dias da infecção para avaliar o efeito do tratamento em vermes adultos. A ação esquistossomicida foi analisada após 7 dias de tratamento, por meio da eutanásia dos animais. O tratamento proposto com tiabendazol em ambas concentrações não reduziu a carga parasitária e nem interferiu na oviposição. A análise do peso hepático e esplênico indicou aumento dessas massas com o decorrer da infecção quando comparado ao grupo G2. O estudo sobre a área dos granulomas revelou que os grupos tratados com TBZ apresentaram uma menor área. Foi analisado a produção de anticorpos frente aos antígenos SEA e SWAP e os grupos G4 e G5 não apresentaram reatividade significante quando comparada ao grupo G2. Por fim, o ensaio de hepatotoxidade mostrou que o TBZ nas doses de 50 mg/kg e 100 mg/kg não apresentou toxicidade. Concluindo, o reposicionamento do fármaco tiabendazol no esquema terapêutico empregado de duas doses nas concentrações de 50 mg/kg e 100 mg/kg não se classifica como uma boa opção terapêutica no combate da esquistossomose mansônica. Diante dos dados obtidos é necessário realizar novos ensaios com este fármaco.
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Além disso o praziquantel não previne a reinfecção. Desta forma é necessária outra forma de tratamento, assim, foi avaliada a eficácia do fármaco tiabendazol na forma de suspensão, uma vez que é destinado ao uso pediátrico. Para comprovar a eficácia do tiabendazol, camundongos da linhagem Swiss, preferencialmente fêmeas, foram infectados com 80 ± 10 cercárias/animal. Um total de 136 animais foram separados em grupos para diferentes tratamentos como, um grupo não infectado e não tratado; um grupo controle composto por animais infectados e não tratados; um grupo de animais controle positivo, infectados e tratados com uma dose de praziquantel (400mg/Kg). Os demais grupos de animais receberam doses de tiabendazol 50mg/kg e tiabendazol 100mg/kg por via oral após 30 dias da infecção, período este para avaliação do efeito do tratamento em vermes jovens. Outros grupos, receberam as mesmas doses de tiabendazol 50 mg/kg e tiabendazol 100 mg/kg por via oral, porém, o tratamento foi após 45 dias da infecção para avaliar o efeito do tratamento em vermes adultos. A ação esquistossomicida foi analisada após 7 dias de tratamento, por meio da eutanásia dos animais. O tratamento proposto com tiabendazol em ambas concentrações não reduziu a carga parasitária e nem interferiu na oviposição. A análise do peso hepático e esplênico indicou aumento dessas massas com o decorrer da infecção quando comparado ao grupo G2. O estudo sobre a área dos granulomas revelou que os grupos tratados com TBZ apresentaram uma menor área. Foi analisado a produção de anticorpos frente aos antígenos SEA e SWAP e os grupos G4 e G5 não apresentaram reatividade significante quando comparada ao grupo G2. Por fim, o ensaio de hepatotoxidade mostrou que o TBZ nas doses de 50 mg/kg e 100 mg/kg não apresentou toxicidade. Concluindo, o reposicionamento do fármaco tiabendazol no esquema terapêutico empregado de duas doses nas concentrações de 50 mg/kg e 100 mg/kg não se classifica como uma boa opção terapêutica no combate da esquistossomose mansônica. Diante dos dados obtidos é necessário realizar novos ensaios com este fármaco.Schistosomiasis is a neglected tropical disease, endemic in several countries, and generates serious socioeconomic consequences. The causative trematode belongs to the genus Schistosoma spp. The lack of a vaccine reinforces the role of chemotherapy in controlling morbidity and disease transmission. The most used drug is praziquantel, yet it does not have a pediatric dosage form. Its bitter taste and the size of the tablet contribute to keeping the treatment from being adhered to by children. Furthermore, praziquantel does not prevent reinfection. Consequently, another treatment option is necessary, thus, the effectiveness of the drug thiabendazole in the suspension form was evaluated, since it is intended for pediatric use. To verify the thiabendazole effectiveness, Swiss mice, preferably females, were infected with 80 ± 10 cercariae/animal. A total of 136 animals were divided into groups for different treatments, such as an uninfected and untreated group; a control group composed of infected and untreated animals; a positive control group with infected animals treated with a dose of praziquantel (400mg/Kg). The other groups of animals received oral doses of thiabendazole 50mg/kg and thiabendazole 100mg/kg after 30 days of infection, this period was intended for evaluating the effect of the treatment on young worms. Other groups received the same oral doses of thiabendazole 50mg/kg and thiabendazole 100mg/kg, however, the treatment was after 45 days of infection to evaluate the effect of the treatment on adult worms. The schistosomicidal action was analyzed after 7 days of treatment, through the euthanasia of the animals. The proposed thiabendazole treatment in both concentrations did not reduce the parasite load and did not interfere with oviposition. The liver and splenic weight analysis indicated an increase in these masses with the course of the infection when compared to the group G2. The study on the granuloma area revealed that the groups treated with TBZ had a smaller area. The production of antibodies was analyzed against the SEA and SWAP antigens and the groups G4 and G5 did not show significant reactivity when compared to group G2. Finally, the hepatotoxicity assay showed that TBZ in the used doses of 50 and 100 mg/kg did not show toxicity.In conclusion, the repositioning of the drug thiabendazole in the two-dose therapeutic scheme used at concentrations of 50 mg/kg and 100 mg/kg is not classified as a good therapeutic option in the fight against schistosomiasis mansoni. Given the data obtained, it is necessary to carry out new tests with this drug.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências FarmacêuticasUFJFBrasilFaculdade de FarmáciaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIATiabendazolPraziquantelSchistosoma mansoniThiabendazolePraziquantelSchistosoma mansoniAvaliação do potencial terapêutico do tiabendazol para tratamento da esquistossomose mansoni experimentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15274/1/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15274/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ufjf/152742023-04-12 14:06:10.811oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15274Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-04-12T17:06:10Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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